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TDAH TRANSTORNO DÉFICIT DE ATENÇÃO

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Por:   •  30/9/2014  •  834 Palavras (4 Páginas)  •  390 Visualizações

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Segundo o texto de LEITE & TULESKI (2011), ao considerarmos o desenvolvimento da atenção voluntária, estaremos sujeitos a um novo entendimento para o TDAH – Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – que segundo apontam as pesquisas somente no Brasil no período de 2000 a 2008 teve um aumento de “1.616% nas vendas de medicamentos para o tratamento de TDAH” (IDUM, 2009 citado por LEITE E TULESKI, 2011), apenas de um dos medicamentos utilizados para este tratamento, à saber, o “metilfenidato”, conhecido como “Ritalina”.

Isto se deve ao fato de que o TDAH tem sido entendido como “um problema de origem orgânica, de etiologia genética” e tal compreensão leva a crença de que o melhor e talvez o único tratamento seja a base de medicamentos, o que segundo as autoras pode ser consequências prejudiciais, por desconsiderar os fatores do desenvolvimento da atenção voluntária, que pode estar mais relacionado a alguns destes casos diagnosticados TDAH; contudo “se o paciente responder bem a medicação, isto é se os sintomas forem atenuados, constatam que realmente o paciente tem o transtorno”(EIDT, 2004 citado por LEITE E TULESKI, 2011). As autoras, contudo trazem a tona o fato de que a ação de medicamentos como o Metilfenato “age no cérebro bloqueando a receptação de um neurotransmissor chamado dopamina” “[...]com mais dopamina no córtex, os sintomas de impulsividade e hiperatividade ficam reduzidos, permitindo que o indivíduo controle seu comportamento, e dirija sua atenção” (CONNOR, 2008 citado por LEITE E TULESKI, 2011). Isto facilitou indevidos diagnósticos que promovem a “medicalização e a naturalização de dificuldades escolares” (EIDT, 2004 citado por LEITE E TULESKI, 2011).

No entanto o estudo desenvolvido por Vigotski (1996, citado por LEITE E TULESKI, 2011) sobre o que ele chamou de “Psicologia Cultural”, trazia a ideia de que o comportamento humano não deve apenas ser estudado apenas em seus aspectos biológicos, mas deveria também considerar os fatores históricos; esta Psicologia, trouxe ao conhecimento que “ao elaborar instrumentos de trabalho para agir sobre a natureza, modifica o seu próprio comportamento, sua estrutura interna, seu psiquismo” (KONDER, 1985 citado por LEITE E TULESKI, 2011). Ou seja, as autoras definem que o pensamento de Vigotski consiste em que “a compreensão do homem singular deve partir primeiramente do entendimento do contexto sociocultural ao qual este homem pertence”; então, segundo esta linha, o texto defende que se hoje há um aumento de indivíduos desatentos e hiperativos podemos pensar que o tipo de relações vigentes e os processos educativos são os causadores de sujeitos com estas características (LEITE E TULESKI, 2011).

Sobre o desenvolvimento da atenção voluntária, os estudos de Vigotski(1931/2000ª citado por LEITE E TULESKI, 2011) demonstraram que o que chamamos de “formas superiores de comportamento” (atenção voluntária, concentração), estão alicerçadas sobre “formas inferiores”(comportamentos reflexos ou instintivos) que para ele são inatos; já as superiores precisam ser desenvolvidas primeiramente externas, através da relação social. E no caso da atenção “tem-se inicialmente que este é considerado um processo puramente orgânico ‘de crescimento, maturação e desenvolvimento’ dos aparatos nervosos e das funções da criança” (VIGOTSKI, 1931/2000c,

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