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PSICOLOGIA CLÍNICA – ASPECTOS ÉTICOS, TÉCNICOS E PRÁTICOS DOS CENTROS DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL (CAPS)

Por:   •  14/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  582 Palavras (3 Páginas)  •  401 Visualizações

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OS DILEMAS E IMPLICAÇÕES ÉTICAS DA PSICOLOGIA NOS DIVERSOS CONTEXTOS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO

PSICOLOGIA CLÍNICA – ASPECTOS ÉTICOS, TÉCNICOS E PRÁTICOS DOS CENTROS DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL (CAPS)

Palavras-chave: CAPS, centro de atendimento psicossocial, ética

INTRODUÇÃO: O CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) surgiu em 1986 baseado em um modelo proposto por Franco Basaglia (1924-1980), Italiano, Psiquiatra, e criador da Lei Basaglia, que estabeleceu o fim dos manicômios na Itália no ano de 1978, que influenciou vários países a iniciar uma luta antimanicomial. No Brasil o CAPS foi adaptado e implantado no surgimento da chamada “reforma psiquiátrica”, um movimento que lutava contra a continuidade da existência dos manicômios e na busca de meios alternativos de tratamento a fim de buscar um atendimento mais ético e humanista aos doentes mentais. DESENVOLVIMENTO: Os centros de atendimentos psicossociais (CAPS), no pressuposto ético da Psicanálise, entendem que o “louco” possui a sua voz na sociedade, a capacidade de dizer sobre si mesmo, de desejar, e conquistar sua autonomia, assim humanizando o paciente apesar de sua condição mental e o incluindo na sociedade, a fim de diminuir o preconceito e seu sofrimento psíquico, o que tende a melhorar significativamente sua condição de vida. No CAPS a forma de atendimento é individualizada e personalizada, tendo suas particularidades regionais e territoriais. São usados extensos tipos de atividades terapêuticas - individuais, grupais, psicoterapias, oficinas terapêuticas, atendimentos com a família, atividades comunitárias, assembleias, reuniões de organização do serviço, consultas para prescrição de medicação, oficinas de trabalho, atividades de reinserção social. Além do Psicólogo, que possui um papel fundamental, conta com um amplo grupo de profissionais. Em sua base ética o profissional do CAPS procura dar autonomia e acolhimento ao seu paciente oferecendo cuidados clínicos e de reabilitação psicossocial, com o objetivo de evitar internações em clínicas psiquiátricas e proporcionar o exercício da cidadania e da inclusão social dos usuários e de suas famílias. O presente trabalho tem como objetivo analisar os aspectos éticos, técnicos e práticos da atuação do psicólogo nos Centros de Atenção Psicossocial. A partir da entrevista feita pelo grupo compreendemos que os atendimentos nesses centros são voltados para pessoas com transtornos mentais severos e/ou persistentes, e que nesse âmbito são prestados regimes de atenção diários e acompanhados de projetos terapêuticos, de inserção social e supervisão da saúde mental. Nos CAPS não é oferecido a cura para o transtorno e sim uma assistência psicossocial para que a família e o paciente consigam criar uma certa capacidade para saber lidar com os fatores de riscos para possíveis recaídas ou identificar uma piora no caso. Para se manter dentro do padrão do Conselho Federal de Psicologia, o psicólogo deve, principalmente, ter total comprometimento com o paciente e lhe oferecer toda a ajuda possível. Dentre essa assistência que se faz necessária destacamos a produção de insights sobre a doença (que é uma compreensão repentina e intuitiva de um fato ou situação), a psicoeducação, o desejo pela aceitação ao tratamento, promover hábitos saudáveis e fazer com que tanto a família quanto o paciente saibam identificar sinais de qualquer tipo de alteração. O transtorno mental não escolhe faixa etária, mas na nossa região foi percebido que os tratamentos têm sido mais usados em regime intensivo por pacientes entre 30 e 50 anos de idade. Os acompanhamentos são constantes e para uma vida inteira. Hoje as maiores dificuldades encontradas nesse âmbito são, poucos recursos na assistência pública, falta de qualificação e a falta de interesse por parte de profissionais concursados que se estagnam e não procuram melhoria nos serviços.

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