Serviços do centro de foco psicossocial (CAPS I)

1 – Justificativa

O interesse pelo estudo ocorreu em decorrência do desenvolvimento de pesquisas, realizado no Centro de ATENÇÃO Psicossocial (CAPS I), na cidade de Valparaíso-Sp. Na qual nossas participações foram reuniões e pesquisas sobre a demanda atendida, ou seja, usuários e familiares que procuraram atendimento, sendo eles voluntariamente ou por indicação de outro profissional da área da saúde.

O CAPS I de Valparaiso é uma instituição destinada a acolher os pacientes com transtornos mentais, além de transtorno mental, os ocasionados pelo uso de álcool e drogas, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico.

Sua característica principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço onde se desenvolve a vida quotidiana de usuários e familiares. E a reinserção dos dependentes químicos ao convívio familiar, resgatando vínculos e ate mesmo a reinserção à sociedade.

Sabemos como é difícil implementar a reforma psiquiátrica, como são grandes os desafios. Um dos maiores desafios é justamente a consolidação desses serviços de atenção diária.

No contexto da Reforma Psiquiátrica, os serviços substitutivos devem ter a missão de superar o paradigma manicomial, direcionados por novas bases e valores éticos que venha a produzir uma nova forma de convivência solidária e inclusiva.

Os conhecidos manicômios e hospitais psiquiátricos eram instituições onde os pacientes de transtornos mentais não recebiam a devida atenção e tratamento, sendo tratados como pacientes de patologia clínica e não mentais. A partir do final da década de 70, iniciou-se no a Reforma Psiquiátrica, com o intuito de modificar o tratamento dado aos pacientes com transtorno mental intenso, com a desinstitucionalização e a criação de novos serviços especializados em saúde mental, com intuição de promover uma melhor qualidade de vida e a possibilidade de interação social dos portadores de distúrbios e transtornos graves.

As pessoas atendidas no CAPS I de Valparaiso são aquelas que apresentam intenso sofrimento psíquico, que lhes impossibilita de viver e realizar seus projetos de vida. São, preferencialmente, pessoas com transtornos mentais severos e/ou persistentes, ou seja, pessoas com grave comprometimento psíquico, incluindo os transtornos relacionados às substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) e também crianças e adolescentes com transtornos mentais.

O que mais nos motivou na escolha foi que todo o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado em um “meio terapêutico”, isto é, tanto as sessões individuais ou grupais como a convivência no serviço têm finalidade terapêutica. Isso é obtido através da construção permanente de um ambiente facilitador, estruturado e acolhedor, abrangendo várias modalidades de tratamento. Como dissemos anteriormente, ao iniciar o acompanhamento no CAPS se traça um projeto terapêutico com o usuário e, em geral, o profissional que o acolheu no serviço passará a ser uma referência para ele. Esse profissional poderá seguir sendo o que chamamos de Terapeuta de Referência (TR), mas não necessariamente, pois é preciso levar em