Transtorno Bipolar

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho destina-se a explorar as causas psicológicas e fisiológicas do Transtorno Bipolar e a apresentar suas consequências nas mais distintas esferas da vida do indivíduo (social, acadêmica, profissional, afetiva, financeira e familiar), a fim de demonstrar os efeitos da doença no desenvolvimento e ressaltar a importância de um diagnóstico antecipado que vise tratar a doença.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

Quais aspectos psicológicos são observados em quadro de Transtorno Bipolar e qual a importância de um diagnostico breve?

1.2 JUSTIFICATIVA

A problemática escolhida referente ao Transtorno Bipolar de Humor, é de fundamental importância porque atinge um grande número de homens, mulheres e crianças.

Segundo TUNG, a breve identificação do transtorno é primordial para que se realize um tratamento adequado e efetivo, tanto prevenindo complicações, sendo diversas outras patologias, podendo chegar a extremos como depressão.

Sendo um Transtorno que atinge grandes massas, é altamente recomendado que se faça um continuo tratamento psicológico.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Primários

Descrever os aspectos psicológicos observados em um quadro de Transtorno Bipolar, sendo eles depressão e mania.

1.3.2 Secundários

- Compreender as causas, os tratamentos e diagnóstico.

- Importância da família no tratamento.

2. REVISÃO TEÓRICA

2.1 DEFINIÇÃO DO TRANSTORNO BIPOLAR

Aspectos genéticos e familiares estão sendo estudados como possíveis causas para o transtorno bipolar. Alterações cerebrais e no funcionamento do corpo já foram identificadas, e já existem tratamentos em uso, com êxito. Dessa forma o desenvolvimento do paciente bipolar esta sendo possível. A principal característica dessa doença é a instabilidade, muitas vezes das funções mentais e da constituição física, visível na alteração de humor, que se transformam de um estado de intensa tristeza a um estado de abundante felicidade (TUNG, 2007).

“[...] se caracteriza por fases de depressão e fases de mania. [...]” (BONZATO, 2010, p. 2.).

Segundo Bonzato (2010), características que ocorrem no período de depressão são: tristeza, desanimo, incapacidade de sentir prazer nas atividades que anteriormente eram apreciadas e as vezes surgem as ideias de morte.

Já as características de mania são citadas por Del Porto, (2001): exaltação de humor, euforia, hiperatividade, loquacidade exagerada, diminuição da necessidade de sono, exacerbação da sexualidade e comprometimento da critica.

Pode também haver alterações na parte do cérebro responsáveis pelo armazenamento das informações, comprometendo a memória, e na área do controle de atenção. São comuns oscilações na velocidade do entendimento, podendo ser mais veloz ou mais lento. Os recursos de pensamento também possuem essa variação de demasiado pessimismo até um otimismo incontrolável. A alteração de humores pode acontecer em um período curto ou até durante anos. Sendo assim existem pacientes bipolares que passam anos em um mesmo estado geralmente o depressivo. Dessa forma o diagnostico é difícil de ser feito (TUNG, 2007).

O corpo humano tem sistemas de controle que equilibram as nossas funções de forma que não fiquem excessivamente fora da normalidade, o paciente bipolar não tem esses controles funcionando da maneira correta. É corriqueiro que diferentes bipolares tenham descontroles em distintas áreas do funcionamento, isso explica porque pacientes bipolar se diferem tanto uns dos outros (TUNG, 2007).

2.2 DEPRESSÃO E MANIA NO TRANSTORNO BIPOLAR

De acordo com Bleichmar (1983), depressão pode ser definida como um quadro clínico em que a pessoa diagnosticada com o mesmo, sofre de angustias, humor arredio, dificuldades para se relacionar e pode acarretar outros inúmeros transtornos, que são suas consequências, também passando por problemas de afetividade.

Desejos pulsam a todo o momento em um depressivo, sejam esses de ódio ou amor e todos os seus sentimentos de alguma maneira travam a depressão, o desencadeamento da depressão vem diretamente da psique, estes estão relacionados com as origens e culturas inatas ou adquiridas do individuo (FÉDIDA, 1975).

Ainda segundo Bleichmar (1983) pode-se atribuir um grande fator responsável pela depressão, este seria a tristeza. De acordo com o mesmo ainda que o indivíduo em si demonstre estar bem, ele pode se deparar com momentos em que seu eu esteja em conflito com suas ideias, fazendo com que a pessoa com depressão sinta a tristeza interior.

Furlanetto (2000) descreve baseado em seus estudos recentes, quatro pilares da depressão, que pode ir desde seu humor deprimido ou irritado, como em sua relação aos aspectos cognitivos que são muito presentes através da culpa, idéias suicidas e a somática de determinados momentos.

Para Bucher (1979) contrapondo a ideia de que os fatores que levam o individuo a se sentir depressivo, além da pré-disposição genética, esta ligado ao envelhecimento, onde o idoso sente-se inútil, diminuído sua alto estima é por consequência causando danos psicológicos e neurológicos.

Existem dificuldades presentes na depressão e transtornos recorrentes com que se dão através da passagem de uma fase para outra. Essas contrariedades são necessárias para que o indivíduo em depressão ative seus comandos, não favorecendo a ansiedade e outras patologias. Todas essas mudanças provocam o fortalecimento pessoal do individuo através de impulsos, tornando estes estímulos positivos, levando o depressivo social ao meio que está inserido (KLEIN, 1981).

O transtorno bipolar que já foi denominado psicose maníaco-depressiva, hoje, utiliza esse novo nome por que esse transtorno pouco tem de psicose e em alguns casos não chega a ser diagnostica a mesma ou suas características onde a realidade é vivenciada de forma mais melancólica e as atitudes do paciente são comprometidas (GOODWIN; JAMISON 2009).

Segundo Kaplan

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