Pensando na psicologia da história: Pinóquio, por outro lado

SUMÁRIO

Pinóquio às avessas............................................................................... 3

Pensando na psicologia da estória: Pinóquio às avessas..................... 4

Os Grandes contra os pequenos........................................................... 6

Pensando na psicologia da estória: Os Grandes contra os pequenos.. 8

Bibliografia............................................................................................... 9

PINÓQUIO ÀS AVESSAS

Um belo dia o grande rei da selva o Leão, decidiu que o bem maior que poderia proporcionar aos seus súditos era a educação, ele pensou, pensou... E então convocou o Senhor Urubu, sempre muito elegante com sua impecável beca doutoral e o designou a respeitável e importante tarefa de ensinar a educação a todos os bichos. O único problema era o que ensinar. O que os mestres, todos os urubus é claro, poderiam ensinar. Existia uma convicção, todos os urubus eram os mais inteligentes; o seu andar era o mais elegante; a preferencia de alimentação deles era a mais adequada para uma alimentação balanceada e saudável; e a cor dos urubus a mais bela para os olhos, a mais tranquilizante; sem esquecer de citar que o seu canto era o mais encantador. Em resumo, o que fosse bom para os urubus era bom para qualquer outro bicho. E assim começam a organizar as aulas, os futuros mestres foram informados da importância do diálogo, elaboraram ótimos sistemas de avaliação, importaram maquinas do exterior, para repetir as aulas à vontade aos mais burrinhos. Não poderia haver falhas.

Foram se passando os dias e as aulas. Todos os bichos entendiam. Mas o corpo rejeitava. Sempre após as aulas de como apreciar o delicioso sabor e cheiro de uma bela carniça, havia grupinhos de pássaros escondidos para não ofender os mestres, vomitando atrás das arvores. Por mais que durante as aulas, obedecem ao que eram lhe impostos pelos mestres urubus, bastavam sair da escola para que voltassem a andar aos seus próprios modos. Sem contar no cochicho que faziam as aves coloridas, o quanto caçoavam as araras, pavões... “Preto a cor mais bela? Até parece...”

E assim as coisas aconteciam, de fracasso a fracasso, não se entendia como que com tantos métodos científicos sendo usados, tanta eficiência em tecnologia sendo aplicada, nada se evoluía. E todos comentavam, sem entender: ‘’Nossa, a educação vai muito mal... ’’

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PENSANDO NA PSICOLOGIA DA ESTÓRIA: PINÓQUIO ÀS AVESSAS

Pinóquio ás avessas aborda que é preciso ir à escola para “virar gente”, que é preciso se obedecer a normas e regras, ter algo em que se espelhar, porque se não você se tornará um burro completo. Ele mostra o quanto às escolas querem transformar, lapidar o aluno, não se importando se ele entra de carne e osso e sai como um boneco de madeira, desde que eles aprendam e acatem o que lhe foram apresentados como “educação”.

Pinóquio às avessas, aborda uma estória muito interessante para os educadores, pois ele nos faz por alguns instantes analisar as nossas metodologias de ensino.

Essa estória nos convida a refletir como trabalhamos na sala de aula com nossos alunos ou em qualquer outro ambiente.

Nas escolas podemos nos perguntar: O que estamos fazendo com nossas crianças? O que fazemos com a espontaneidade e a personalidade delas? É necessário seguir sempre uma mesma didática? É necessário ter sempre um modelo de educação a ser seguido, com regras e normas? E a AUTONOMIA delas onde fica??

Essa estória nos aponta o perigo que correm nossas crianças ao ingressarem em escolas que não consideram o seu potencial e suas capacidades individuais, que se preocupam somente em enquadrá-las em um sistema rígido e militar.

Pois mesmo que estes alunos estudem nas melhores escolas, tenham excelentes notas, e se tornem profissionais bem sucedidos, ainda assim não alcançaram a tão sonhada realização profissional ou pessoal. Pois somente o fato de ir a boas escolas não é o suficiente para garantir um futuro feliz a essas crianças.

Precisamos de uma educação onde os profissionais tenham um olhar atento para com os alunos, que saibam o ler o rosto de cada um deles, dando lhes AUTONOMIA, respeitando que cada um possui sua bagagem de vida, profissionais que reconheçam que cada um possui suas competências e suas habilidades, que

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não devemos tentar muda-los, mas sim preservar cada criança e sua essência, como ser humano os deixando livres para sonhar, criar, transformar e se realizar.

Pois como aprendemos com a Professora Marcia “Toda pessoa autônoma é mais feliz”.

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OS GRANDES CONTRA OS PEQUENOS

Está é a estória do Gui, um menino de oito anos, que estava passando por dificuldades na escola, com problemas na aprendizagem, sem atenção nas atividades, seus pais foram chamados na escola para conversar com o Orientador Educacional que os orientou a procurar um psicólogo.

O psicólogo solicitou um exame da cabeça, eletroencéfalo. Fiquei pensativo, pois ele sempre foi alegre, curioso, feliz, um menino como qualquer outro de sua idade, será que ele está com algum problema grave?

A mãe me falou que não era nada grave, o psicólogo só pediu o exame por precaução. A minha preocupação agora era o que estava passando pela cabeça do Gui já que seus pais tinham ido conversar com o Orientador, depois com o psicólogo, até exame da cabeça ele fez.

Um belo sábado de sol, o Gui não estava mais em casa, imaginei então que poderia estar brincando com seus amigos, mas para minha surpresa estava em seu quarto estudando, entrei no quarto, comecei a conversar com ele, ele me falou que precisava tirar quinze pontos para não ficar de recuperação para não estragar suas férias. Lembrei-me do ratinho preso na caixa se pulasse alto ganharia comida

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