Relatório O Modelo Biotecnológico de Bronfenbrenner

1) O modelo Bioecológico de Bronfenbrenner visa estudar o desenvolvimento enquanto relação entre pessoa e contexto, entre as características da pessoa e dos ambientes que a rodeiam. A pessoa refere-se aqui aos atributos pessoais da pessoa que se encontra em desenvolvimento, sendo estas características tanto produtoras como produto do desenvolvimento. Em termos de características que devem ser consideradas neste elemento, selecionamos as disposições ativas de comportamento que consistem nas características da pessoa que estão diretamente relacionadas com os aspetos emocionais e motivacionais, que por sua vez têm influência na disposição seletiva para a ação. A fim de promover relações próximas em situações lúdicas podemos selecionar contextos que suscitem à criança a curiosidade, a responsividade e a iniciativa. Pelo contrário, podemos não promover disposições positivas e encontrar reações de impulsividade, distração, insegurança ou até timidez. Assim, consideramos que nesta situação será adequada a observação de brincadeiras da criança com jogos, no contexto familiar, como Legos, ajudando no foco, raciocínio, desperta do interesse no que vai construir; pintar, por exemplo, mandalas, ajudando na concentração da criança na tarefa, assim como na gestão emocional da mesma, seja de forma positiva ou negativa. Outra característica que pode estar presente são os recursos pessoais, que influenciam a capacidade que a pessoa tem para se envolver efetivamente nos processos proximais Para incentivar o desenvolvimento é importante que estejam envolvidas atividades que promovam competências, destreza física e/ou motora, conhecimento, habilidades e experiências, ou pelo contrário, podem minar o desenvolvimento dificultando a integridade funcional da pessoa como problemas genéticos, deficiência ou processos degenerativos. Atividades que devemos observar em casa, a fim de avaliar esta característica são por exemplo, os jogos de sombras, pedir à criança que identifique a sombra igual à da imagem inicialmente apresentada ou por exemplo pedir à criança que identifique as diferenças existentes entre duas imagens idênticas e, por fim, fazer atividades de cortes para identificar a destreza da criança no que toca à utilização da tesoura.

2) Relativamente ao “processo”, este é o principal mecanismo responsável pelo desenvolvimento. Consiste nas interações recíprocas progressivamente mais complexas do sujeito com as pessoas, objetos e símbolos que estão presentes no seu ambiente imediato. Para que estes processos proximais, ou seja, estas interações reciprocas promovam o desenvolvimento devem ocorrer regularmente durante um longo período de tempo e a pessoa deve participar ativamente neles, sendo importante evoluir em complexidade para conseguir acompanhar o desenvolvimento da criança. Um segundo aspeto que deve ser considerado é que os objetos utilizados e os símbolos devem ser estimulantes para a criança e promovam a exploração. Conseguimos analisar o processo através da observação, por parte de terceiros, aos comportamentos de participação da criança, vermos a forma como elas brincam e como utilizam os objetos lúdicos, por exemplo a utilização de livros, jogos e puzzles, situações visíveis no dia-a-dia da criança. Os processos proximais podem produzir dois tipos de efeitos que conduzem a resultados diferentes no desenvolvimento da criança: competência