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Solidão Na Terceira Idade

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Por:   •  15/11/2014  •  1.916 Palavras (8 Páginas)  •  351 Visualizações

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Solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. Muitas pessoas passam por momentos em que se encontram sozinhas, seja por força das circunstâncias ou por escolha própria. Estar sozinho pode ser uma experiência positiva, prazerosa e trazer alívio emocional, desde que esteja sob controle do indivíduo. Solitude é o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente implica numa escolha consciente. A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão (Wikipedia)

Segundo o IBGE no Brasil, estima-se que cerca de 19% da população idosa viva só e sem qualquer tipo de apoio. Desta percentagem, apenas 10-14% refere sentir solidão.

O isolamento social na terceira idade acontece quando o idoso passa a sentir um peso para sua família e prefere ficar isolado em sua casa, os motivos são os mais variados indo da dificuldade de locomoção ao horário para fazer suas refeições e tomar seus remédios.

Segundo Henry e Cumming (1959) a partir de seus estudos apresentam a teoria do desengajamento, ou seja, quanto mais a pessoa envelhece mais ela perde sua participação perante a sociedade. Para eles o fenômeno não seria ocasionado por preconceito social, mais sim por uma característica normal do desenvolvimento. Onde o idoso perde suas capacidades psíquicas e orgânicas, ele se retrai para não entrar em conflito com o ambiente e consigo mesmo. Ele volta-se apenas para suas necessidades e acabam não querendo interferir no meio, para que não sofra exigências do mesmo.

Quando se fala em idoso, logo se pensa num “velhinho” sem forças, ou numa velhinha sentada fazendo tricô. Essa representação entra em choque com a atualidade, pois essas são imagens que não correspondem ao real, A grande maioria dessa população idosa tem características do envelhecimento sem estar nesse estereótipo.

No final do século XX, vimos uma revolução no conceito da sexualidade, e essas mudanças repercutiram na vida sexual do idoso. Não se concebe, hoje, a sexualidade, ligada apenas à função reprodutiva, mas como fonte de prazer e de realização em todas as idades.

A afirmação é da psicóloga Ana Teresa de Abreu Ramos e Cerqueira, professora do departamento de neurologia, psicologia e psiquiatria e da Pós-Graduação em saúde coletiva da Unesp. “Há limitações para se viver plenamente a sexualidade na velhice, o que pode haver em todas as idades, mas é preciso tentar superá-las ou minimizá-las”, completa.

“A sociedade ainda vê a sexualidade na velhice como um Tabu, algo reservado aos mais jovens. Há exigência de que os homens não podem falhar e as mulheres têm de ter a beleza e juventude como fontes únicas de atividade. Tudo isso causa a diminuição do sexo”, destaca a psicóloga Ana Teresa. O geriatra Buksman concorda que os próprios idosos se discriminam em relação à aparência. “Cultuamos o jovem, o esguio. Há uma depreciação do aspecto físico do idoso”, finaliza

Sendo assim, a sexualidade não é apenas sexo, vai muito além e pode ser expressa em qualquer idade e de diversas formas como por exemplo: O toque, o abraço, o gesto, a palavra que transmite prazer entre pessoas etc. Conforme vamos crescendo descobrimos também o prazer provocado pelo contato sexual.

Sabemos que a impotência sexual e um dos principais fatores para os homens de idade avançada se isolar, ficando assim mais vulneráveis a solidão. Atualmente, a ciência possibilita que os idosos tenham uma vida sexual ativa de forma prazerosa. Junto a essa evolução da tecnologia, é necessário que a mentalidade do ser humano também evolua e aceite que o sexo é uma prática normal também para quem não é jovem.

Para o ministério da saúde (BRASIL,2007, P.8) o envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições de sobrecarga podem surgir condições patológicas que requeiram assistência.

O envelhecimento aumenta a prevalência de diversas afecções, principalmente as de caráter crônico. As afecções cardiocirculatórias apresentam-se com mais frequência. Entre elas: hipertensão arterial, infartos, insuficiência cardíaca e AVC´S. Somam-se as doenças degenerativas como o Alzheimer e osteoporose.

Em adição as doenças relacionadas nos estudos, a atenção básica ao idoso do ministério da saúde destaca a depressão como uma doença a ser cuidadosamente tratada na população de idosos. Segundo esse referencial a depressão e mais frequente nos anos que precedem à aposentadoria, diminuem na década seguinte, e outra vez aumentam a prevalência após os 75 anos.

“Envelhecer satisfatoriamente depende do equilíbrio entre as limitações e das potencialidades de cada um. Crescemos ouvindo que ao avançar da idade não há muito o que fazer, porem e preciso aceitar a idade, as limitações, não se prender ao que deixou de ser feito, mas ao que poderá ser feito”. (Amanda Kleeman Spinicci Paiva – Psicóloga)

“Homem algum tendo vivido muito tempo, pode escapar a velhice, é ela um fenômeno irreversível” (Beauvior, 1970, p. 40)

Os idosos que um dia tanto deram à sociedade e que, agora, se deparam com um resto de vida de quase clausura, ou seja, fechados e afastados do mundo.

Os idosos são encaminhados para asilos pelos seus familiares, e por mais que se defenda que os idosos são muito bem tratados nos lares, o simples fato de terem sido obrigados a ficar sem a família, ou seja, afastados daqueles de quem eles mais amam e aqueles com que supostamente eles poderiam contar, é por si só, um sofrimento que só eles sabem explicar, e classificar o quanto este ato os magoa.

Deixados pela família em abrigos, esquecidos nos hospitais, mandados para lares, a maioria dos idosos não recebe visitas nem mesmo nas datas mais importantes e especiais, como o Dia do Pai/ da Mãe, aniversários, Natal, Páscoa ou no dia do idoso.

As amizades mantidas no asilo são uma forma de preencher a solidão e falta dos familiares.

Sabe-se que nos próximos anos a população brasileira será uma população idosa. Em consequência desse envelhecimento populacional, o idoso tornar-se alvo da violência. A agressão a população acima de 60 anos vem de diversas formas, a falta de carinho, atenção, pressão psicológica, descaso e a agressão física propriamente dita. O número de idosos que sofrem algum tipo de abuso é tão grande que esse caso já se tornou um problema de saúde pública. Vale ressaltar que muitas vezes as agressões podem resultar

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