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Psicologia Hospitalar - Relato de Caso

Por:   •  7/9/2016  •  Artigo  •  3.866 Palavras (16 Páginas)  •  1.734 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM

NOELLE GHIRARDELLI GONÇALVES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROFISSIONALIZANTE II:

“PSICOLOGIA HOSPITALAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM ATENDIMENTOS PSICOLÓGICO A PACIENTES HOSPITALIZADOS E SEUS FAMILIARES”.

PATOS DE MINAS

2016

NOELLE GHIRARDELLI GONÇALVES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROFISSIONALIZANTE II:

“PSICOLOGIA HOSPITALAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM ATENDIMENTOS PSICOLÓGICO A PACIENTES HOSPITALIZADOS E SEUS FAMILIARES”.

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PATOS DE MINAS

2016

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se às atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado Profissionalizante II intitulado “Psicologia Hospitalar de Urgência e Emergência em Atendimento psicológico a pacientes hospitalizados e seus familiares” do Curso de Psicologia, na cidade de Patos de Minas, MG, realizado na Unidade de Pronto Atendimento - UPA III, no período de Março a Junho, totalizando 80 horas. Sob a supervisão da Professora Joana Darc dos Santos, efetuam-se diversas atividades, que possibilitaram um amplo conhecimento por unir teoria e pratica, as quais estão descritas no decorrer do relatório.

O estágio é um processo de aprendizagem indispensável para os profissionais estarem preparados para enfrentar os desafios da profissão. Assim, o estágio curricular teve como objetivo aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso, contribuir para a aquisição de experiências e competências profissionais, refletir sobre as práticas e as aprendizagens no contato com a realidade e promover a formação ética alicerçada com a componente teórica.

A atuação do psicólogo no contexto hospitalar não se refere apenas à atenção direta ao paciente, refere-se também atenção que é dispensada à família e a equipe de saúde. Os atendimentos aconteciam sempre às segundas e quartas feiras no período da tarde na Unidade de Pronto atendimento – UPA III onde as atividades eram realizadas em dupla e, tive o privilégio de aprender e compartilhar experiências profissionais enriquecedoras com a Natalia Campos. Tivemos como objetivo identificar junto ao paciente, seu familiar e/ou acompanhante e à equipe de saúde informações que colaborem para o entendimento da dificuldade apresentada pelo indivíduo hospitalizado e que permita a nós, profissionais de psicologia propor uma intervenção.

Dessa maneira, avaliávamos o estado emocional do paciente e da família e/ou acompanhante e o impacto do adoecimento e da internação para ambos. Era de extrema importância também acolhermos e avaliarmos as possíveis crenças ou ideias distorcidas que os familiares têm em relação ao quadro clínico do paciente, e a relação do paciente e da família com a equipe profissional, uma vez que todos esses fatores podem influenciar no tratamento. Toda doença apresenta aspectos psicológicos, toda doença encontra-se repleta de subjetividade, portanto foi notório que os pacientes beneficiaram-se do trabalho da psicologia hospitalar no contexto de urgência e emergência.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral do Estágio

Proporcionar ao aluno oportunidade de vivenciar o contexto hospitalar através da prática supervisionada das funções do psicólogo dentro do ambiente hospitalar.

2.2 Objetivos Específicos do Estágio:

  • Realizar avaliação psicológica nos pacientes e familiares no ambiente hospitalar;
  • Identificar, junto ao paciente, seu familiar e à equipe de saúde informações que colaborem para o entendimento da dificuldade apresentada pelo indivíduo hospitalizado e que permita ao profissional de psicologia propor uma intervenção;
  • Aprender a identificar se existe no paciente uma real demanda para a equipe de psicologia;
  • Identificar as demandas dos pacientes, familiares e equipe (avaliação, suporte e intervenção).
  • Vivenciar o trabalho multiprofissional no contexto hospitalar;
  • Desenvolver condutas de intervenção que envolve o paciente, os familiares e a equipe de saúde, de acordo com as necessidades de cada caso;
  • Refletir sobre o comportamento ético do profissional de Psicologia no contexto hospitalar.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

A psicologia hospitalar, que nasceu da psicossomática e da psicanalise, vem atualmente ampliando seu campo conceitual e sua pratica clínica, com isso criando uma identidade própria e diferente. Aspectos psicológicos é o nome que damos para as manifestações da subjetividade humana diante da doença, tais como sentimentos, desejos, a fala, os pensamentos e comportamentos, as fantasias e lembranças, as crenças, os sonhos, os conflitos, o estilo de vida e o estilo de adoecer. Esses aspectos estão por toda a parte, como uma atmosfera a envolver a doença, transmutando-a em adoecimento e, dependendo do caso, podem aparecer como causa da doença, como desencadeador do processo patogênico, como agravante do quadro clinico, como fator da manutenção do adoecimento, ou ainda como consequência desse adoecimento.

Uma situação de perdas, é como poderia ser definida a doença, afinal, perde-se a saúde, perde-se a autonomia, perde-se tempo e dinheiro, e muitas outras coisas, isso quando não se perde mesmo a própria vida. Tantas perdas, muitas delas reais e outras tantas imaginarias, abrem uma espécie de “caixa de Pandora” de consequências subjetivas para a pessoa adoentada. O ser humano comumente confere sentido a tudo o que ele vivencia, e como o adoecimento não é diferente. O conjunto de sentidos que o sujeito confere a sua doença constitui, como consequência, o campo dos aspectos psicológicos. Entretanto, um olhar mais atento mostra que a doença não é feita só de perdas; também se ganha: ganha-se mais atenção e cuidado, ganha-se o direito de não trabalhar, ganha-se, se for o caso, autocomiseração e até uma desculpa genuína para explicar dificuldades existenciais, profissionais ou amorosas. Esses ganhos secundários da doença demostra como aspectos psicológicos podem atuar como fatores de manutenção ao adoecimento.

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