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RESUMO "SEIS ESTUDOS DE PIAGET"

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Por:   •  1/5/2014  •  1.339 Palavras (6 Páginas)  •  810 Visualizações

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Segundo Piaget o desenvolvimento mental se dá progressivamente de maneira similar ao crescimento orgânico, que começa no nascimento e encerra na fase adulta. Assim a vida mental é como se evoluísse até chegar ao equilíbrio final, que seria a mentalidade adulta, esse equilíbrio vai ficando mais estabilizado com a elevação da idade. Há uma diferença primordial entre o crescimento orgânico e o mental; o orgânico sua equilibração final é mais estática e instável e quando atinge um ápice, começa a regredir até a morte. Já o psíquico tem suas funções mais mutáveis, quanto mais estabilidade, mais mobilidade, assim o fim de seu crescimento não resultará em decadência, mas em um contínuo progresso para um maior equilíbrio.

O desenvolvimento é uma equilibração crescente que muda entre um estado de menor equilíbrio para um equilíbrio maior, sendo assim é uma construção contínua, que passa de um estágio inferior para um superior, a equilibração é um processo de desequilíbrio e equilíbrio que acontece entre os estágios para haver uma mudança. O desequilíbrio é a motivação primária para alterar as estruturas mentais da pessoa. Todo movimento, pensamento ou sentimento corresponde a uma necessidade e essa necessidade é sempre a manifestação de um desequilíbrio, pois algo foi modificado e é preciso de um reajustamento da conduta devido à mudança, ou seja, uma reequilibração. A ação se finda desde que a necessidade seja satisfeita, equilibrando assim o organismo, sendo este processo um movimento contínuo e perpétuo.

As estruturas variáveis organizam as atividades mentais no aspecto intelectual e afetivo, nas dimensões individual e social. O interesse exerce suas funções em todos os estágios, mas assumem formas diferenciadas de acordo com o grau de desenvolvimento. Primeiro se incorpora o universo à atividade própria, isto é assimila o mundo exterior às estruturas já construídas, a estrutura da assimilação varia as formas de incorporação sucessivas. E depois reajusta estas últimas em função das transformações ocorridas, ou seja, “acomoda-as” aos objetos externos. Pode-se chamar “adaptação” ao equilíbrio destas assimilações e acomodações. Assim o desenvolvimento aparecerá em sua organização progressiva com uma adaptação sempre mais precisa à ”realidade”.

I- O recém-nascido e o lactente

Piaget diz que vai do nascimento à aquisição da linguagem, é um período de intenso desenvolvimento e é essencial para a evolução do mesmo. A inteligência acontece em três estágios: o dos reflexos (é uma atividade que atesta a existência de uma assimilação senso-motora precoce), o da organização das percepções e hábitos (são esquemas senso-motores) e o da inteligência senso-motora (inteligência prática) que transformam a representação das coisas, no inicio a consciência começa por um egocentrismo inconsciente e integral, que se desenvolve levando à construção de um universo objetivo, aonde alcança uma diferenciação entre si e o mundo exterior. As construções do objeto, espaço, causalidade e tempo são processos fundamentais no desenvolvimento intelectual.

A afetividade caminha junto com o desenvolvimento intelectual, assim são indissociáveis. Ocorrendo também em três estágios: o dos reflexos afetivos (emoções primárias), o das percepções e hábitos (afetos perceptivos ligados as modalidades da atividade própria) e o da “escolha do objeto”(objetivação dos sentimentos e sua projeção sobre outras atividades exteriores a si)

II- A primeira infância: de dois a sete anos

Para Piaget com o aparecimento da linguagem a criança se vê com dois novos mundos: o social e das representações interiores, ocasionando mudanças no desenvolvimento intelectual e afetivo. A criança torna-se capaz de reconstituir suas ações passadas e antecipar futuras pela representação verbal. Resultam três consequências essenciais para o desenvolvimento mental: o início da socialização da ação (que vem em 1ª instância da imitação) uma interiorização da palavra (tem seu inicio em uma incorporação ativa dos dados ao seu eu) e uma interiorização da ação. Nas relações interindividuais, desenvolve-se uma subordinação ao adulto devido à coação espiritual exercida pelo mesmo, assim a primeira moral da criança é a da obediência e as condutas sociais estão caminhando para a socialização, mas o individuo ainda centra-se em si (egocentrismo intelectual), acreditando ser o seu ponto de vista o único possível. Observa-se coletivamente um jogo de imaginação e imitação.

O pensamento acontece entre formas extremas, é a do pensamento por incorporação ou assimilação pura, cujo egocentrismo exclui, por consequência, toda objetividade. E a que tenta adaptar-se à realidade, transforma-se num pensamento pré-lógico e o mecanismo da intuição suplementa a lógica, essa intuição é rígida e irreversível. A inteligência vem da experiência, é prática. Em seu pensamento concebe objetos inanimados como vivos e dotados de intenção (animismo), assimila o objeto de acordo com a atividade do mesmo.

No campo afetivo há três novidades essenciais: o desenvolvimento dos sentimentos interindividuais (afeições, simpatias e antipatias), a socialização das ações, a aparição de sentimentos morais intuitivos, provenientes das relações entre adultos e crianças e as regularizações de interesses e valores, ligadas às do pensamento intuitivo. O interesse é o prolongamento das necessidades, é a orientação própria a todo ato de assimilação mental e estão ligados

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