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Simulação de uma escuta terapêutica

Por:   •  22/4/2018  •  Resenha  •  1.279 Palavras (6 Páginas)  •  157 Visualizações

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SIMULAÇÃO DE UMA ESCUTA TERAPÊUTICA

          Diante da dificuldade, na graduação do curso de psicologia, do treinamento da prática clínica comportamental, iniciamos na primeira avaliação do semestre um trabalho, cujo intuito era buscar diferentes técnicas de treinamento da escuta psicológica.

          Como ficou explícito nos trabalhos apresentados, que uma das formas de melhor entendermos e assimilarmos essa conduta seria uma vivência dramatizada em sala de aula, fomos separados em grupos de pacientes e grupos de formandos que estariam atendendo no SPA.

          Tivemos algumas apresentações, e em uma delas representei o personagem de paciente. Foi uma boa experiência, e achei muito boa a performance do meu colega de classe que representou o futuro terapeuta que me atendeu, mas eu queria muito vivenciar o outro lado, o de terapeuta, pois esse sim, certamente será o meu futuro.

          Em outra ocasião, fui presenteada pela professora com a oportunidade de vivenciar o outro lado: o de futura terapeuta atendendo no SPA, e é essa experiência que relatarei a seguir.

          Inicialmente a professora fez o enquadramento do setting, nos informando sobre cada objeto ali existente.

          Eu seria a Ana, uma formanda em um atendimento no SPA e minha colega de classe seria a Juliana, minha paciente.

          E demos início a simulação.

          “Abri a porta e uma simpática moça que aguardava, sorriu-me. Perguntei se ela era a Juliana e ela respondeu-me que sim e eu então me apresentei e pedi que ela entrasse, se sentasse e ficasse à vontade. Ao perguntar o motivo que a trouxera até ali, ela começou me informando que foi procurar atendimento porque ela era uma pessoa “muito organizada”, e isso estava incomodando seus colegas de trabalho. Pedi que ela me contasse um pouco sobre o seu trabalho e sua relação com os colegas de lá. Ela me contou que seu trabalho era organizar roupas para eventos e que era necessário ter muita atenção, pois eram guardadas de acordo com as cores e tamanhos. Com relaç~]ao aos seus colegas de trabalho, ela me disse que sua relação com eles se restringia somente ao ambiente de trabalho, e que ela gostava muito do seu trabalho, apenas ficava chateada com a reação de seus colegas quanto ao seu gosto por organização, afinal, “ninguém gosta de bagunça, né?”, dizia ela enquanto  tentava buscar minha afirmação. Nesse momento, ela “arrumou” a garrafinha de água que estava sobre a mesa, desculpando-se por achar que estava no lugar errado.

          Perguntei sobre sua vida pessoal, e ela me disse ser casada com um homem maravilhoso, que compreendia essa sua mania de organização e tentava manter as coisas arrumadas, como ela gostava. Relatou-me não ter filhos, por enquanto, mas gostaria de tê-los futuramente. Perguntei se esse comportamento dela não incomodava o seu esposo, no que ela respondeu que ele já se acostumara. No início do casamento, ele estranhava, mas já havia se acostumado.

          Perguntei sobre seus pais e pedi que me falasse um pouquinho de como fora sua infância. Ela me falou que era filha única e que seu pai era tão organizado quanto ela. Relatou-me que sua infância foi num colégio interno, “afinal, seus pais queriam o melhor pra ela”, e ela só vinha em casa aos finais de semana. Tinha muita “disciplina” nesse colégio. Perguntei sobre suas amizades dessa época, se permaneciam até hoje e ela me falou que tinha duas ou três amigas que eram mais próximas, mas com a saída do colégio essas amizades se dispersaram. Ela não criou nenhum vínculo forte e permanente durante sua estadia nesse colégio e nem os tinha atualmente.

          Perguntei se apenas os amigos que se sentiam incomodados com sua organização ou se isso também a incomodava, no que ela me falou que era muito chato ver que esse seu comportamento chateava as pessoas. “Eu não me incomodo de ser tão organizada, afinal, não é tão bom ter coisas sempre nos seus devido lugares? Mas como as pessoas começaram a falar que isso não era normal, então resolvi buscar ajuda”.

          Relatou-me também, que essa sua mania de organização, atrapalhava sua vida social, porque ela só aceitava sair se fosse previamente combinado, pois precisava se organizar pra sair e não aceitava convites em cima da hora. Perguntei se com o esposo, ela saia com frequência, no que ela me respondeu que só se fosse combinado com antecedência.

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