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Psicologia Aplicada Ao Direito

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Por:   •  18/6/2014  •  2.053 Palavras (9 Páginas)  •  343 Visualizações

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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

Lucas Gomes de Almeida.

O CRESCIMENTO DA PSICOLOGIA

Durante séculos várias questões intrigaram os filósofos, entre elas os questionamentos sobre o comportamento humano e os processos mentais. Até o final do século XIX, as respostas para tais questionamentos se encontravam na filosofia, onde os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, intuição e generalização. Entre o final do século XIX e o início do século XX, com os avanços de outras ciências e das tecnologias, começou a se aplicar o método científico aos estudos sobre a mente humana. Nesse período a psicologia se tornou uma disciplina formal e científica, separada da filosofia, pois os fundamentos da “nova psicologia” – a ciência da psicologia – já haviam sido lançados.

Podemos dividir a história da psicologia em três fases principais: seu surgimento como uma ciência da mente, o período do behaviorismo que durou por algumas décadas e a “revolução cognitiva”.

ESTRUTURALISMO

Wilhelm Wundt e Edward Bradford Titchener

A psicologia nasceu em 1879 quando Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzing, na Alemanha. No início, a atitude de Wundt não chamou muita atenção, visto que somente quatro alunos assistiram à sua primeira aula. Com duas décadas depois, contudo, suas aulas estavam sempre lotadas.

Wundt procurou desenvolver maneiras de estudar a experiência imediata cientificamente, embora também acreditasse que alguns processos mentais não pudessem ser explicados por meio de experimentos científicos. Seu principal método de estudo era a atenção seletiva¬ – processo por meio do qual determinamos em quê e em que determinado momento vamos prestar atenção. Para ele, a atenção é ativamente controlada por intenções e motivações. Por outro lado, a atenção controla outros processos psicológicos, como percepções, pensamentos e memórias.

O laboratório de Wundt teve grande importância, principalmente pela quantidade de alunos que gerou. Através destes alunos a psicologia científica para universidades de outros países, inclusive os EUA.

Entre os amantes na nova ciência que se destacaram nos Estados Unidos, estava Edward Bradford Ttchener, também aluno de Wundt. Titchener, influenciado pelos avanços da química e física e a descoberta dos elementos básicos dos compostos complexos, os átomos, dividiu a consciência em três elementos básicos: sensação física, sentimentos e imagens. Ele afirmava que até mesmo os mais complexos pensamentos e sentimentos poderiam ser reduzidos a esses elementos simples. Titchener acreditava ser papel da psicologia identificar esses elementos e mostrar o modo como eles podem ser combinados e integrados. Esse estudo ficou conhecido como estruturalismo.

FUNCIONALISMO

William James

Willian James, norte-americano, foi um dos primeiros acadêmicos a desafiar o estruturalismo. James afirmava que percepções, emoções e imagens não poderiam ser separadas. Para ele, os “átomos da experiência” de Titchener – sensações em seu estado puro, sem associações – simplesmente não existiam na vida real, pois nossa mente estaria constantemente fazendo associações, revendo experiências, iniciando, interrompendo e indo para frete e para trás no tempo. James propôs que, quando repetimos uma ação, nosso sistema nervoso é modificado de maneira que cada repetição se torna mais fácil que a anterior.

A teoria funcionalista dos processos mentais e do comportamento desenvolvida por James focava em questões a respeito da aprendizagem, da complexidade da vida mental, do impacto que as experiências têm sobre o cérebro e do lugar que a humanidade ocupa no mundo natural. James não tinha muita paciência com experimentos, mas, assim como Wundt e Titchener, acredita que o objetivo da psicologia era analisar a experiência. Mesmo com toda a oposição de James, Wundt não se abalou e chegou a dizer que o livro Os princípios da psicologia, de James, era apenas literatura e não psicologia.

PSICOLOGIA PSICODINÂMICA

Sigmund Freud

Doutor e medicina Sigmund Freud era fascinado pelo sistema nervoso central. Depois de passar muitos anos de intensos estudos no laboratório de psicologia da Universidade de Viena começou a por em prática seus conhecimentos. Freud abriu um consultório depois de uma viagem a Paris onde estudou com um neurologista, e neste, através do seu trabalho com pacientes, chegou à conclusão de que diversas doenças nervosas tinham origens psicológicas e não fisiológicas.

Freud, ao contrário de seus antecessores, afirmava que o “livre-arbítrio” da mente era uma grande ilusão, pois para ele somos motivados por instintos e impulsos inconscientes que não estão disponíveis na parte racional e consciente de nossa mente. Alguns psicólogos já tinham até comentado algo sobre o inconsciente, mas como se fosse um depósito empoeirado de velhas experiências e informações que poderíamos relembrar quando necessário. Mas para Freud, o inconsciente era visto como um dinâmico caldeirão de impulsos sexuais ou agressivos primitivos, desejos reprimidos, medos, vontades e até memórias traumáticas da infância. Mesmo estando reprimidos ou só mesmo escondidos da percepção, estes impulsos inconscientes influência a mente consciente e se expressam de maneiras disfarçadas ou alteradas por meio de sonhos, manias, doenças mentais entre outras, como também por meio de atividades aceitas pela sociedade como a arte e a literatura.

Pelo fato de afirmar que frequentemente estamos inconscientes de nossos verdadeiros motivos e, assim, não estamos inteiramente no controle de nossos pensamentos e comportamentos, a teoria psicodinâmica deixou seus contemporâneos em estado de choque. No entanto suas conferências e seus escritos atraíram considerável atenção tanto nos EUA quanto na Europa.

BEHAVIORISMO

John B. Watson e B.F. Skinner

John B. Watson foi o líder da nova classe de psicólogos que surgiu no início do século XX. Uma classe que se posicionou contra a psicologia predominante da época que era vista como o estudo dos processos mentais, conscientes ou inconscientes (psicologia psicodinâmica), tidos como pequenas unidades e componentes (estruturalismo) ou como um fluxo em constante mudança (funcionalismo). Watson afirmava que a consciência

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