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Resumo - Atenção psicossocial em saúde mental

Por:   •  9/12/2017  •  Ensaio  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  394 Visualizações

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Os hospitais psiquiátricos têm, a cada dia, avançado em promover saúde mental, ainda há muito que trilhar, é verdade, mas o modelo asilar tem sido substituído por um tratamento por sistema extra-hospitalar. As oficinas de artes vêm com uma função no processo psicótico de expressão e subjetivação do eu. A pioneira Nise da Silveira experiencia a aplicação de instrumentos e técnicas para que o eu do individuo psicótico seja fortalecido e expressado (Mendonça, 2005).

Trabalhar oficinas de artes com indivíduos psicóticos, almeja o estabelecimento de uma interação social, por menor que esta seja. Freud vem trazer que o objeto uma vez perdido não há como recuperar, assim, compreende-se que os laços sociais que foram perdidos no dinamismo psicótico não têm como serem restabelecido.

As oficinas de arte são produtoras de subjetividade e tem uma dinâmica de um ambiente aberto, com dois coordenadores e o individuo tem autonomia para participação, em geral o tempo da oficina é de uma hora.

Tudo para estes indivíduos é uma ligação direta com o objeto, ausente de relação simbólica das representações, pois, a dinâmica psicótica é ocasionada por não haver instalação da falta, da castração. Na neurose, o recalque, é a defesa da falta, da castração, já na psicose a foraclusão não inscreve a falta, não há discernimento de que não existe completude.

Todos elegemos um modo predominante de lidar com o santhom. Na psicose é preciso uma estimulação do indivíduo através de algum elemento criativo, para então, este encontrar seu modo operante de lidar com o santhoma. Nas oficinas, o subjetivo e o social, devem ser produzido sobre a concretude da circunstância de gozo, pois nelas há um ambiente propicio para expressão criativa e ressocialização.

Contudo, na formação de grupo com características de coletividade há peculiaridades na adequação do sujeito ao grupo. Na psicose essa adequação é inexistente, pois o psicótico não vai ter uma relação com o outro, com o Nome do Pai, sendo assim, se trabalha com a subjetividade, singularidade para que possa haver uma conexão entre ele e o meio, um tipo de laço social.

O coordenador das oficinas de arte com indivíduos psicóticos, precisa ter a compreensão de planejamento da inserção do psicótico a uma lógica. Utópico é acreditar que haverá uma ligação destes com uma lógica real, devido a serem sujeitos com lógicas próprias. As alucinações e delírios passam a ser como inspiração de criação se comparados com a motivação de um artista plástico.

O significante na vida do psicótico é construído individualmente e nas oficinas busca-se ouvir esse significante. Na arte o psicótico retira de si a angustia, por meio de um dispositivo artístico que permita que ele se expresse. Assim, o individuo psicótico poderá encontrar na arte uma maneira de estabilização, reduzindo a possibilidade de desencadeamento através da metáfora delirante ou do significante tendo como força de encontro entre a atividade criativa e a delirante.

Referencias:

Palestra ministrada na UFPB ao curso de Psicologia pela Profª Drª Regileide de Lucena em 25 de fevereiro 2014.

Mendonca, T. C. P.(2005). As oficinas na saúde mental: relato de uma experiência na internação. Psicol.

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