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Relatos De Um Idoso No Facebook

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Por:   •  20/3/2014  •  2.259 Palavras (10 Páginas)  •  319 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho - parte de uma pesquisa maior - o qual pressupõe como tema “O relato como

manifestação do idoso que se constrói como Sujeito a partir da narrativa”, propõe analisar marcas

relacionadas à construção do Sujeito no contexto de relatos produzidos por idosos integrantes de

redes sociais, em especial o Faceboock. Assim, propõe-se uma breve reflexão sobre os modos de

subjetivação marcados nos relatos dos idosos, visando ao levantamento de índices que demarquem

a construção identitária do Sujeito idoso. Para o desenvolvimento desse estudo, foi utilizada uma

comunidade do Facebook dedicada à terceira idade na qual se fez a análise de cinco postagens e os

comentários gerados a partir delas. Esse corpus foi analisado por meio dos postulados da Análise do

Discurso.

Palavras-chave: Identidade. Idoso. Subjetividade

INTRODUÇÃO

Este artigo se propõe a analisar marcas relacionadas à construção do Sujeito no contexto de

relatos produzidos por idosos integrantes de redes sociais, em especial o Faceboock.

Assim, o estudo propõe uma reflexão sobre os modos de subjetivação marcados nos relatos

dos idosos, visando ao levantamento de índices que demarquem a construção identitária do

Sujeito idoso. Nessa perspectiva, apresenta-se a problemática “Quais as marcas textuais

indicadoras de constituição identitária presentes em relatos do Sujeito idoso pertencente a

grupos de terceira idade?”

As questões oriundas ao discurso do idoso e sua importância são pauta de uma sociedade

que está envelhecendo, principalmente se considerarmos que, até o ano 2025, o Brasil terá

a sexta maior população idosa do planeta.

Num tempo em que o ser humano conquistou a longevidade graças aos avanços da

sociedade moderna, a velhice tornou-se um problema social, por isso é imprescindível que a

sociedade reconheça e prepare-se para o fenômeno do desenvolvimento humano, em todas

as suas fases, inclusive na velhice, para assim atender à demanda emergente.

Abordar a construção do Sujeito Idoso é procurar marcas que possam repercutir em ações

subversoras de construções sociais que fixam a velhice em modelos padronizados de

comportamento, hábitos, valores, crenças e estilos de vida. Este artigo, de forma muito

tímida, enseja contribuir com indícios sobre a identidade desse novo idoso que participa das

redes sociais a partir da análise do discurso.

Para o desenvolvimento deste estudo, foi utilizada uma comunidade do Facebook dedicada

à terceira idade na qual se fez a análise de cinco postagens e os comentários gerados a

partir delas.

NOVA SOCIEDADE E NOVO IDOSO

A pós-modernidade, embora haja divergências sobre seu marco inicial, inegavelmente

chegou acompanhada de muitos avanços, sendo o principal deles o tecnológico, o qual

propiciou progressos em diversas e diferentes áreas.

A invenção do computador, seus avanços e a democratização de seu uso, acompanhados

do advento da Internet, fizeram verdadeira revolução mundial, influenciando desde o modo

de relação entre as pessoas até a comercialização entre os países.

Em relação à comunicação, a Internet provocou uma verdadeira revolução, afinal, a

comunicação deixou de ser de um para todos, já que todos produzem e recebem

informações. Especialmente com as redes sociais digitais, em especial o Facebook,

baseado na interatividade e na participação – inclusive em tempo real -, que faz com que

todos os seus participantes sejam ativos e capazes de produzir conteúdos.

Esse contexto pós-moderno provoca uma alteração significativa nas identidades culturais,

modificando diretamente as características do sujeito. “O próprio processo de identificação,

através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório,

variável e problemático.” (HALL, 2002, p.12)

Nesta sociedade contemporânea, marcada por mudanças, surge também uma nova visão

do idoso que apresenta características pessoais e sociais muito diferentes das apresentadas

até fins do século XX.

No passado, ser idoso, o chamado “velho”, era, no geral, sinônimo de vida improdutiva: o

idoso não trabalhava e era muitas vezes, consequentemente, dependente dos filhos; não

possuía vida social, como ir a bailes, passear, viajar – passava a maior parte do tempo em

casa, realizando pequenos afazeres domésticos ou queixando-se das doenças; não possuía

vida sexual ativa e não se integrava facilmente a novidades tecnológicas.

Esse cenário se modificou. Com uma sociedade em que a natalidade caiu vertiginosamente

devido ao ritmo acelerado de trabalho dos

...

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