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A ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NOS HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS DE FORTALEZA

Por:   •  13/4/2020  •  Artigo  •  3.526 Palavras (15 Páginas)  •  234 Visualizações

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 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE[pic 1]

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA

COORDENAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

                                           

A ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NOS HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS DE FORTALEZA.

Ana Caroline Sales Sampaio Coutinho (anascout12@gmail.com)

 Drielly Maria Cardoso de Almeida (drielly.cardosoo@gmail.com)

Samara Teles Carneiro (samaratelesc@gmail.com)

 Vytória Walda Ferreira da Silva Sousa (vyt.walda@gmail.com)

 Yara Lopes Rodrigues (yaralopss@outlook.com)

                                     Professora: Sylene Ruiz de Almada Melo (sylene.ruiz@uece.br)

Resumo.

O artigo tem como objetivo principal analisar o processo da atuação dos assistentes sociais e as disparidades entre hospitais, públicos e particulares, de Fortaleza. O desenvolvimento desse estudo formou-se pela concepção de pesquisas bibliográficas e documentais sobre a história do curso de Serviço Social e com aplicação de um questionário aos assistentes sociais para entender o sistema de atendimento. Com isso, o trabalho também tem como objetivo de observar a aplicação do Código de Ética na prática do Serviço Social.

Palavras-chave: Atendimento; Assistente Social; Sistema Único de Saúde; Hospital; Serviço Social.  

  1. Introdução

Neste estudo analisaremos quais os indicadores de atendimento dos assistentes sociais, os pontos que se destacam, as habilidades executadas por esses profissionais, assim como as principais disparidades que há entre a rede pública e a privada no Estado do Ceará.

Mostrando a força que o assistente social ganhou ao longo do tempo dentro desse âmbito e as novas oportunidades de trabalho, devido ao crescimento da política pública de saúde. O Serviço Social surge para intervir na questão social e para garantir ao cidadão seus direitos básicos, como: moradia, saúde e educação.

 Segundo Yazbek, o Serviço Social como profissão desenvolve uma atuação caracterizada de duas formas principais. A primeira delas é pelo atendimento das demandas e necessidades sociais de seus usuários, viabilizando seu acesso às políticas públicas. E a segunda por uma ação instrutiva no que se refere aos desfavorecidos, de modo a interferir na sua conduta e princípios, na sua maneira de viver e pensar.

Esses direitos foram conquistados através de muita luta. Destacando-se que essa reação da sociedade brasileira na busca de seu espaço legítimo na área da saúde se deu por meio do processo participativo e estratégias mobilizadas por ocasião da Reforma Sanitária e construção do SUS (BRASIL, 2006).

  1. O ofício do assistente social: Contexto histórico e suas características.

A primeira escola de Serviço Social do mundo foi criada em Amsterdã, no ano de 1899. Já no Brasil, as primeiras escolas foram fundadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente nos anos de 1936 e 1937, com forte influência europeia e franco-belga. O Serviço Social no Brasil surge na década de 1930 para atuar na Questão Social que se manifesta na contradição do capital e trabalho, onde surgem expressões como: a pobreza, desemprego, entre outras.

O Estado cria então políticas públicas para regular essas expressões. Suas funções se inserem primeiramente com a ideia de Assistencialismo por meio da LBA (Legião Brasileira de Assistencialismo) assim como o Sistema S (SESI, SENAI, SESC, SENAC), com o seu desenvolvimento e a ruptura com o tradicionalismo da Igreja Católica e as mudanças ocasionadas pela ditadura, ele se torna intervencionista. Contudo, ocorreu a ampliação da atuação do assistente social no mercado de trabalho, principalmente no âmbito hospitalar, no qual emprega a maioria dos assistentes sociais.

As características principais de um profissional do Serviço Social são: ter uma postura crítica e reflexiva para compreender o problema no qual venha a enfrentar, sensibilidade no contato com as pessoas, habilidade na comunicação seja ela escrita ou oral e capacidade para organização.

 “Beier (2011, p. 204) define o Serviço Social como uma profissão de intervenção na realidade, cenário histórico onde se expressa a questão social e se busca programar as políticas públicas de atenção e defesa dos direitos dos cidadãos. A Saúde é uma importante área de atuação do assistente social”.

Segundo o autor acima, o Assistente Social tem uma importância fundamental na vida da população, pois o profissional intervém diretamente no desenvolvimento das políticas públicas e da questão social. No trecho podemos ressaltar também, que o assistente social pode atuar em diversas áreas, entre elas a saúde. No Brasil, a esfera da saúde é dividida entre o sistema particular e o sistema público. Devido às reivindicações da classe trabalhadora, o SUS (Sistema Único de Saúde) foi instaurado e isso resultou como uma grande conquista para os cidadãos, pois assim puderam ter acesso a um sistema de saúde, no caso o público.

O contexto histórico com o qual o Sistema Único de Saúde (SUS) está relacionado é o do Movimento da Reforma Sanitária que ocorreu entre as décadas de 1970 e 1980, onde se buscava a universalização da saúde em frente à tantas desigualdades decorrentes do período da ditadura. De acordo com Santos (2010) e Sarreta (2005), mesmo com os esforços para mudar os paradigmas da política de saúde ainda há um modelo predominante tradicional não apenas no aspecto econômico, mas também, nos âmbitos culturais, sociais, políticos e educativos.

A estruturação do SUS junto a Reforma Sanitária está interligado a promulgação da Constituição Federal de 1988, na qual estabeleceu a saúde como um direito a todos. O dever do Assistente Social é garantir esse acesso de maneira eficiente.

    Há várias circunstâncias que dificultam esse ingresso, como por exemplo, em algumas necessidades de urgência o indivíduo busca um atendimento particular devido à precariedade do SUS, dentre as quais podemos citar: o longo tempo de espera, a má administração financeira e a falta de profissionais qualificados, porém, esse atendimento na rede privada tem uma questão bloqueadora, que é o custo de uma consulta. De acordo com o discurso de Vianna (1998) e Bravo (2006), a rede privada é voltada para a mercantilização da saúde com uma forte influência neoliberal. Os avanços no SUS são fundamentais, pois essa concepção de que a qualidade dos serviços é insatisfatória e que é improvável ter um atendimento adequado só reforça a ideia de privatização desses setores.

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