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Psicologia dos bebes

Por:   •  20/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.684 Palavras (11 Páginas)  •  216 Visualizações

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Desenvolvimento de 0 a 2 anos

Biológico/ Físico/ Motor

  • Durante o período pré- natal, o recém-nascido passa por uma transição, do útero da mães, onde o feto é sustentado pela mãe, para o início da existência independente.
  • No crescimento de um neonato (primeiras 4 semanas de vida), os meninos costumam ser ligeiramente mais pesados e compridos que as meninas, além do primogênito pesar menos que os filhos posteriores.
  • Nos primeiros dias, os neonatos perdem cerca de 10% de seu peso, por conta da perda de líquidos. Começam a ganhar novamente o peso após 5 dia, e entre o décimo e o décimo quarto, eles recuperam o peso que tinham anteriormente.
  • Fisicamente, os recém nascidos possuem uma grande cabeça, sendo um quarto de seu tamanho, e o queixo pouco proeminente, saliente, o que facilita o momento da amamentação. No início, o neonato pode ter uma cabeça comprida e deformada, facilitando na passagem da pélvis da mãe durante o parto. Isso ocorre porque os ossos cranianos do recém-nascido não se fundiram, já que tal processo demora cerca de 18 meses para se formar por completo. Os lugares onde os ossos ainda não se uniram, são cobertos por uma membrana rígida.
  • O tom rosado dos bebês, se dá pela pele delgada dos mesmos, ou seja, pela fina pele, que mal consegue esconder os capilares onde o sangue circula. Ainda nos primeiros dias, muitos recém-nascidos contam com muitos pelos no corpo, por conta da lanugem, além da cobertura de vernix caseosa, um proteção gordurosa que protege os bebes de possíveis infecções.

                                                     Sistemas Corporais

  • A partir no nascimento, o organismo do recém- nascido precisa aprender a regular a circulação, alimentação, regulamentação da temperatura e a eliminação de resíduos, ou seja, o organismo do bebê precisa funcionar sozinho.
  • A respiração do bebê começa a ser feito logo após o nascimento, já que agora ele precisa de muito mais do que o que recebia pela cordão umbilical e que possuí em seu pulmão apenas um décimo de cavidades de um adulto, se a obtenção de oxigênio não ocorrer, várias sequelas permanentes podem aparecer, pela falta de oxigenação no cérebro.
  • Após o nascimento, o neonato já obtém um forte reflexo de sucção para ingerir o leite da mãe. Já na eliminação dos resíduos, nos primeiros dias o bebê excreta o mecônio, fezes que se formam no trato intestinal do feto. Os bebês levaram muito tempo para aprender a controlar os músculos do sistema excretor e urinário.
  • Os desenvolvimentos físicos antes do nascimento, seguem dois princípios: o princípio cefalocaudal e o princípio próximo- distal.

Segundo o princípio Cefalocaudal, o desenvolvimento ocorre da cabeça para a cauda, já que a cabeça desenvolve-se muito mais do que o restante do corpo. Com 1 ano, o cérebro do bebê tem 70% do seu peso adulto, já o corpo conta apenas com 10% a 20%, desse modo, a cabeça apenas torna-se proporcionalmente menor à medida que a criança desenvolve as outras partes de seu corpo.

Já no princípio próximo-distal, o crescimento e o desenvolvimento motor ocorrem de dentro para fora, ou seja, no útero, a cabeça e o tronco se desenvolvem antes dos braços e pernas, que por usa vez, se desenvolvem antes das mãos, dos pés e dos dedos.

Nesse sentido, nos primeiros anos de vida, os membros continuam se desenvolvendo mais rapidamente que os pés e do que as mãos, desenvolvendo sempre primeiramente as partes superiores dos braços e das pernas.

  • O crescimento do cérebro, é de extrema importância para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional da criança, não ocorrendo de forma regular, havendo períodos de rápido crescimento, sempre coincidindo com o desenvolvimento cognitivo.
  • O crescimento dos neurônios, que tem o seu ápice nos 2 primeiros anos de vida, é um dos pontos mais importantes durante a gestação e nos primeiros meses de vida, isso porque formaram o sistema nervoso, que atua diretamente nos movimentos da criança e no seu desenvolvimento motor.
  • Do nascimento até os 5 meses de vida, os bebês praticamente dobram o seu peso, e com 1 ano, o peso do nascimento, praticamente triplica. O rápido crescimento diminui apenas no segundo ano de vida. Nesse sentido também funciona o comprimento do bebê, aumentando de 25 a 30 cm no primeiro ano e cerca de 12,5 cm no segundo ano de vida.
  • A medida que o corpo modifica-se, as proporções também mudam. Essas mudanças recebem muita influência da genética da criança, o ambiente, as condições de vida e a alimentação, interferem na forma e no desenvolvimento do crescimento corporal influenciado pela assistência médica, a obtenção de medicamentos, tempo correto de sono e uma alimentação balanceada.
  • A alimentação inicial é baseada no leite materno, e recomendado para os pelos menos 12 meses iniciais de vida. Isso porque é uma fonte de nutrientes essenciais para o bebê, principalmente em seus 6 primeiros meses de vida, trazendo uma maior imunidade e um crescimento mais adequado, já que a anemia por falta de ferro é o transtorno de nutrição mais comum de crianças entre 6 e 24 meses. Entretanto, a amamentação deve ser evitada por mães com doenças infecciosas, que podem ser transmitidas pelo leite materno, devendo ser trocado o mesmo, por alguma mistura fortificada com ferro, que não trarão iguais benefícios, mas que chegaram ao mais próximo disso. A introdução de outros alimentos que tenham ferro, inicia-se após a segunda metade do primeiro ano.
  • A falta do leite materno, ou de uma mistura fortificada, podem causar a anemia por deficiência de ferro, trazendo problemas na parte cognitiva da criança, além dessas mesmas serem menos independentes e alegres.

         Para as mães que tem a possibilidade da amamentação, esse ato é tanto emocional quando físico, sendo de extrema importância não apenas para a própria alimentação, mas também pelo vínculo emocional de mãe e filho criado nesse processo.

Cognitivo

  • Abordagem Behaviorista: Mecânica básica da Aprendizagem – Os bebês nascem com a capacidade de aprender com o que veem, ouvem, cheiram, degustam e tocam, possuindo ao menos certa capacidade para se lembrar do que aprenderam. Processos de aprendizagem:

Condicionamento clássico: Permite que os bebês prevejam um evento ante de ele acontecer, estabelecendo associação entre estímulos que regularmente ocorrem juntos. Os recém-nascidos podem ser classificamente condicionados com muita facilidade quando a associação entre os estímulos tem um valor de sobrevivência. O aprendiz é passivo, absorvendo e automaticamente reagindo aos estímulos.

Condicionamento Operante e Memória do Bebê: Nesse caos, o bebê age ou opera sobre o ambiente, aprendendo a dar certa resposta a um estímulo ambiental para produzir um efeito (sorrir para que os pais deem atenção). Esse tipo de estudo, têm sido utilizado para testar a memória dos bebês.

Segundo os behavioristas, os bebês aprendem através do condicionamento clássico e operante, baseando-se na associação do comportamento com suas consequências.

  • Abordagem Psicométrica: Os teóricos da abordagem psicométrica medem a inteligente dos bebês através de testes, que indicarão a capacidade de determinadas tarefas. As respostas individuais de casa criança são então, comparadas com a resposta do grupo.

Os testes de desenvolvimento são os mais precisos para predizer o futuro QI de bebês com deficiências ou problemas pré-natais, principalmente se elas forem criadas em ambientes não-estimulantes. Porém o ser humano tem uma forte tendência autocorretiva, ou seja, em um ambiente favorável, os bebês seguem padrões de desenvolvimento normais, a menos que tenha sofrido algum dano grave. Dessa forma, muitas crianças com deficiência fazem grande progresso na inteligência.

A ambiente no qual a criança está inserida, tem grande influência e pode afetar a inteligência da mesma. Em ambientes domésticos prejudiciais as crianças, a intervenção precoce é necessária, sendo um processo sistemático de serviços terapêuticos e educacionais a famílias que necessitam dessa ajuda para entender as necessidades do desenvolvimento da criança.

Os testagem de Inteligência em bebês são de difícil medição

As Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil

Possuem 3 seções:

 Escala mental: mede as habilidades como percepção, memória, aprendizagem e vocalização.

Escala Motora: mede habilidades motoras gerais, incluindo coordenação sensório-motora.

Escala de classificação do comportamento: preenchida pelo examinador.

 

 

Idade (em meses)

Escala Mental

1

Olhos seguem a pessoa em movimento

3

Estende o braço para tocar anel suspenso

6

Manipula um sino, demonstrando interesse por detalhes

9

Tagarela expressivamente

12

Acaricia brinquedo em imitação

14-16

Utiliza duas palavras diferentes apropriadamente

20-22

Sabe o nome de três objetos

26-28

Combina 4 cores

Idade (em meses)

Escala Motora

1

Levanta a cabeça quando segurada pelos ombros

3

Vira-se para o lado quando deitada de costas

6

Vira-se de bruços quando deitada de costas

9

Põe-se sozinho de pé

12

Caminha sozinho

14-16

Sobe escadas com auxílio

20-22

Pula com os dois pés

26-28

Imita movimentos da mão

  • Abordagem Piagetiana: O Estágio Sensório-Motor

Enquanto os Psicometristas medem as diferenças individuais na quantidade de inteligência que crianças possuem, Piaget observou o modo como o pensamento das crianças desenvolvia-se durante a infância e a adolescência e propôs sequencias universais de desenvolvimento cognitivo. O primeiro dos 4 estágios cognitivos é o senso motor, dividido em 6 subestágios.

O estágio inicial de desenvolvimento cognitivo para Piaget é o estágio sensório-motor, no qual os bebês aprendem sobre si mesmos e o mundo mediante atividades sensoriais e motoras. Os bebês passam de seres que respondem por meio de reflexos a crianças orientadas.

  • Abordagens recentes

Abordagem do processamento de informações: Se concentra nos processos envolvidos na percepção, aprendizagem, memória e resolução de problemas. Procura descobrir o que as pessoas fazem com as informações antes de utiliza-las. Segundo os teóricos do processamento de informação, bebês aprendem pela habituação.

Abordagem da neurociência cognitiva: Examina o sistema nervoso central. Ela procura identificar que estruturas cerebrais estão envolvidas em aspectos específicos da cognição, desenvolvendo a antiga crença de Piaget de que a maturação neurológica é um fator importante no desenvolvimento cognitivo.

Segundo essa abordagem, determinadas estruturas do cérebro são responsáveis por certas funções cognitivas. A maturação do hipocampo e o desenvolvimento de estruturas corticais coordenadas pela formação do mesmo, por exemplo, torna possível a memória de maior duração. O córtex pré-central e circuitos associados desenvolvem a capacidade para a memória do trabalho (armazenamento de curto prazo de informações que estão sendo processadas), que surge entre 6 e 12 meses. A memória explicita (lembrança consciente ou intencional) e a memória implícita (recordação de hábitos e habilidades) estão localizadas em estruturas distintas.

Desenvolvimento da linguagem

A linguagem é um sistema de comunicação baseado em palavras e na gramática. Uma vez conhecidas as palavras, a criança pode usá-las para representar objetos e ações. O desenvolvimento da linguagem ocorre em algumas etapas. A primeira etapa diz respeito a fala pré-linguística (balbucio, choro, arrulho e imitação). Antes de falar as crianças apontam. Existem gestos sociais convencionais (dar tchau, inclinar a cabeça para assentir), gestos representacionais mais elaborados e gestos simbólicos. As primeiras palavras vêm entre 10 e 14 meses e as primeiras sentenças entre 18 a 24 meses.

Abordagem Psicossocial: examina os aspectos ambientais do processo de aprendizagem, principalmente o papel dos pais e outros cuidadores. A participação guiada de um adulto nas atividades das crianças ajuda na estruturação e aproxima a compreensão da criança e do próprio adulto. Atividades compartilhadas ajudam a criança a aprender habilidades, conhecimentos e valores importantes em sua cultura.

Afetivo

Emoções: São reações subjetivas do indivíduo, formados desde muito cedo, sendo elemento básico da personalidade

O choro, o sorriso, são os primeiras sinais de emoção do ser humano, sendo possível a percepção desde os recém-nascidos. Tais sinais são de extrema importância para o desenvolvimento da criança, pois eles percebem as reações que ocorrem em sua volta, dependendo de suas ações.

Antigamente, o desenvolvimento psicossocial era apenas associado a convivência com a mãe, atualmente, o estudo aumenta para todo o convívio familiar, assim como as características da família e sua cultura.

Tais interações sociais diferenciam-se dependendo da cultura de cada lugar do mundo. Deve-se ser então, em testes e comprovações do desenvolvimento psicossocial, muitas vezes julgados naturais, são na verdade de cunho cultural.

Nos países desenvolvidos, ou em desenvolvimento, famílias nas quais o pai não está presente crescem cada vez mais, modificando a criação da criança, que cresce com um dos pais, em vez dos dois

Mãe: A alimentação não é a coisa mais importante que os bebês recebem da mãe. Conforto do contato íntimo.

Pai: Comprometimento emocional assim como a mãe, entretanto, o papel do pai é bem menos presente na vida diária dos filhos. Pesquisas comprovam que interação pai-filho tem uma forte influência no desenvolvimento cognitivo

Confiança e apego

Confiança básica x Desconfiança básica: Formação de relacionamentos íntimos x proteção

Quando a confiança é maior, os relacionamentos entre a família e a própria sociedade ocorre de forma bem mais fácil, já quando a desconfiança predomina, as crianças verão o mundo como hostil e imprevisível, tendo obviamente problemas nos relacionamentos

É necessário então um equilíbrio: Alimentação

Apego

É um vínculo emocional entre o cuidador e o bebê, no qual, cada um contribui para a qualidade do relacionamento. Para os bebês, adapta suas necessidades psicossocial e físicas, variando pela cultura

2 primeiros meses: Os bebes respondem indiscriminadamente a qualquer pessoa

2 a 3 meses: Os bebes choram, sorriem e balbuciam mais para a mãe do que qualquer outra pessoa, mas ainda responde aos outros

6 ou 7 meses: Apego definido pela mãe. O medo do estranho aparece entre o 6 e 8 mês

Desenvolvimento do apego pelos outros membros da família

Padrões de apego:

Apego seguro: Utilizam a mãe como base segura, deixando a mesma sair mas necessitando da mesma para se tranquilizar

Apego evitativo: Evitam a mãe e não pedem sua ajuda. Não gostam de ser pegados no colo e odeiam mais ainda quando largados

Apego ambivalente: Ficam ansiosos mesmo na presença da mãe, buscam seu afeto ao mesmo tempo que a negam.

Apego desorganizado-desorientado: os bebes apresentam comportamento inconscientes e desorientados, parecem confusos e desorientados. Tende a ocorrer em bebes de mães solteiras ou que são insensíveis.

Além do apego, interação mútua, estimulação, atitudes positivas, afetividade, aceitação e apoio emocional por parte dos pais, são de extrema importância para a construção do desenvolvimento da criança e sua possível personalidade na vida adulta e, posteriormente, o apego que terão com seus filhos.

Ansiedade ante estranhos: Cautela com pessoas e lugares estranhos demonstrado durante a segunda metade do primeiro ano

Ansiedade de separação: Angústia demonstrada por um bebê quando deixava por seu cuidador

Social

Senso de identidade

Antes de assumir suas responsabilidades, é preciso que a criança se reconheça como indivíduo separado dos demais. A autoconsciência é o primeiro passo para o desenvolvimento de padrões de comportamento.

 O autoconhecimento físico tem seus primeiros sinais entre 18 a 24 meses de vida, dos 20 aos 24 meses, as crianças começam a utilizar pronomes em primeira pessoa.

Autodescrição e auto avaliação, ou seja, o poder de descrever objetos, ações e pessoas, e de avaliação ocorrem entre os 19 e 30 meses, momento no qual o vocabulário se expande.

Resposta emocional a más ações: Aborrecimento com certas desaprovações

Autonomia

O amadurecimento físico, cognitivo e emocional, faz com que crianças entre 18 meses e 3 anos, desenvolvam o segundo estágio do desenvolvimento da personalidade, ou seja, o processo de autonomia e autocontrole. Entretanto, liberdade ilimitada não é seguro, dessa forma, é necessário um novo equilíbrio

Autonomia x vergonha e dúvida: A dúvida causa a percepção nas crianças de que, em algumas tarefas, ela não é totalmente autônoma, e precisa de ajuda. Já a vergonha, faz com que as ações das crianças sejam freadas pela sensatez.

Os primeiros 2 anos de vida de uma criança são cruciais para o surgimento do pensamento de individualidade.

Socialização

A socialização é o processo pelo qual as crianças tornam-se membros responsáveis e produtivos da sociedade, iniciada pelos seus pais e seus modos de vida.

Essa socialização, faz com que a criança entenda que, algumas ações não são corretas e nem aceitas na sociedade, dessa forma, aprendem a se socializar, demonstrando a autorregulação, sendo está a base da socialização.

A autorregulação está em todas as áreas do desenvolvimento – físico, cognitivo, social e emocional.

Contato com outras crianças

Interesse por crianças fora do lar ainda nos primeiros meses, demonstrando afeto através de olhares e sorrisos.

A partir de 1 ano e 6 meses, até seus 3 anos, as crianças demonstram interesse pelo que outras crianças fazem, compreendendo cada vez mais como lidar com elas.

Creches

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