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Trabalho Historia da Psicologia

Por:   •  4/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  6.189 Palavras (25 Páginas)  •  63 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Pedro Luis Ribeiro de Santi é um psicólogo, professor e escritor brasileiro que nos apresenta uma visão histórica sobre o surgimento da psicologia como ciência. O desenvolvimento deste trabalho foi inspirado em sua obra “A Construção do eu na Modernidade”. Seguimos o tempo histórico estabelecido por ele desde a transição ocorrida da Idade Média, ao Renascimento, até chegarmos à modernidade do Século XIX.

Na Idade Média, a psicologia ainda não era considerada uma ciência, mas sim uma disciplina filosófica. Nesse período, acreditava-se que a mente humana era controlada pela alma, que por sua vez era controlada por Deus. Com o advento do Renascimento, a ciência começou a se desenvolver e a psicologia passou a ser estudada de forma mais sistemática.

No século XVII, o filósofo René Descartes propôs a ideia de que a mente e o corpo eram entidades separadas, inaugurando a dualidade mente-corpo que se tornou um tema central na psicologia. Já no século XVIII, o filósofo empirista John Locke propôs que a mente é uma "tábula rasa" em que as experiências são registradas.

No século XIX, a psicologia começou a se tornar uma ciência mais experimental, com o surgimento de experimentos psicológicos que mediam a percepção, a memória e a atenção. Wilhelm Wundt, um psicólogo alemão, fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig, Alemanha, em 1879. Wundt acreditava que a psicologia deveria se concentrar no estudo das experiências subjetivas e da consciência humana.

Em síntese, em sua obra “A Construção do eu na Modernidade” Pedro Luis Ribeiro de Santi apresenta um panorama histórico do desenvolvimento da Psicologia como ciência, destacando os principais avanços e mudanças ocorridas desde a Idade Média até a modernidade. Santi em sua obra, segue um percurso baseado na tese de Luis Claudio Mendonça Figueiredo, em “Psicologia. Uma introdução”. Nesta tese proposta, existem duas pré-condições para o surgimento de um projeto de Psicologia como ciência.  A primeira seria o surgimento de uma noção clara de subjetividade privada, que antes não existia. A segunda seria que essa concepção de sujeito teria entrado em crise, criando assim a demanda por um profissional que fosse capaz de restituir sua estabilidade.

Hoje, a psicologia é uma disciplina diversa e em constante evolução, com muitas abordagens teóricas e áreas de especialização. A história da psicologia é fundamental para entender como a disciplina evoluiu e se tornou a ciência complexa e interdisciplinar que é hoje.

O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

Durante a transição da Idade Média para o Renascimento, houve uma mudança significativa na visão da psicologia e da natureza humana. Platão e Santo Agostinho tiveram grande influência na Idade Média, com suas ideias sobre a alma e a mente. A filosofia platônica argumentava que a mente era uma entidade separada do corpo, e que a alma era a fonte da vida e da consciência. Para Platão razão é uma característica humana que nos traz a ordem como ela é, e esta reside no absolutamente Bom.  Já Santo Agostinho enfatizava a importância da fé e da vontade divina na compreensão da natureza humana.  Santo Agostinho desvalorizava o corpo, e enfatizava a importância da alma e a busca de Deus dentro de nós, em nosso interior.

Houve um retorno ao estudo da filosofia grega e romana, com a chegada do Renascimento. Surgiram assim novas perspectivas sobre a natureza humana. O filósofo francês René Descartes é um exemplo disso, com sua teoria do dualismo mente-corpo, que argumentava que a mente e o corpo eram entidades separadas. Para ele, a mente é a fonte da consciência e da razão, é através da razão que percebemos o mundo, enquanto o corpo era uma máquina material que seguia leis físicas.

A música também teve um papel importante na cultura da época, como o canto gregoriano que era usado nas igrejas e monastérios. Essa forma de música religiosa era baseada em um canto uníssono com modos musicais e melismas, cujo objetivo era criar um ambiente de contemplação e introspecção espiritual. O canto gregoriano continuou a ter um papel importante na cultura renascentista, especialmente na música sacra. A música era vista como uma forma de alcançar a contemplação e a introspecção espiritual, e o canto gregoriano era uma das principais formas de música religiosa da época.

Além disso, a noção de corpo social (“The Body Social”) também foi um tema relevante no período, pois criava a concepção de um mundo hierarquizado, interdependente. Existia nesse texto segundo Santi (2012, p. 19), “[...] uma relação orgânica entre todos os seres”.

A filosofia política de pensadores como Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau argumentava que a sociedade era composta por indivíduos que renunciavam parte de sua liberdade em troca da segurança e do bem-estar proporcionados pelo estado. Essa ideia do contrato social influenciou a maneira como os psicólogos e filósofos pensavam sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade.

Por fim, a transição da Idade Média para o Renascimento trouxe mudanças significativas na visão da psicologia e da natureza humana, com o surgimento de novas teorias e perspectivas. Descartes, Platão e Santo Agostinho são exemplos de filósofos que influenciaram a compreensão da mente e do corpo nesse período, enquanto a música e a noção de corpo social também foram temas relevantes na cultura renascentista.

O Humanismo no Renascimento foi um movimento cultural que surgiu na Europa no século XIV e se desenvolveu durante os séculos XV e XVI. Esse movimento valorizou a cultura clássica da Grécia e de Roma e enfatizou o valor do ser humano como indivíduo, além de colocar o homem como o centro das atenções, dando mais ênfase à razão e à experiência do indivíduo.

O fundamento do humanismo é a crença na capacidade do ser humano para desenvolver seu potencial e alcançar a excelência em todas as áreas da vida.

O Humanismo surgiu em um período em que a sociedade era dominada pelo teocentrismo, ou seja, pela crença de que Deus era o centro do universo e que todas as coisas deveriam ser vistas em relação a ele. No entanto, os humanistas acreditavam que o ser humano deveria ser o centro do universo, e que Deus deveria ser visto em relação ao homem, e não o contrário. Esse movimento levou a uma mudança na maneira como as pessoas pensavam sobre si mesmas e sobre o mundo em que viviam.

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