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Psicologia Hospitalar e as Equipes Multidisciplinares

Por:   •  6/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.741 Palavras (7 Páginas)  •  148 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA 

COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA 

PSICOLOGIA HOSPITALAR




Psicologia Hospitalar e as equipes multidisciplinares

RECIFE

 2022

O trabalho em equipe multidisciplinar:

O trabalho do psicólogo em equipe multidisciplinar pode se dar em vários locais como hospital, escola e organizações. A equipe multidisciplinar consiste em profissionais com formações variadas atuando em um mesmo ambiente, de forma interrelacionada, através de comunicações formais e informais. Ocorre um trabalho de colaboração entre a equipe, destaca-se a uniformidade dos objetivos (o paciente como um todo) e as relações de troca entre os membros (Chiattone, 2002; Paludo, 2012).

Essa ideia de trabalho em equipe surge a partir de uma crítica ao conceito antigo do paciente apenas como sendo sua doença. A visão muda para a visão do paciente como um todo. É cada vez mais comum que o profissional da psicologia se insira numa equipe multiprofissional porque atualmente essa visão fragmentada do homem está em desuso, ele é concebido como um ser biopsicossocial espiritual.

A atuação dos psicólogos nos hospitais não está limitada aos cuidados com o paciente, mas envolve uma tríade: paciente, família e equipe. Pensando na atuação do psicólogo nos hospitais gerais que é o recorte que tratou esse trabalho, é importante ter em mente que o psicólogo quando atua num hospital geral é diferente de quando ele está no seu consultório. Ele vai trabalhar não apenas com o sujeito, nesse caso, não apenas com o paciente, mas ele vai trabalhar com a tríade citada anteriormente. A equipe é um ponto que aparece bastante na pesquisa sobre esse assunto, tanto como um dos objetos de trabalho quanto como o fator que mais dificulta a integração dos saberes na perspectiva multidisciplinar.

Compete ao psicólogo: Conhecer o funcionamento do hospital, atuar com flexibilidade, ter uma atuação objetiva, estabelecer uma relação simétrica com os demais membros da equipe de saúde, estabelecer novos fluxos de comunicação, delimitar e readequar suas ações, não apenas incluir-se na equipe mas sim fixar-se, afirmar-se e interagir, dialogar constantemente com os demais profissionais de saúde sobre o quadro clínico e os aspectos emocionais do paciente, informar sobre causas, consequências e tratamento de doenças que os pacientes apresentam, além de esclarecer sobre acontecimentos biológicos que provocam mudanças significativas na vida das pessoas e atuar como mediador do vínculo entre o paciente e demais profissionais que executam os procedimentos técnicos, criando oportunidades de contato entre paciente e equipe médica para o esclarecimento de dúvidas. Faz parte também da competência do psicólogo, comunicar as normas e rotinas da unidade para os pacientes e avaliar a qualidade dos serviços oferecidos pela instituição.

É de fundamental importância conhecer o funcionamento do hospital, pois cada hospital tem uma rotina e o psicólogo precisa ser flexível. A relação do psicólogo com os demais da equipe deve ser simétrica, e a comunicação com o paciente é importante para assegurar a adesão ao tratamento, auxiliar na adaptação à nova condição de saúde ou propiciar troca de experiência entre pessoas que enfrentam situações semelhantes. Segundo Paludo (2012), uma questão importante a ressaltar, é que nem sempre o psicólogo tem um ambiente aberto no contexto hospitalar. Por desconhecimento, outros integrantes dificultam o acesso das funções do psicólogo para com pacientes, familiares e a própria equipe.

A questão do sigilo:

Um tema mais apropriado à psicologia em especial, em sua intervenção no campo da saúde multiprofissional. Está envolvido com a questão do registro documental. O conselho estabelece algumas orientações a esse respeito: Código de ética Profissional; Resolução CFP nº 013/2007; Resolução CFP nº 001/2009.

Seja no atendimento individualizado seja uma organização ou em um grupo multiprofissional o psicólogo responsável pelo atendimento trará sobre a sua inteira responsabilidade a condição de confiança e manipulação de informações de fórum íntimo do usuário de seus serviços.

O Código de ética prevê o sigilo profissional em sua especificidade e uso, assim como relacionamento do psicólogo com outros profissionais. Espera-se que o psicólogo pondere cada especificidade de sua atuação em uma equipe multiprofissional. O caráter documental do trabalho do psicólogo, as intervenções em consonância com o trabalho de demais colegas, as discussões diagnósticas e os encaminhamentos pertinentes formam parte de um todo que configura o atendimento em saúde para o usuário. O cuidado com o sigilo das informações e as trocas com equipe multiprofissional, deverá fundamentar a prática do psicólogo.

Postura ética - só expor aquilo que concorra para o benefício ainda maior do bem-estar do sujeito atendido. Só revelar informações que for levar algo positivo ou algo que for acrescentar num projeto terapêutico que irá beneficiar o paciente.

Prontuário:

O prontuário é de propriedade do paciente. Ele pode pedir para ler há qualquer momento. É preciso garantir o sigilo e, ao mesmo tempo, atender outras exigências da prática profissional. Entre as exigências da prática profissional está a obrigatoriedade do registro do documental decorrente da prestação de serviços psicológicos (Resolução CFP nº 001/2009).

Destaques no Código de Ética:

Art 6º - o psicólogo no relacionamento com profissionais não psicólogos:

  1. Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapola em seu campo de atuação;
  2. Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as receber de preservar o sigilo.

Resolução CFP 013/2007:

Essa resolução trata do título profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para o seu registro.

No anexo II ela apresenta a definição das especialidades e no item VII do trata do Psicólogo Especialista em Psicologia Hospitalar, que cita em parte:

No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente interdisciplinar, participa de decisões em relação à conduta ser adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe.

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