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Trabalho De Psicologia Aplicada Ao Direito

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Por:   •  19/8/2013  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  606 Visualizações

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Alceste tem 44 anos, é paulista, casada, cinco filhos (dois solteiros, duas casadas e um falecido) e duas netas. Mora com o marido e os dois filhos solteiros. Cursou o ensino fundamental incompleto. Faz crochê, mas, atualmente, não trabalha. É católica.

“Eu não entendo porque meu filho foi embora e a dor é demais. Eu quero ir buscar ele, mas não sei onde. Eu quero ir me encontrar com ele, mas eu fico dividida entre ele e meu filho caçula que ainda precisa de mim.” (Alceste)

Alceste foi indicada pela psicóloga, coordenadora de um curso terapêutico. O convite foi feito pessoalmente, ela concordou em participar da pesquisa e recebeu-me bem, dizendo ser bom conversar. Na entrevista estava pálida, manteve-se cabisbaixa, tom de voz pausado e baixo. Chorou bastante ao falar do filho que faleceu há sete meses e mostrou uma foto dele que sempre leva na carteira.

Narra uma infância muito sofrida, em um sítio no interior de São Paulo. Sua mãe era muito submissa e seu pai sempre teve algum distúrbio mental. Era alcoolista, batia muito na mãe, tentou suicídio várias vezes e ficou internado em hospitais psiquiátricos. Suicidou-se um mês antes do seu filho morrer. Sua mãe também faleceu há 11 anos.

“[...] eu perdi minha mãe e fiquei muito mal [...] e depois o meu pai se matou, o médico disse que ele estava em depressão profunda [...] passado um mês mais ou menos meu filho teve pneumonia... ficou internado na UTI.” (Alceste)

Em sua narrativa, conta a história de uma mãe sempre cuidando desse filho cuja doença os médicos dizem não haver cura desde que o menino tinha cinco anos. Foram 21 anos de vida direcionados ao cuidado desse filho, que faleceu com 26 anos de idade.

“Eu chorava... cada ano que passava eu ficava com aquilo na cabeça: o meu filho não sobreviver.” (Alceste)

O núcleo da narrativa é o cuidado desse filho e o sofrimento em razão de sua perda. Seu projeto de vida o tempo todo foi esse, e após a morte do filho, não tem mais sentido continuar viva e não demonstra ter um objetivo de vida.

Tal situação descrita está diretamente ligada a 7ª fase (generatividade X estagnação) da Teoria Psicossocial do Desenvolvimento descrita por Erik Erikson, caracterizando como patologia principal desta fase a depressão. No caso de Alceste a v ida dela se resumia em cuidar do filho doente e quando este faleceu, ela não encontrou nenhum outro sentido ou objetivo em sua vida, passando assim a isolar-se dos demais familiares.

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