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A Concepção de identidade de Carlos Rodrigues Brandão

Por:   •  8/5/2018  •  Resenha  •  1.004 Palavras (5 Páginas)  •  2.767 Visualizações

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Resumo 4 - Psicologia e Subjetividade

Capítulo 14 – Identidade

  1. A concepção de identidade de Carlos Rodrigues Brandão

A identidade explica o sentimento pessoal e a consciência do sentimento de posse de eu, de uma realidade individual que torna cada um de nós um sujeito único diante dos outros eus; e, é ao mesmo tempo, o reconhecimento individual dessa exclusividade: a consciência de minha continuidade em mim mesmo. É em relação ao outro, diferente de nós, que nos constituímos e nos reconhecemos como sujeito único.

  1. As propriedades do conceito de identidade proposto por André Green

O conceito de identidade agrupa várias ideias, como a noção de permanência, da manutenção de pontos de referência que não mudam (ex.: nome de pessoa, nacionalidade), aspectos que geralmente são carregados pelo resto da vida. Assim, o termo identidade, aplica-se a delimitação que permite a distinção de uma unidade e a relação com os outros, propiciando o reconhecimento de si. Entretanto, essas características – unidade, reconhecimento de si, etc. – descrevem um determinado período de uma pessoa, e podem não acompanhar suas transformações.                                                                                                                                                                  

  1. A importância do “outro” na formação da identidade

Várias correntes da psicologia/ psicanálise afirmam que é necessário existir o outro para que possamos reconhecer a nós mesmos, pois, é através de características de outras pessoas, que somos capazes de reconhecermos as nossas, pois, se não existisse algo para se comparar, tudo seria dado como igual.

  1. A concepção psicossocial da identidade

O primeiro eu importante, é a mãe. O filho, com o passar do tempo, vai deixando de acreditar que é uma extensão dela e passa a se enxergar como um alguém importante, através desse olhar materno que transmite orgulho e amor. Depois, a criança vai escolhendo outras pessoas para admirar e assim escolher modelos de quem gostaria de ser no presente e no futuro. E assim, vai criando uma identificação de características que formam sua identidade, tendo referência em outras pessoas. Essa identidade muda ao longo do tempo, sempre permanece em transformação.

  1. A diferença entre mudança (metamorfose) e crise no processo de formação da identidade

Metamorfose: está em constante mudança; entretanto, a cada momento, ela aparece como uma fotografia estática, tirando sua dinâmica real de permanente transformação. Podem ser transformações inexoráveis, como a passagem da infância para adolescência ou culturais, como viagens, cursar uma faculdade, etc.

A atividade constrói a identidade. Eu sou o que faço naquele momento, não sendo possível fazer tudo de uma vez. Na escola sou conhecido por ser bom aluno, no trabalho por ser bom arquivista, entre amigos por ser bom conselheiro. Porém, ser bom arquivista não interfere no fato de eu ser bom conselheiro, e, se eu deixar de arquivar, não serei mais arquivista. Todavia, a pratica dessas atividades em um determinado momento, cria a ilusão de que eu só faço aquilo e passo a ser reconhecido por ela, mesmo estando fazendo outra coisa. Denomina-se de identidade-mito, o fato da identidade se congelar, independente da ação.

A identidade é um processo de transformação e ela geralmente entra em crise quando ocorre um processo de mudanças muito grandes, intensas e confusas. Um bom exemplo de crise de identidade é a adolescência, um período de extremas mudanças, deixar de ser criança para se tornar adulto, o desejo e a rejeição desse corpo e mente estranha que estão chegando inevitavelmente, as experiências ainda não conhecidas, que geram medo e desejo, as opiniões, as amizades, tudo entra em conflito. Essa crise é inexorável, mas existem outras, causadas pelo próprio indivíduo, por circunstancias sociais e/ou biográficas.

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