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Representação Social De Depressao

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Por:   •  11/9/2013  •  2.270 Palavras (10 Páginas)  •  365 Visualizações

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Depressão: Representação Social para Acadêmicos do Curso Ciências da Computação

RESUMO:

Na sociedade contemporânea, a depressão revela-se como um amplo fenômeno de saúde pública e uma doença que, embora muito conhecida há centenas de anos, cada vez mais se destaca como um tema difícil de definir e de explicar. Esta doença ou síndrome, que surge como transtornos biopsicoafetivos, apresenta-se acompanhada de sintomas multivariados, que compreendem aspectos orgânicos, hereditários, sociais, econômicos, religiosos, entre outros. Seu tratamento dever levar em conta todos os aspectos citados anteriormente. E vem sendo configurada como um dos males da vida moderna.

Palavras-chave: Representações Sociais. Depressão. Doença.

1. Introdução

1.1 - Teoria das Representações Sociais

Pode-se dizer que a teoria das representações Sociais, centrada nos modos de funcionamento do pensamento cotidiano, tem suas raízes tanto na sociologia e na antropologia (Durkheim e Lévy-Bruhl) quanto na psicologia construtiva, sócio-historica e cultural (Piaget e Vygotsky).

As representações sociais são conjuntos simbólicos, práticos, dinâmicos cujo status é o de uma produção e não de uma reprodução. Significa dizer que constituem não uma simples reação a estímulos exteriores, mas sim a seleção e utilização, a partir de repertório circulante na sociedade, de informações destinadas à interpretação e à elaboração do real. Assim, representar um objeto, pessoa ou coisa não consiste apenas em desdobrá-los, repeti-los ou reproduzi-los, mas em reconstruí-los, retocá-los e modificá-los (Moscovici, 2003).

A teoria das Representações Sociais trata da produção dos saberes sociais. Saber, aqui se refere a qualquer saber, mas a teoria está especialmente dirigida aos saberes que se produzem no cotidiano, e que pertencem ao mundo vivido (JOVCHELOVITCH, 1998). São encontradas muitas discussões e análises sobre Representação Social, sua gênese, sua estruturação, sua dinâmica e possibilidade de mudança e, inclusive várias proposições que tem como objetivo tentar sintetizar, descrever e algumas vezes compreender as Representações Sociais (GUARESCHI, 1996). Moscovici propõe uma estrutura teórica para as representações sociais. Segundo ele, a representação social tem duas faces indissociáveis: a face figurativa ou imageante, que corresponde ao objeto, e a face simbólica, que corresponde ao sentido atribuído ao objeto pelo sujeito, ou seja, o entendimento é que não existe representação sem objeto. Centra-se na análise da construção e transformação do conhecimento social e tenta elucidar como a ação e o pensamento se interliga na dinâmica social. Toda representação é construída na relação do sujeito com o objeto representado, não é mero reflexo do mundo externo na mente, ela vai além do trabalho individual do psiquismo, emerge como um fenômeno colado ao social. Jovchelovitch (1995, p. 78) diz que “é através da atividade do sujeito e de sua relação com outros que as representações têm origem, permitindo uma mediação entre o sujeito e o mundo que ele ao mesmo tempo descobre e constrói”.

1.2 - A Abordagem Estrutural da Representação Social

Teoria do Núcleo Central ou Abordagem Estrutural, trata de uma abordagem específica no campo das representações sociais, considerada como uma proposição teórico-metodológica complementar ao estudo de Moscovici, de modo a torná-lo mais heurístico tanto na prática social quanto para a pesquisa. Essa teoria propõe-se a identificar e analisar os processos que determinam as representações sociais enquanto conjuntos sociocognitivos organizados e estruturados em dois sub-sistemas: um sistema central e um sistema periférico (Abric, 1998, 2003).

O núcleo central é um elemento unificador e estabilizador das representações sociais (Abric, 2003). O outro subsistema estrutural, o sistema periférico, organizado em torno do núcleo central, funciona na periferia da representação social, servindo de "pára-choque entre uma realidade que a questiona e um núcleo central que não deve mudar facilmente" (Flament, 2001, p. 178).

1.3 – Depressão

Na contemporaneidade, a depressão é um dos mais graves problemas de saúde coletiva, ocorrendo em qualquer idade e condição socioeconômica, independentemente das tradições e da cultura. O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s).

Depressão, segundo o DSM-IV é uma desordem Psiquiatrica, a qual é caracterizada apartir de um diagnostico que é feito por uma tabela. Nela cinco ou mais dos sintomas relacionados devem estar presentes, dentre eles, um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.

A depressão é considerada uma das cinco principais causas de incapacitação no mundo, limitando o funcionamento físico, pessoal e social. A forma como a população identifica os sintomas de depressão e as crenças sobre sua etiologia podem influenciar o processo de procura de ajuda, a adesão aos tratamentos, bem como a atitude e o comportamento da comunidade em relação aos portadores desse transtorno.

Estudos indicaram que o público reconhece a depressão como problema emocional ou de saúde mental. As principais causas atribuídas são de natureza psicossocial, principalmente eventos estressantes na vida da pessoa, e raramente causas de natureza biológica ou espiritual são imputadas à depressão.

Este trabalho buscou diagnosticar a estrutura da Representação Social da Depressão para os alunos do curso da Ciências da Computação, assim identificaram alguns sintomas, causas e podemos analisar qual é a percepção destes alunos sobre o tema depressão.

2. Método

2.1 – Delineamento

O presente estudo seguiu o delineamento de pesquisa transversal e descritivo de caráter exploratório, com o principal objetivo de conhecer o que os alunos do Curso Ciências da Computação, da Uri- Campus de Erechim, pensam sobre depressão em um contexto geral, através do diagnóstico da Representação Social.

2.2– Participantes

Participaram do estudo 64 alunos que estão cursando o Curso Ciências da Computação, sendo todos alunos

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