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Transtornos Depressivos e Antidepressivos

Por:   •  8/1/2017  •  Resenha  •  841 Palavras (4 Páginas)  •  472 Visualizações

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   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS MINISTRO REIS VELOSO

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA PSIQUIATRIA

Transtornos Depressivos e Antidepressivos  

Parnaíba – Pi

Dezembro/2016

Um transtorno depressivo é uma doença que envolve o corpo, o humor e os pensamentos. Ele afeta a maneira da pessoa se alimentar e dormir, como ela se sente em relação a si própria e como se pensa sobre as coisas. Um transtorno depressivo não é o mesmo que uma tristeza passageira. As pessoas com uma doença depressiva não podem simplesmente “se acalmar” e melhorar. Sem tratamento os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. Um tratamento apropriado, porém, pode ajudar muitas pessoas que sofrem de depressão.

Os transtornos depressivos ocorrem em qualquer idade, mas normalmente se desenvolvem em meados da primeira, segunda ou terceira década de vida. Em contextos de atenção primária, até 30% dos pacientes relatam sintomas depressivos, porém menos de 10% têm depressão maior.

O termo depressão é usado muitas vezes para descrever o humor para baixo ou desencorajado que resulta de perdas ou desapontamentos. Entretanto, um termo melhor para esse tipo de humor é desmoralização. Os sentimentos negativos de desmoralização, diferente daqueles da depressão, se resolvem quando as circunstâncias ou os eventos melhoram; o humor para baixo geralmente dura dias, ao contrário de semanas ou meses; pensamentos de suicídio e perda funcional prolongada são muito menos prováveis.

A causa exata é desconhecida, mas fatores genéticos e ambientais contribuem. A hereditariedade explica cerca de metade da etiologia (menos, portanto, na depressão de início tardio). Dessa forma, a depressão é mais comum entre parentes de primeiro grau de pacientes deprimidos, e a concordância entre gêmeos idênticos é alta. Além disso, os fatores genéticos provavelmente influenciam o desenvolvimento de respostas depressivas a eventos adversos.

Outras teorias focam em mudanças nos níveis de neurotransmissores, incluindo modulação anormal de neurotransmissões colinérgica, catecolaminérgica (noradrenérgica e dopaminérgica) e serotoninérgica (5-hidroxitriptamina). A desregulação neuroendócrina pode ser um fator, com ênfase particular em três eixos: hipotálamo-hipófise-adrenal, hipotálamo-hipófise-tireoide e hormônio do crescimento.

Fatores psicossociais também parecem estar envolvidos. Estressores vitais maiores, em especial separações e perdas, comumente precedem episódios de depressão maior; entretanto, tais eventos não causam, em geral, depressão grave e duradoura, exceto em pessoas predispostas a um transtorno do humor.

Pessoas que tiveram um episódio de depressão maior têm risco maior de episódios subsequentes. Pessoas introvertidas e com tendências ansiosas podem ter mais chance de desenvolver transtorno depressivo. Muitas vezes, tais pessoas não desenvolveram as habilidades sociais para se ajustar às pressões da vida. A depressão também pode se desenvolver em pessoas com outros transtornos mentais.

A depressão provoca disfunções cognitivas, psicomotoras e de outros tipos (p. ex., dificuldade de concentração, fadiga, perda do interesse sexual, perda do prazer), bem como humor depressivo. Outros sintomas ou transtornos mentais (p. ex., ansiedade e ataques de pânico) comumente coexistem, algumas vezes complicando diagnóstico e tratamento.

A depressão pode reduzir as respostas imunológicas protetoras. A depressão eleva o risco de doenças cardiovasculares, IAM e AVC, talvez porque na depressão citocinas e fatores que aumentam a coagulação sanguínea estão elevados e a variabilidade da frequência cardíaca está reduzida – todos os fatores de risco para doenças cardiovasculares.

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