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Saúde Mental - historicizando

Por:   •  29/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.000 Palavras (16 Páginas)  •  185 Visualizações

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SAÚDE MENTAL - HISTORICIZANDO

RESUMO

A Reforma Psiquiátrica começou no Brasil por volta do final dos anos 70, e surgiu com críticas perante a metodologia utilizada para diagnosticar, internar e tratar indivíduos com sofrimentos psíquicos, devido as formas até então praticadas de violência social; e principalmente criticar, como forma de extinguir as instituições manicomiais, com intuito de transformação, visando novas práticas de superação do modelo asilar e a garantia de direitos das pessoas que possuem a experiência do sofrimento psíquico. Encontra-se discorrido também, alguns dos antigos métodos de tratamento usados em instituições manicomiais, tais como as psicocirurgias, como forma de tratamento para os indivíduos com mal estar psíquico, e também aqueles que por outras razões, que não eram o sofrimento psíquico, foram tirados do convívio social e colocados junto aos demais e esquecidos pela sociedade. Dentro deste contexto, é apresentada as situações vivenciadas em duas instituições psiquiátricas, Hospital Colônia e Hospital Psiquiátrico Vera Cruz.

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        5

2.        OBJETIVO        6

3.        DISCUSSÃO        6
   3.1 Tratamentos Considerados Antes da Reforma Psiquiátrica no Brasil        6           
   3.2 A Reforma Psiquiátrica no Brasil        8                                                                      
  3.3 Hospitáis psiquiátricos Colônia e Vera Cruz
        15                                                  

4.        CONCLUSÃO        17

5.        REFERÊNCIAS        19

  1. INTRODUÇÃO

A favor da normatização da sociedade e exclusão dos indivíduos que não se adequavam aos determinados padrões propostos pela mesma, surgiram em vários momentos dentro do curso histórico da humanidade formas de diagnóstico e tratamento como lobotomia e leucotomia para com os “doentes mentais” que visavam a contensão e supressão dos mesmos de dentro do convívio social.

Neste trabalho é apresentado estes métodos clínicos de diagnóstico e tratamento nos anos 30. É discorrido também e principalmente o movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil, que teve e tem como objetivo a extinção de manicômios, defender os direitos das pessoas com sofrimento psíquico, por meio de mudanças na forma como essas pessoas são vistas pela sociedade, e humanizar o seu atendimento, um dos caminhos possíveis foi através da aprovação da lei 10.216. A Reforma também desconstituiu a ideia que se tinha, de que era preciso isolar os “loucos”, incluindo-os na sociedade e devolvendo a eles o direito de conviver com os demais. Pode-se dizer que a Reforma Psiquiátrica foi caracterizada pela busca de melhorias no tratamento de sofrimentos psíquicos, apesar de muita resistência da parte médica e da sociedade em aceitar o convívio social com pessoas vistas como um problema.

Esse movimento no Brasil teve início no final dos anos 70, principalmente na região de Minas Gerais, devido à existência do Hospital Colônia, em Barbacena, já que ele era o Hospital Psiquiátrico com mais índices de morte e maus tratos a seus pacientes, naquela época.

O movimento pode ser dividido em dois períodos: de 1978 a 1991, caracterizado pela crítica aos modelos de hospitais psiquiátricos; e de 1992 até os dias atuais destacando a implantação outros tipos de serviços para tratamento psiquiátrico.  (MESQUITA; NOVELLINO; CAVALCANTI, 2010)

O movimento foi muito influenciado por Franco Basaglia, psiquiatra italiano, que estava descontruindo a ideia de “loucura” e de como se deve lidar com pessoas consideradas como “loucas”, criticando as instituições manicomiais.

Inclui-se no trabalho também a situação de manicômios brasileiros como o Colônia, na cidade de Barbacena, em Minas Gerais e Vera Cruz, em Sorocaba, estado de São Paulo.

Foram utilizados no presente trabalho revisões bibliográficas de artigos e livros relacionados ao assunto, além de reportagens com relatos de hospitais psiquiátricos, podendo assim verificar a influência da reforma no âmbito da psiquiatria.


  1. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é discorrer e realizar uma crítica sobre o tratamento psiquiátrico das instituições manicomiais antes e após a reforma psiquiátrica no Brasil, verificando a influência da reforma no âmbito da psiquiatria. Relatar a situação recente dos hospitais psiquiátricos Colônia, na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, e no hospital psiquiátrico Vera Cruz, localizado na cidade de Sorocaba, estado de São Paulo.


  1. DISCUSSÃO

3.1. Tratamentos Considerados Antes da Reforma Psiquiátrica no Brasil

A partir da década de 1930, foram trazidas para o Brasil duas técnicas promissoras de tratamento psiquiátrico para eliminar ou modificar comportamentos inadequados, a lobotomia e leucotomia cerebral, sendo elas caracterizadas pela retirada de uma parte do cérebro. (MASIERO, 2002)

No ano de 1936, houve o início da utilização de psicocirurgia no Brasil em instituições de asilo. Foi nesse ano que a leucotomia começou a ser aplicada em pacientes do Hospital de Juquery em São Paulo. (MASIERO, 2002)

Aloysio Mattos Pimenta operou os dois primeiros pacientes em agosto de 1936. Mais tarde muitos outros médicos foram treinados e passaram a realizar leucotomias em instituições brasileiras. (MASIERO, 2002)

Egas Muniz considera que a vida psíquica é dependente de todo o organismo, reconhecendo a centralização no cérebro onde há zonas em maior relação com o psiquismo, o lobo frontal sendo considerado como dominante. As manifestações psíquicas decorrem da atividade dos grupos celulares por numerosas conexões reunidas entre si. (MASIERO APUD PIMENTA, 1936).

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