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Palestra sobre a construção do conceito de infância

Seminário: Palestra sobre a construção do conceito de infância. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/10/2014  •  Seminário  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  324 Visualizações

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Aula 01

1. Disserte sobre a construção da concepção de Infância.

A educação infantil sofreu por varias modificações ao longo dos anos. Por muitos séculos as crianças era vistas como um ser sem importância, sem valor. Hoje as crianças são vistas como um ser sócio cultural que deve ser respeitado e valorizado.

Segundo Áries, “o sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem.” ( Áries, 1978) Ele se expressa dizendo que o sentimento de infância caracteriza a criança, e que merecem um olhar especifico.

Na Idade Media se considerava o período da infância baseando-se nas características físicas, do nascimento do dente ate os sete anos de idade. Até o século XVII a sociedade não dava muita importância para as crianças, devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil, que era um numero muito alto, isto fazia com que elas tivessem pouca importância, pois a qualquer momento poderiam deixar de existir. O índice de natalidade também era muito alto, o que originava tipo uma “troca” de crianças mortas, para eles era normal e era algo que não merecia ser lamentado por muito tempo, por isso eles não se apegavam tanto a elas, pois já esperavam que as crianças morressem.

Segundo Áries, até o século XVII, a socialização da criança e a transmissão de valores e de conhecimentos não eram asseguradas pelas famílias. A criança era afastada cedo de seus pais e passava a conviver com outros adultos, ajudando-os em suas tarefas. A partir daí, não se distinguia mais desses. Nesse contato, a criança passava dessa fase direta para a vida adulta. ( Áries, 1978 ).

Como a infância não tinha idade definida, as crianças acabavam assumindo funções e responsabilidades, pulando fases do desenvolvimento. Elas eram consideradas e vestidas como adultos em miniatura, mais tarde as crianças de boa família, que fosse nobre ou burguesa, tinham um traje adequado a sua idade, que a diferenciava dos adultos.

As grandes transformações sociais colaboraram para uma nova construção do sentimento de infância. As reformas religiosas católicas e protestantes trouxeram um novo olhar sobre a criança e a sua aprendizagem. A afetividade ganhou importância nas famílias, e a aprendizagem da criança passou a dar-se na escola. Preocupados com a formação moral da criança a igreja se encarrega em direcionar a aprendizagem, eles acreditavam que a criança era fruto do pecado e devia ser encaminhada para o bem. Segundo Kramer, “O sentimento de infância corresponde a duas atitudes contraditórias: uma considera a criança ingênua, inocente e graciosa e é traduzida pela participação dos adultos, e a outra surge simultaneamente à primeira, mas se contrapõe à ela, tornando a criança um ser imperfeito e incompleto, que necessita da “moralização” e da educação feita pelo adulto .”( Kramer)

No século XVIII, além da educação a família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável diminuição dos índices de mortalidade.

As mudanças beneficiaram as crianças da burguesia, pois as crianças

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