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Trabalho Sobre livro TOCAR - Cap 6 e 7

Por:   •  30/5/2017  •  Seminário  •  3.602 Palavras (15 Páginas)  •  544 Visualizações

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PELE & SEXO

O sexo é a representação mais clara e completa do toque, nenhuma outra relação envolve tanto o toque e a pele como a sexual.

Anatomicamente, a região púbica do homem e da mulher é diferente para que a posição prona (barriga para baixo) para o homem e supina (barriga para cima) para a mulher, não seja desconfortável, mas prazerosa, tendo em vista que em termos de reprodução, essa posição é a mais indicada.

Os estímulos com maior poder de incitamento sexual partem do toque, como por exemplo, os preliminares, que estimulam diversas zonas erógenas.

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As pontas dos dedos são erógenas, partindo do fato que o bebê explora com os dedos o seio da mãe durante a amamentação. Isso está ligado às experiências que tivemos ou não nessa época da vida, em relação à atenção dada pela mãe na questão tátil do relacionamento; dessa forma, a pessoa pode ser superior à outra no comportamento sexual, e para isso, é necessário que haja contato da mãe com o bebê desde cedo para que, futuramente, o indivíduo possa lidar e responder de forma adequada à todos os estímulos táteis em todas as situações, de forma natural.

A amamentação já é tida como uma espécie de educação sexual, já que oferecer o seio é uma ação de contato íntimo e direto entre a mãe e o filho, apresentando comportamentos tais como: ficar ou não inquieto, frigidez ou irritação e outros momentos dedicados aos cuidados do bebê. As mães que amamentam descrevem frequentemente como sexya experiência da amamentação, e foi observado que isso pode influenciar e desenvolver o lado erótico da pessoa.

No início da vida, ser tocado de leve, aconchegado, é importante para que concretize o vínculo entre mãe e filho.

A mãe quando aconchega o filho, independente do sexo, puxa para perto, envolve em um abraço apertado, e é isso o que eles também desejam e irão fazer com os outros. O filho que não recebe esse tipo de afeto, mais tardar sofrerá uma carência muito grande e terá muita necessidade desse tipo de atenção e gestos de afeto.

Muitas pessoas recorrem ao sexo como uma forma de suprir essa carência afetiva. Usam essa oportunidade para sentirem um abraço, a necessidade de afeto é maior do que a de satisfação sexual. Conforme expressou uma mulher, ao descrever seu desejo de ser abraçada, “é como uma espécie de dor. Não é a mesma coisa que desejar a presença de alguém que não está lá, numa forma de anseio emocional, é uma sensação física”.

Pesquisas observaram que muitas mulheres estavam cientes de que o sexo era um preço a se pagar para terem momentos de aconchego e contato. Elas disseram também preferir o momento pré-coito, e o coito em si era algo a ser tolerado.

O desejo de ser abraçado e segurado é aceitável na fase adulta e considerado normal, mas se o desejo for de se sentir aconchegado e abraçado de modo maternal, é considerado infantil, e por essa questão as mulheres utilizam do sexo para encobrir esse desejo.

Muitas mulheres têm certo repúdio e não conseguem nem se relacionar com seus maridos ou parceiros, e, questionadas se então não gostariam de ser abraçadas por outras mulheres, responderam que usam muitas situações para serem abraçadas por elas, mas ao mesmo tempo têm receio de serem julgadas lésbicas.

O que foi observado é que esse comportamento deu-se pincipalmente, pela falta de afeto logo nos primeiros anos de vida, o que resulta que, enquanto meninas, voltavam-se para os pais, a fim de receber o afeto e amor que não tiveram das mães, mas não voltavam-se para eles como pais, mas como substitutos da mãe. E quando adultas, passaram a usar o sexo para obtenção de carinho e gratificações de cunho materno.

Há estudos para verificar o desejo de ser abraçado durante a gravidez, que ressaltaram em mulheres com muita necessidade de se sentirem seguras e outras que bloqueavam esse desejo por não se sentirem atraentes.

Um comparativo entre os sexos para esse desejo foi realizado e observou-se que alguns homens também possuem o desejo de serem abraçados, ainda sem intenção sexual, mas a maioria disse que acha mais masculino abraçar, e não ser abraçado. Concluindo,

 Os homens também possuem esse desejo de afeto, mas é mínimo em relação ao número de mulheres com esse caso.

GRAVIDEZ NOS PRIMÓRDIOS DA ADOLESCÊNCIA

No Brasil, cerca de 1,1 milhão de garotas adolescentes engravidam por ano. Essas meninas não estão preparadas para o papel da maternidade, são muitas as condições que explicam o porquê dessa “epidemia” de gravidez nessa idade, e uma delas é a falta de tatilidade.

Foi levantada a questão se os adolescentes nessa época fazem sexo, mas representando mais uma necessidade de abraço e aconchego e não uma representação do prazer sexual em si, ainda mais que essa é uma época onde os adolescentes têm a necessidade mais constante de tocar.

Segundo as palavras da Dra. McAnarney, “quando os impulsos sexuais tornam a vir à tona na adolescência... o adolescente começa a reconhecer que o genitor do sexo oposto não pode ser seu objeto de amor. Além disso, o tabu do incesto proíbe que o adolescente e esse genitor tornem-se emocional ou fisicamente íntimos demais. A combinação de distanciamento emocional que ocorre quando o jovem se rende à perda do genitor do sexo oposto, com o tabu do incesto, pode ser a principal razão teórica pela qual os adolescentes e seus pais não se dedicam mais a tocar-se”.

Ou seja, como a adolescente não se sente mais à vontade para tocar e demonstrar afeto com seus pais vai à busca de outro tipo de relação para sanar essa necessidade, o que acaba, algumas vezes, se tornando uma gravidez precoce, por falta de maturidade e talvez de informação.

TATO E COMUNICAÇÃO

Uma criança, quando é tocada delicadamente, acariciada, carregada no colo, confortada, aconchegada, tende a fazer isso no futuro com outras pessoas. Nesse sentido, o amor é sexual no sentido mais saudável desse termo, pois implica envolvimento, interesse, responsabilidade, ternura e percepção atenta das necessidades, sensibilidades e vulnerabilidades do outro. Desde os primeiros meses de vida do bebê isso é transmitido e enquanto se desenvolve, e as maiores percepções são sentidas através da pele. O que ele precisa sentir é tranquilidade, conforto e agrado, para que futuramente possa passar aos outros as experiências que sentiu.

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