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Pós Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial

Por:   •  20/10/2020  •  Resenha  •  1.843 Palavras (8 Páginas)  •  105 Visualizações

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Universidade Estácio de Sá

Pós Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial

FLÁVIA CAPUTE LOPES DA SILVA

HIV/AIDS NO BRASIL: Provimento de prevenção em um sistema descentralizado de saúde

 

                          Trabalho da disciplina Políticas Públicas Legislação e Saúde Mental no Brasil

                          Tutor: Ralph Ribeiro Mesquita


 INTRODUÇÃO:

O objetivo deste trabalho é promover, de forma objetiva, uma reflexão em torno do estudo de caso Sobre HIV/AIDS no Brasil, em seu contexto histórico de políticas públicas sobre o tema e a descentralização, como organização de recursos, e a implantação do SUS. A realização de toda a trajetória nas mudanças globais sobre protocolos em HIV/AISD, e a importância do Brasil no contexto Sociocultural de saúde-doença e políticas Públicas de Saúde, rumo ao controle da doença, estabilização, desestigmatização, acesso ao tratamento, prevenção e medicação como direito do cidadão e dever do Estado.

 DESENVOLVIMENTO:

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o vírus que causa a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), nomeada assim entre profissionais de epistemologia nos estados unidos, conhecida também como SIDA. Seu início epidemiológico se deu em 1981, sendo o primeiro caso oriundo na África, período logo após a irradicação da varíola, outros, no mesmo período apareceram nos Estados Unidos.

 A síndrome, entre seus primeiros casos, foi acometida em homens adultos que se relacionavam sexualmente com os outros homens, iniciando uma estigmatizarão denominando o processo infectuoso de a doença dos “gays” câncer “gay” e outras formas de direcionar os efeitos traçando o perfil dos primeiros acometidos. Logo após isto, eclodiram casos entre pacientes hemofílicos, que receberam transfusão de sangue e em bebês recém-nascidos, comprovando que além da transmissão via sexual, ocorria por outra via, através do sangue contaminado, sendo assim, não pertencendo a um grupo específico, e também no compartilhar de agulhas entre usuários de drogas injetáveis.

O trabalho de epistemologia em todo o processo, foi muito importante para traçar a trajetória de contaminação e identificar os grupos de alto risco para propor protocolo de controle da infecção, antes mesmo de propor a cura.

Os ativistas gays nos estados unidos, bem como, no Brasil formaram os principais contribuidores para iniciar as prevenções preliminares da doença, na informação e disseminação dos conhecimentos e no acolhimento dos doentes.

A França e Estados Unidos se integraram na pesquisa para o isolamento do vírus, até de fato o entenderem como um novo vírus retroviral,  e com isto, foi possível realizar um protocolo de medicação, como o ATZ, um antirretroviral dando o início da medicalização da doença, que logo a seguir foi percebido não ser eficaz em alguns casos, tratados apenas os sintomas de oportunidades como as doenças pulmonares e o câncer, ainda não havia uma droga especifica para AIDS, porém a partir da sua identificação como retroviral pode-se desenhar um conteúdo de medicamentos para estabilizar a doença.

O ATZ, foi o percursor, sendo importante seu uso em mulheres grávidas, ao nascer seus filhos, foi percebido que os bebês não possuíam a doença por conta do uso na gravidez, uma descoberta importante para estabilizar e diminuir a propagação da contaminação mãe-bebê.

Há uma janela entre a contaminação e sintomas de agravos da doença entorno de 6 anos, os sintomas são de ordens diferentes pois temos tipos de HIV’s tipo 1 e 2, alguns podem gerar o ou não câncer, o que onera os protocolos, e diminui as chances de sobrevivência pois o vírus em si não tem cura.

A identificação de grupos de riscos são fundamentais para a identificação de proposta de provimentos de prevenção para os homossexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas em populações pobres, como um índice de grupos de alto risco de contaminados.

 Os primeiros casos de AIDS no Brasil, foi em são Paulo, acreditasse que o paciente 1 tenha sido notificado em 1982.

O Brasil passava por um processo de ditadura e repressão entre os anos de 1964 a 1984, um clamor por liberdades, movimentos ativistas surgiam em várias frentes, ativistas gays, médicos sanitaristas em prol da democracia e saúde pública para todos, entre sindicalistas as greves por melhores condições de trabalho. Neste cenário político ideológico de mudanças, nova constituição federal, políticas de direitos humanos para todos, que se dá as aparições da doença.

Neste contexto sociocultural a saúde em meio a ditadura era apenas para contribuidores da previdência ou seja trabalhadores, muitos profissionais sem CLT, não tinham direito ao seguro saúde.

O presidente, o então Luiz Inácio Lula da Silva , em resposta a constituição federal e aliado aos preceitos da OMS , Organização Mundial da Saúde em seus conselhos internacionais de saúde e direitos humanos, com a proposta de valer esses acordos internacionais, implantou um sistema único de saúde o SUS, em 1990, para coordenar todos os serviços de saúde e fornecer cuidados gratuitos a todos, o sistema particular de saúde ainda permanecia, embora não cobrisse agravos de grande complexidade como a AIDS e o Câncer.

 A AIDS eclodia no Brasil, promovendo movimentos intensos de mudanças estruturais e políticas, o SUS estava em seus estágios iniciais durante a década de oitenta e não operava nacionalmente, a vigilância epistemológica não atuava de forma homogênea em todos locais no brasil, o que dificultava o rastreamento de novos casos, o Brasil é um pais de perfil continental e possuem muitas desigualdades e diferenças.  

O Brasil foi o primeiro pais em desenvolvimento, a conseguir criar programas adequados de controle e prevenção eficazes, na curva de crescimento da doença em dado período de projeção, ficamos abaixo da expectativa desta projeção, isto se deu a eficácia dos programas de prevenção.

A proposta de descentralização dos recursos do sistema único de saúde, convocando a sociedade para discutir proposta de combate, os ativistas gays, profissionais do sexo, programa de redução de danos no caos dos usuários de drogas injetáveis como a troca de seringas, distribuição de camisinhas, lubrificantes e medicação nos ambulatórios, campanhas de mídias, também foram realizadas a distribuição de camisinhas no carnaval e em eventos de paradas gays.

O ministério da saúde organizou comissões, estabelecendo os protocolos de diagnósticos, auxílio técnico, desenvolvimento de laboratórios e sistema de vigilância, bem como a comissão Nacional contra AIDS, que foi um Pilar de grande importância para esta participação, estabeleceu essas bases de controle e prevenção social com a contratação de ONGS para atingir os pontos onde não era possível com a política de centralização.

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