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Teoria Da Aprendizagem

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Por:   •  31/3/2013  •  2.058 Palavras (9 Páginas)  •  1.314 Visualizações

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TEORIA DE JEAN PIAGET

TEORIA DE PIAGET

Piaget desenvolveu sua teoria partindo da curiosidade a respeito do desenvolvimento da inteligência. Sua pesquisa partiu de questões como: Como se adquire conhecimento? Como se desenvolve a capacidade de conhecer? Buscando responder estas perguntas, Piaget iniciou seus estudos observando e analisando o comportamento de seus próprios filhos e crianças de sua comunidade. A partir daí escreveu vários trabalhos sobre as primeiras fases do desenvolvimento da inteligência. Nestes estudos Piaget descobriu que as crianças não pensam como adultos sugerindo mudanças na abordagem educacional em vigor. Além disso, escreveu que as crianças são as próprias construtoras de seus conhecimentos, estão constantemente interagindo com o mundo, criando e testando suas teorias.

Ao intitular sua teoria como Epistemologia Genética, isto é, o estudo da forma como o conhecimento é adquirido, Piaget descreveu que o conhecimento surge a partir da construção do sujeito interagindo espontaneamente com o meio. Aplicando o método clinico descobriu que a capacidade de conhecimento da criança passa por etapas e vai sendo aperfeiçoada a medida em que vai passando de uma etapa para outra. Piaget intitulou estas etapas em “períodos do desenvolvimento”.

O 1º período é o sensório-motor (0 a 2 anos),onde a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que a cerca. No recém nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos que vão melhorando com o treino. E no final do período, a criança já é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto, percebe-se que a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e pessoas de seu mundo para uma atitude ativa e participativa.

"...damo-nos conta de que todo o sentido do desenvolvimento pode ser interpretado como uma descentração progressiva. No início a criança está num estado de confusão total, nada mais possuindo do que seus reflexos hereditários... seus reflexos se transformam em hábitos, depois, pouco a pouco, estruturações se operam por sua atividade própria.... Os processos de acomodação levam-no a estabelecer com o mundo relações de objetividade. Assim, ao estruturar o objeto a criança se estrutura a si mesmo como sujeito. Quanto mais o mundo se torna coerente, tanto mais ele próprio se torna coerente." (Piaget,1991:108).

No segundo período, o pré-operatório (2 a 7 anos) ocorre o aparecimento da linguagem, fator importante que contribui para modificações no aspecto intelectual, afetivo e social da criança. O desenvolvimento do pensamento se acelera e a maturação neurofisiológica se completa. O egocentrismo representa característica do desenvolvimento intelectual e social.

"Adquirida a linguagem , a socialização do pensamento manifesta-se pela elaboração de conceitos e relações e pela constituição de regras. Quer dizer, há nesse caso uma evolução estrutural. É justamente na medida, até, que o pensamento verbo-conceptual é transformado pela sua natureza coletiva que ele se torna capaz de comprovar e investigar a verdade, em contraste com os atos práticos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação" (Piaget, 1963:336).

O terceiro período, o das operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) é caracterizado pelo inicio da construção lógica, isto é, a capacidade da criança estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. Surge uma nova capacidade mental da criança: as operações, isto é, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim e reverte-lo para o seu inicio. As operações sempre se referem a objetos concretos presentes ou já vivenciados. A criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais.

No último período, o das operações formais (11 ou 12 anos em diante) ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano da idéias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas. O alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e transformada.

Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer dentro de cada faixa etária. Todos os indivíduos passam por todas essas fases, porém o inicio e o término de cada uma delas dependem das características biológicas, fatores educacionais e sociais de cada indivíduo.

Baseada nesta teoria surge a proposta de ensino construtivista que propõe uma aprendizagem onde o sujeito constrói seu próprio conhecimento interagindo com objetos e outros sujeitos. No construtivismo o professor deixa de ser um mero transmissor de conhecimentos e passa a proporcionar ambiente de aprendizagem que conduza o aluno ao processo de conhecimento de forma autônoma, partindo de situações da realidade do educando, daquilo que eles já conhecem para o desconhecido

Esta Teoria nos leva ao entendimento de vários conceitos relacionados a aprendizagem como:

Epistemologia Genética, conhecimento, construtivismo, interação, desenvolvimento, assimilação, acomodação, método clínico, equilibração, pensamento, inteligência, sujeito, objeto, comportamento, cognição

Relação professor-aluno segundo Piaget

Para Piaget a aprendizagem do estudante será significativa quando esse for um sujeito ativo. Isso se dará quando a criança receber informações relativas ao objeto de estudo para organizar suas atividades e agir sobre elas. Geralmente os professores “jogam” somente os símbolos falados e escritos para os alunos, alegando a falta de tempo. Segundo Piaget esse tempo utilizado apenas para a verbalização do professor é um tempo perdido, e se gastá-lo permitindo que os alunos usem a abordagem tentativa e erro, esse tempo gasto a mais, será na verdade um ganho.

O modelo tradicional de intervenção do professor consiste em explicar como resolver os problemas e dizer “está certo” ou “está errado”. Isso está contra a teoria da psicologia genética de Piaget, que coloca a importância da observação do professor sobre o aluno. Uma observação criteriosa, para ver o momento de desenvolvimento que a criança está vivendo, assim saber que atividade cognitiva aquele aluno estará apto a investigar. O professor será o incentivador, o encorajador para a iniciativa própria do estudante.

Coloca-se também a importância da espontaneidade da criança. Muitas vezes o professor se mostra tão preocupado em ensinar que

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