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Ética e sexualidade

Por:   •  22/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.607 Palavras (7 Páginas)  •  275 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A sexualidade deve ser entendida na totalidade dos seus sentidos, o primeiro a falar sobre sexualidade infantil foi Sigmund Freud.

De acordo com Freud a sexualidade nos acompanha desde o nascimento até a morte, nota-se atualmente uma escassez de estudos voltados para o papel dos pais na educação sexual das crianças desde a primeira infância, para que estes possam chegar à adolescência segura e consciente de sua maturação sexual e tendo consciência de sua sexualidade. A fim de entender sobre sexualidade infantil torna-se importante primeiramente compreender a diferença existente entre “sexo” e “sexualidade”. Enquanto o Sexo é entendido a partir do biológico, voltando a ideia de gênero, feminino e masculino, a sexualidade vai além das partes do corpo, a sexualidade humana abrange tanto as relações sexuais, como o erotismo, a intimidade e o prazer. A sexualidade é experimentada e expressada através de pensamentos, de ações, de desejos e de fantasias.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. FASES DA SEXUALIDADE INFANTIL

Explicando as fases psicossexuais proposta por Freud, a fase oral, fase anal, fase fálica e fase genital. Entre a fase fálica e a genital, Freud postula um período, denominado por ele de latência. Fase oral ocorre por volta do nascimento até o segundo ano de vida, a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal. Objetivo sexual consiste na incorporação do objeto, é durante o ato de “mamar”, quando a criança busca a preservação do equilíbrio vital, que surgem as primeiras experiências de prazer. Pois, ao sugar o seio da mãe sua boca entra em contato com a pele dela e seus lábios se comportam como transmissores de sensações prazerosas. A fase anal ocorre por volta do segundo ano de vida, é a etapa de maturação do controle muscular da criança, aqui ela começa a desenvolver sua organização psicomotora. Ou seja, falar, andar e o controle esfincteriano. A zona de erotização é o ânus, neste período, as crianças, para tirar proveito da estimulação erógena da zona anal, retém as fezes, até que este acúmulo proporcione violentas cólicas e ao passar pelo ânus, ocorrera uma estimulação intensa na mucosa, dando-lhes sensações de alívio e prazer.A fase fálica ocorre por volta dos três anos também, é quando se dá a descoberta e preocupação na diferença entre meninos e meninas, a zona de erotização são os genitais. Esta fase promoverá as organizações psicológicas de masculino e feminino e organizam-se, também, os modelos relacionais entre homens e mulheres. É a fase que ocorre o Complexo de Édipo.

Após a resolução destes complexos, temos o período de latência, que é o período de sublimação, ou seja, da canalização da libido para o desenvolvimento social. Sendo seguida pela fase genital, na qual a zona sexual principal do homem é o pênis, e na mulher duas zonas sexuais principais, a vagina e o clitóris. A mulher atinge sua maturidade quando direciona sua genitalidade exclusivamente para a vagina. Neste período, o indivíduo atinge o pleno desenvolvimento de adulto normal, pois já ocorreram as adaptações biológicas e psicológicas, já houve discriminação do papel sexual e o desenvolvimento intelectual e social.

2.2. ETICA E MORAL NA DESCOBERTA DA SEXUALIDADE

Nem sempre os pais oferecem aos filhos informações sobre a sexualidade, seja porque não possuem os conhecimentos para fazer isso, seja porque se sentem constrangidos para tratar do assunto. Existem pais rígidos e moralistas que procuram passar aos filhos normas de conduta severas no domínio da vida sexual, impedindo que eles se desenvolvam sem complexos e sem culpabilidade. Todavia outros são liberais, abertos e compreensivos, procurando manter com os filhos um dialogo sobre a sexualidade.

São os pais que cabem o direito e o dever da educação sexual dos seus filhos. Esse direito/dever existe independentemente da missão da escola e, aliás, a precede. Nem a escola, nem a sociedade civil, nem o Estado, nem outras instituições educacionais podem suplantar a tarefa dos pais na educação sexual de seus filhos. As diversas instituições têm por finalidade não substituir os pais, mas ajudá-los em sua missão.

Reconhecido seu direito, cabe aos pais tomar plena consciência de sua missão nesse campo da educação sexual, o que pressupõe: preparar-se adequadamente para isso, esforça-se por vencer as resistências e indolências, buscar permanentemente seu próprio equilíbrio psicossexual.

São muitos os aspectos em que a família tem de contribuir para a formação sexual que corresponde a ela. Assinalo alguns pontos mais importantes:

- Não cabe à família tanto a transmissão de conhecimentos sobre a sexualidade quanto o testemunho e a iniciação vital. Isso se consegue mediante a criação de um clima de amor e de comunicação mútua.

- A família é, no terreno da sexualidade, o primeiro lugar em que se transmitem os valores primordiais sobre a vida sexual.

- É na família que se considera mais especialmente a peculiaridade de cada indivíduo no que tem de original e próprio.

- A vida e o comportamento do país têm uma influência decisiva na educação sexual dos filhos (Os pais desempenham um papel decisivo na “identificação sexual” de seus filhos).

A vida conjugal e familiar é o clima adequado para que o adolescente se abra ao mundo do “outro” e consiga assim a “socialização” desejada.

- Corresponde também aos pais responder as primeiras “curiosidades” dos filhos sobre sexo: “de onde Vêm os bebês”, “qual o papel do pai” etc. Esse trabalho se transforma mais adiante em diálogo amistoso em que se abordam as realidades da puberdade, as primeiras experiências de relação, etc.

2.3. A Escola

A missão da escola deve ser entendida em termos de colaboração com o trabalho dos pais. No plano da educação sexual, trate-se de

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