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Psicologia Do Trabalho

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Por:   •  7/3/2015  •  1.203 Palavras (5 Páginas)  •  248 Visualizações

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Ontem depois da aula Saúde Mental Coletiva, o Professor Almir Sais citou este filme como exemplo de como a loucura era tratada no século XX (ou ainda é... ), porém eu assisti esse filme quando estava no 2º Grau e nem pensava em cursar a faculdade de Psicologia, então não tinha essa visão crítica da loucura em si, estava mais focada na história.

Porém agora na 7º Fase assisti com as "Lentes da Psicologia" como gosto de falar e percebi muita coisa no filme, vou discorrer sobre ao longo desse post.

O filme é baseado no livro Canto dos Malditos de Austregéliso Carraro e traz uma família de Classe Média, em que seu filho mais novo Neto (Rodrigo Santoro), vive em um mundo sem "regras" acorda tarde, não quer nada com nada, fuma a sua maconha com os amigos, até então comportamentos normais de um típico adolescente rebelde, até que um dia ele é preso pichando com alguns amigos e é levado para a delegacia, a partir deste dia seu Pai, seu Wilson (Othon Bastos, em uma excelente atuação), começa a prestar mais atenção no comportamento do jovem, e percebe que ele não se encaixa no padrão dito "normal" para a sua idade, e se preocupa com o que os vizinhos vão falar, ou seja, a moral aparece sutil em contrapartida com a vontade e os desejos próprios de um jovem que quer apenas vivenciar a adolescência.

Mas quando Neto chega um dia em casa e joga seu casado no chão o pai vai juntar e reclama do filho ser um malandro que não quer nada com a vida, cai um cigarro de maconha! Meu filho é um viciado ele pensa, e não respeitando o espaço do filho e nem procurando saber se a maconha é realmente dele, o pai reúne a família e decidem internar o jovem, ou seja, internar o "louco" é um questão de honra, pois a família não passa por nenhum constrangimento e se livra daquilo que incomoda, a partir dessa conversa ele convida o filho para ir visitar um amigo em um clínica, Neto topo, chegando no lugar ele é surpreendido por 2 enfermeiros que já o carregam pelo braço, aplicam uma injeção de sossega leão e o levam para um quarto isolado, ele pergunta a todo momento cade o pai e que ele não fez nada, e que não é viciado... ele é ouvido? NÃO, simplesmente jogado em uma "jaula" aprisionado como um animal que é medicado para não oferecer "Perigo" a uma sociedade moralista que se diz normal.

O Pai seu Wilson, desova o filho ali naquele lugar sem nem ao menos ter tido uma conversa com o filho para ouvir o lado dele, e o que ele tinha para falar, aceita o fato de Neto ser um louco, sim louco pois ele não funciona mais como um filho perfeito em uma família perfeita, passa a ser um objeto de humilhação e castigo, bem como o hospital psiquiátrico era visto como uma instituição encarregada de castigar e corrigir certas falhas morais, mas que falhas são estas? A sociedade agora é dona do que eu posso ou não posso fazer?

Quando Neto é inserido no contexto daquele hospital, ele é visto como mais um louco,mais um brinquedo que pode ser medicado sem ao menos ser ouvido, as condições do lugar são precárias, a regra é CLARA, tome seu remédio para o Doutor saber que você está se comportando, mas quando alguém ousa desafiar, é levado para uma sala preso a uma maca para receber descargas de eletrochoques (hoje PROIBIDAS nos hospitais Psiquiátricos) para mostrar quem está no poder, quem manda, torno a questionar: ERA OUVIDO? a resposta é clara NÃO! Pois é muito mais fácil medicar do que entender, trabalhar, pois o "louco" medicado é igual a uma fera domesticada, ele faz o que manda o que você quer, ou seja, os sujeitos eram expostos ao embrutecimento e esperava-se docilidade em troca, mas de que maneira? MEDICANDO?

Ao decorrer do filme tem uma cena que eu gostaria de enfatizar, é quando Neto acorda pela manhã e está tomando seu café, quando o "Doutor" passa pelo refeitório e todos os internados estão atrás dele e Nerto vai a sua procura para dizer que houve um mal entendido que ninguém falou com ele, ou fez algum exame para afirmar que ele era viciado em drogas, então o Doutor passa como se não existisse ninguém

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