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Teorias De Aprendizagem Piaget, Wallon E Ausubel

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Por:   •  11/12/2014  •  1.299 Palavras (6 Páginas)  •  2.844 Visualizações

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TEORIAS DE APRENDIZAGEM

HENRI WALLON

Na perspectiva psicogenética de H. Wallon, a questão emocional, além de ocupar um amplo espaço na ação pedagógica, deve constituir em objeto da ação pedagógica.

A compreensão do vínculo emocional é tão importante quanto compreender o tumulto orgânico por ela provocado (este mais visível).

A sobrevivência do bebê depende de suas origens humanas, da expressão de seus estados fisiológicos e emocionais e de sua interação com o meio, pois ele não é capaz de atender às suas próprias necessidades sozinho.

O bebê e a criança são seres basicamente emocionais e o serão em todo o período que as suas emoções dependerem de relações mediadas com o ambiente físico e, por conseguinte, a capacidade de mobilizar o outro. Por isso, a relação adulto-criança é marcada por um vínculo afetivo/emocional de alta intensidade, onde o adulto, invariavelmente, é contagiado.

Wallon afirma que a emoção é diretamente proporcional ao grau de imperícia. Por isso, diante de uma situação difícil, para a qual não estamos preparados, o tônus emocional é elevado. Porém, a emoção é imprescindível para o ingresso no mundo da razão e da competência humana, pois possibilita as primeiras formas de comunicação que serão a base para a construção da comunicação linguística que transporta o conhecimento e dá ingresso à vida cognitiva.

A emoção, quando identificada com o seu desenvolvimento próximo, estabelece as bases da inteligência. Mais tarde, essa relação afetivo-emocional da relação pedagógica será, provavelmente, o catalisador sem o qual a reação de síntese cognitiva não se realiza. A emoção é o agente mediador da ação pedagógica.

Na visão de Wallon, o desenvolvimento humano não é unidirecional. Entre emoção e cognição existe filiação, mas também antagonismo. Um elo de inibição recíproca é a marca das relações entre razão e emoção. Somente com o seu desaparecimento é que a atividade racional se alimenta. Para que isso ocorra, uma educação das emoções, não somente das do outro, mas também das suas próprias emoções. Em vez de contaminar a criança com a sua própria serenidade, o adulto pode se deixar influenciar pela irritação ou pela ansiedade infantil, que são ações inadequadas que trazem mais inadequação.

A grande lição de Wallon é a necessidade do refinamento das trocas afetivas, a elaboração cognitiva da emocionalidade do educador, o ajuste de formas de intercâmbio para ações integradoras.

Sob a ótica de Wallon, uma mãe que abre os braços para receber o filho que dá os primeiros passos, estimula-o a aprender a caminhar em sua direção. A criança amplia o seu conhecimento e é estimulada a aprender a andar.

Como a criança, toda pessoa é afetada tanto por elementos externos (o olhar do outro, um objeto que chama a atenção) quanto por sensações internas (medo, fome, alegria) e reage a eles. Essa condição humana é chamada de afetividade e é crucial para o desenvolvimento.

Wallon não coloca a inteligência como principal componente do desenvolvimento, mas defende que a vida psíquica é formada por três dimensões – motora, afetiva e cognitiva. Essas três dimensões coexistem e agem de modo integrado. O que se conquista em um plano atinge o outro mesmo sem consciência disso. A criança ao andar desenvolve suas dimensões motoras e cognitivas com base nos estímulos afetivos da mãe.

Para Wallon, o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente que o afeta de alguma forma. Ele nasce um ser orgânico que lhe dá certos recursos, mas o meio é que vai permitir que essas potencialidades se desenvolvam.

A afetividade e a cognição não são funções independentes uma da outra, quando uma se torna predominante acaba por incorporar as conquistas da outra.

DAVID AUSUBEL

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Para Ausubel, a aprendizagem é um processo que envolve a interação entre a informação apresentada e a estrutura cognitiva do aluno. Deve-se levar em consideração o conhecimento prévio que o aluno possui como ponto de partida para um novo conhecimento. Já na abertura de seu livro, Psicologia Educacional, ele é contundente: “O fator isolado mais importante que influencia o aprendizado é aquilo que o aprendiz já conhece".

A aprendizagem ocorre quando a informação ancora-se em conceitos preexistentes na estrutura cognitiva do aluno, ou seja, o aluno encontra significado no que ouve. Assim, para a aprendizagem ocorrer são necessários subsunçores, que são pontos cognitivos que darão sentido ao novo conhecimento.

Para aprender significativamente, o aluno tem de encontrar sentido no que ouve ou vê e deve relacionar com conceitos já conhecidos.

A proposta de conteúdos deve seguir uma hierarquia a partir daquilo que o aluno já sabe. Dessa forma, Ausubel propõe o uso de organizadores que sirvam de âncora para a nova aprendizagem. Tais âncoras são os materiais introdutórios que devem ser apresentados antes do próprio conteúdo a ser aprendido.

As pontes cognitivas são os elos entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve aprender.

Para Ausubel, surgem conflitos cognitivos quando ocorrem contraposições de esquemas prévios e conceitos novos, assim, não só os novos conceitos, mas, também,

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