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Principais Considerações

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Por:   •  4/12/2014  •  Artigo  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  186 Visualizações

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Considerações primárias

Não estaríamos sendo pretensiosos se tentamos criar um conceito de corpo e seus referentes fisiológicos para firmar uma categoria filosófica que possa estabelecer vínculos teóricos e práticos com a Educação Física. O corpo humano, a partir do sentido que expressa a sua anatomia já nos indica a necessidade de reflexão. Pensar sobre o corpo, por assim dizendo, seria o mesmo que agir, uma transposição de linguagens nas quais precisaríamos de um referencial novo, ou seja, compreender um fenômeno original do sentido do organismo desde a sua natureza física até o sentido mais rigoroso de percepção . Essa ligação me estende com o resto das coisas. Tão próximo de mim está o meu contorno, que se interpõe como fronteira ilimitada e que as relações de espaço ordinário não transpõem jamais. Elas não estão desdobradas uma com as outras, mas sim envolvidas. Da mesma maneira que o corpo na sua totalidade não se resume a uma reunião de células, órgãos, ou sistemas de funcionalidade, não têm a posse material de um organismo e sim eu sou a existência orgânica.1

Podemos compreender a motricidade como um conceito primordial de expressão corporal, tanto orgânica como psíquica. A motricidade antecede o ato motor, que por sua vez fornece o gesto complexo como tradução perpétua em linguagem visual, das impressões cinestésicas e articulares. A rigor, ato e pensamento se estruturam onto e filogeneticamente, ou seja muito além da configuração físico-química.

A motricidade mais profunda está na linguagem, uma espécie de jogo humano primordial, talvez o primeiro entendimento humano na sua comunicação com o mundo. Poderíamos entender a linguagem como sendo a casa do ser, o jogo mais profundo, o vaivém lúdico, o lugar polissêmico entre a palavra e as coisas, uma relação dialética entre aparência e realidade.

Nos fenômenos da natureza e da cultura, na trilha do comportamento humano e animal, há uma motricidade peculiar, produto de um sentimento de estar em movimento como prazer singular e aparente; objetivado pelo rigor das tensões e relaxamentos, e subjetivado pelo acaso do desejo do ser corporal em sentir-se vivo. Talvez o ser corporal, enquanto categoria filosófica, seja pré-existente ao ser cultural, mais humano e existencial do que o conceito que tornou a justificativa racional simples explicação. Da relação humana com a existência, o sentido do ser, pode ter nascido o conceito puro de motricidade humana, tendo como fundamental um problema filosófico. Tanto filosófico a quanto é fisiológico, a consciência do movimento indica que toda ação é atividade, pois, é admissível que o conceito de consciência vindo da filosofia, reflete um único organismo vivo: o corpo e este sempre, em estado motor, exige sempre saber e vigor. Fora de simples aparência, essa paráfrase aristotélica é tão complexa quanto o conceito de ser humano no jogo da vida. Não parece fazer sentido, aparentemente, trazer à tona o profundo sentido que é o jogo humano significa movimento humano. E uma vez que a motricidade humana é uma resposta à dinâmica lúdica mais primitiva que conhecemos, representada pelo conceito mais primitivo do jogo humano,2 lembremos que

"o jogo é a criatividade finita da dimensão mágica da aparência, a determinação conceptual do jogo em termos ontológicos remete às questões cardinais da filosofia, à especulação sobre o ser e o nada, o parecer e o torna-se".

Trata-se de uma possibilidade filosófica de sustentar o motor humano como seu impulso para o jogo, que ganha forma pelo contato fantástico e imaginário, com a dialética de mover e ser movido; a troca anticartesiana de sujeito e objeto, interno e externo, teoria e prática como sendo conceitos intrincados que se complementam e se ajustam no ser humano existencial, na consciência e na e na transcendência do real e do imaginário, aceitando o vínculo estreito entre o que é corporal e o que é mental e objetivamente concreto.

A Motricidade e o mundo vivido

Tentemos agora demonstrar o papel do conceito de corpo na sociedade contemporânea suas considerações mais significativas mo que diz respeito a realidade humana. Toda existência humana, independente da forma que assume, é existência representada. A representação corporal como discurso, na vida social contemporânea, tem o mérito de apresentar aos homens sua corporeidade no sentido objetivo. Contida nos ginásios, nas piscinas, nas praias, nas passarelas, nas academias, o espectro corporal ascende a problemática do corpo como entidade além da fisiologia. Na prática, uma antropologia dos sentidos nos oferece o sentido dos sentidos, cuja contradição entre a fisiologia e a antropologia se da como espelho do vício da lógica linear e sob o fundamento do universo cartesiano. Nada mais atual

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