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Psicossomática - doença e sintoma

Por:   •  13/3/2018  •  Seminário  •  1.878 Palavras (8 Páginas)  •  106 Visualizações

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Disciplina: Psicossomática

06/09/17

Aula 4.

Doença e sintoma

As psicossomáticas

  • Relação Psiquismo e organismo – existe mais de uma psicossomática. Definição de fundamentos que sustentam a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise.
  • Dentre elas há traços, distantes, de parentesco entre as três, elas constituem recortes radicalmente diferentes, modos incompatíveis entre si de se vislumbrar e pensar as relações entre os processos psíquicos e o organismo.
  • Apresentam diferenças conceituais/e do sintoma da teoria que defendem.

Psicossomática Médica

        Receptáculo dos restos incompreendidos da medicina. Tem um componente psicossomático a doença que não comporta uma explicação científica reconhecida. Podem ter uma vertente psíquica os sintomas não justificados por evidências organizadas ou exames laboratoriais. O emaranhado celular, como sede causal das doenças, não está jamais excluído. Reduz a participação do psiquismo, como estrutura abstrata e destacada da anatomia – na gênese das doenças. Propõe a dicotomia mente e corpo.

        Temos uma problematização: Causa e mecanismo

        Se considerarmos uma explicação à causa. Ex.: um aumento da taquicardia é causado pela produção de adrenalina. Não estamos abordando a causa de fato, e sim um mecanismo, pois por um funcionamento, a taquicardia realmente terá um aumento de adrenalina. A causa de fato, o que causou a taquicardia? Estará na esfera psíquica: um drama existencial, uma dificuldade, um medo.

Ex.: Esquizofrenia, psicose. Causa? Causas orgânicas, devido a descoberta de genes indutores do crescimento tumoral ou de certas substâncias presentes no tecido cerebral do esquizofrênico, não aclara a causa da esquizofrenia, simplesmente aprofunda os conhecimentos sobre os mecanismos moleculares dessa situação. Tratamento será oferecido com base no restabelecimento dos mecanismos. E a causa? Os tratamentos são pautados apenas no uso de mecanismos bioquímicos A causa e a cura ficam em segundo plano. Por essa razão recorre-se à sedutora cisão em que se admite uma causalidade mista, em parte psíquica, em parte orgânica.

Psicossomática Psicológica

        Insere-se no mesmo terreno epistemológico da medicina: dicotomia mente e corpo.

        Trata-se uma ciência que é incluída no domínio das ciências tradicionais. Recorrem a classificações, tabelas, testes, parâmetros de normalidade, de saúde e doença, em suma a coleta de dados e à estatística.

        A psicossomática da psicologia não se difere da médica. Na intenção de se diferenciar forja novos equívocos.

        Recorta o psiquismo a partir da anatomia descrita pela medicina. Abre-se um campo da medicina de atuação da psicologia. De referência da medicina. É o atlas de patologia médica que mapeia os traços psíquicos associados a cada grupo de doença.

        As ciências da natureza desvendam o ‘’como’’, mas desejamos saber o ‘’porquê’’. A descrição dos mecanismos fisiológicos, cuja importância não se discute, implica um deslizamento interminável. A medicina criará sempre novos recursos para neutralizar e reverter os distúrbios do organismo. E para o sujeito que sofre? Restara sempre a busca dos significados, dos sentidos que escapam de outra cura.

Psicossomática Psicanalítica

        Nascimento da psicanalise foi uma reação ao poder extremo da medicina moderna, que passou a tratar os pacientes à deriva, ao sabor das leis naturais. Compreender os processos orgânicos não nos autoriza a excluir a participação do psiquismo na gênese de nenhuma doença.

        Se pensarmos não em um psiquismo que reflete o organismo, mas em um corpo recortado pelo psiquismo, distinguimos dois grupos de doenças:

  1. As que podem ser atenuadas, modificadas ou curadas pela descoberta de um sentido, de um significado, ou por uma elaboração que identifique uma causa não-orgânica;[pic 1]

Em psicanalise sintoma é aquilo que é passível de se modificar por conte de uma interpretação. Esse efeito não é oferecido pelo analista, mas resulta do próprio discurso de um sujeito. A palavra tem o poder de operar o deslocamento do sintoma (puramente psíquico ou associado a um distúrbio orgânico). Inserem-se as doenças ou sintomas físicos descritos nesse grupo. Caracterizam os sintomas psicossomáticos.

  1. As que seguem seu curso apesar da identificação de uma associação psíquica.

[pic 2]

O que não é passível de mudanças a partir da linguagem cai no terreno do real, e constitui o fenômeno psicossomático. Nesse grupo se insere as doenças mais graves, que causam lesões irreversíveis.

        O que marca o corpo não mais se classifica a partir da anatomia ou da fisiologia, mas sim do conceito psicanalítico do sintoma. Não há lesão orgânica sem uma CAUSALIDADE ancorada na história do sujeito. É o psiquismo que recorta o corpo. O que importa para o psicanalista é o que o paciente tem a dizer sobre a doença. Como diante de qualquer sintoma, será por meio da linguagem que se desvendará a estrutura causal.

A interação mente e corpo: o início de uma doença

        Dissociação entre mente, corpo e espirito. A ciência dividiu em parâmetros de estudos e áreas diferentes de investigação, cada um na sua ênfase, levando a dissociação. Dessa forma a pessoa foi dividida em: matéria, funcionalidade, objeto e psíquico, normalidade e fora da normalidade.

        Passamos a viver dentro dessa perspectiva: Um corpo que age e uma cabeça que nos conduz.

        Vamos pensar na vida como um processo. Veremos a necessidade de sentir que existe uma relação unificada e simbioticamente estabelecida.

‘’A compreensão do mundo que nós construímos a partir de nossas experiências, à medida que crescemos se distancia de nós como se fôssemos duas ou três mentes, dois ou três corpos. ’’

        Desenvolvimento humano, forma de vivenciar a sensação, o sentimento, o corpo, a mente. Processos de desenvolvimento e reconhecimento do SELF, do EU. Integridade e reconhecimento de um EU integrado, não dissociado. Dissociação do EU, ideia de desintegralidade muito presente nos períodos da vida posterior a infância. Na infância, a criança tende a vivenciar sua existencial como um ser integrado, que pensa, age, senti, vivencia uma unidade que ao longo do desenvolvimento irá de desintegrando, pensando, agindo e sentido como parte separada de um ser, se dividindo em mente e corpo.

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