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Texto De Fenomenologia

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Por:   •  1/10/2014  •  611 Palavras (3 Páginas)  •  281 Visualizações

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Contexto Filosófico

No final do século XIX, a psicologia não só gozava de grande prestígio, mas para muitos parecia a chave de explicação da teoria do conhecimento e da lógica. Para rejeitar essa tese, Edmund Husserl elaborou seu método fenomenológico, produzindo uma obra gigantesca em extensão e profundidade que desafia seus intérpretes até hoje.

Na primeira década do século XX, poucos historiadores consideravam a obra de Husserl. Suas Investigações Lógicas (1900/1901), em vista das numerosas pesquisas neokantianas no campo da epistemologia, chamavam pouca atenção. Na verdade, pareciam muito próximas da tese de Hermann Cohen de que a lógica deve ser fundamento de um sistema filosófico. Da mesma forma, o ideal da pureza e o postulado da fundamentação da filosofia, sobretudo da teoria do conhecimento, da matemática ou das ciências naturais também podia encontrar-se em Cohen.

Hermann Cohen (1842-1918) buscava um último axioma no qual todo o ser identificado com o pensamento pudesse ser derivado e explicado. Via tal princípio no vir-aser. A pesquisa sobre o fundamento, que o pensamento matemático deve seguir, em Cohen exerce um papel central. Chama atenção seu esforço para restaurar a filosofia com o status de uma teoria universal da ciência.

A teoria do conhecimento de Cohen tem caráter duplo: por um lado, busca um a priori irredutível, separando conhecimento de experiência, situando-o no puro pensamento; por outro, tenta conciliar o mundo das idéias da lógica pura com o pensamento de Heráclito sobre o devir. Entende a pureza, não como isolamento, mas sob o aspecto de sua aplicação. Propõe que a filosofia, analogamente ao processo da análise infinitesimal, se adapte ao processo. Cohen procura mostrar que as sensações e a ciência experimental a elas relacionada são perfeitamente reconstruíveis pelo pensamento, sem que algo fique de fora.

Enquanto Cohen atribuíra ao pensamento a dimensão de fim em si mesmo, Husserl tentou superar a aporia do neokantismo, que diluíra o ser racionalmente no puro pensamento, fundando o ideal de uma lógica pura na empiria. Vindo de Franz Brentano (1838-1917), com o qual estudara em Viena, primeiro Husserl via conceitos fundamentais da matemática ou aritmética numa psicologia descritiva. Isso está evidenciado em sua obra Sobre o Conceito de Número, publicada em 1887.

Desde o começo Husserl tem o objetivo de superar a oposição entre objetivismo e subjetivismo. No final do século XIX, ainda reinava um fascínio pelo ideal do conhecimento das ciências da natureza. Husserl quer satisfazer à objetividade do conhecimento, seja ele ideal ou real, e à subjetividade do cognoscente. No seu ensaio de Filosofia da Aritmética (1891) manifesta seu objetivo, mas sucumbe ao psicologismo.

O psicologismo defendia a tese de que a lógica compreende as normas que valem para todo o pensamento certo da mesma maneira como a engenharia apresenta as regras para construir bem. Por isso, como a engenharia se fundamenta na física, a lógica se fundamentaria na psicologia.

Rejeitando o psicologismo, Husserl afirma que as proposições lógicas contêm verdades necessárias, puramente ideais; as proposições da psicologia generalizam interpretações da experiência. A psicologia pressupõe a existência de seus

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