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A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

Por:   •  30/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.538 Palavras (7 Páginas)  •  115 Visualizações

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A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

Keity Daiane Camargo de Moraes[1]

Ma. Marisa Antônia de Souza[2]

RESUMO


O presente artigo propõe uma reflexão sobre as famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade, conhecendo um pouco sua composição e sua relação com o mercado de trabalho. A proposta é conhecer o conceito de família e sua ampla maneira de concepção, passando a dar enfoque nas famílias de baixa renda e em como elas se organizam dentro de sua esfera familiar, os lugares que cada indivíduo ocupa dentro dela e no mercado de trabalho, buscando conhecer sua divisão dentro da família e como se dividem financeiramente para sua sobrevivência.

Palavras chave: Família, renda, sobrevivência.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta a definição de família, descrevendo composição familiar e alguns aspectos de membros familiares, dentre uma variedade de composições familiares e origens de seus laços. Explica brevemente situações de composições familiares, inicialmente sem distinguir classe em suas descrições.

Ao longo do trabalho é dado enfoque às famílias de baixa renda, sua maneira de prover a satisfação de suas necessidades básicas de sobrevivência, sua inserção no mercado de trabalho e divisão dos membros familiares nessa esfera, de como fazem a divisão e a distribuição de sua renda familiar exemplificando suas necessidades básicas de sobrevivência e como às suprem.      

Ao final recordaremos programas sociais da assistência social ao qual essas famílias são inseridas e discorreremos a importância dos mesmos para a sobrevivência delas.


DESENVOLVIMENTO

Família é o conjunto de pessoas unidas por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade, que podem ser diferenciados segundo grau de parentesco que apresentam seus membros e de acordo com a forma que cada indivíduo do grupo se reconheça. A definição de composição familiar pode ir além do convívio residencial, assim com as posições ocupadas por cada membro podem fugir do conceito de família clássica que é composta por pai, mãe e filhos. Existem diversas possibilidades de posições  e composições familiares, dentre elas destacamos a família composta por dois homens cônjuges ou duas mulheres cônjuges e filhos, que é definida por família homoparental; a família composta por um pai ou uma mãe e filhos, onde existe apenas um ascendente, que é definida por família monoparental; família também pode ser composta por avós, tios, amigos ou outros parentes que na falta dos pais, seja por morte ou abandono, se responsabiliza pela criança e esse laço pode durar até depois de sua fase adulta, transferindo esse laço familiar para seus filhos e netos.

Embora a rede de parentesco possa ser caracterizada pela indiferenciação entre parentes de sangue e de criação o tratamento dado aos filhos de criaçao- crianças dadas
para criar- tende também a ser indiferenciado. (SARTI, 1994, p. 108).

As famílias de baixa renda, que participam de programas sociais da assistência social são diversificadas assim como as famílias descritas anteriormente, em sua maioria são famílias que vivem à margem da sociedade, excluída do mercado de trabalho, ao menos de empregos que beneficiam o trabalhador com carteira assinada e direitos trabalhistas, sendo esses trabalhos informais. “A economia urbana não absorve todos em trabalhos formais, não dá emprego, mas propicia trabalho e o "trabalho informal" é também parte da divisão social do trabalho.” (SARTI, 1994, p.42).


No grupo familiar inicialmente quem tinha o dever moral de prover a casa e a família era o homem, símbolo de pai e chefe de família, enquanto a mulher tinha o dever moral de cuidar dos afazeres domésticos, do marido e de seus filhos, limitando-se apenas ao trabalho dentro de casa.

“A expectativa depositada no homem de ser o provedor familiar, como foi mencionado, o coloca continuamente diante da possibilidade do ''fracasso''.  (SARTI, 1994, p. 111).

O que mudou ao longo do tempo quando a mulher passou a ser inserida no mercado de trabalho, informal ou não, somando sua renda à renda de seu marido. As mulheres de baixa renda em sua maioria trabalhavam em casas de família como domésticas, e ao retornar para casa continuavam seu trabalho como mães cuidadoras de sua família.

           Atualmente, a família inteira pode ser inserida no mercado de trabalho, sendo este informal ou não. Partindo da família tradicional, pai, mãe e filhos trabalham para manter juntos sua família, enquanto em sua maioria possuem um salário mínimo mensal, que somando suas despesas básicas suprem apenas suas necessidades mais básicas de sobrevivência como alimentação, energia, água e aluguel.

           Em uma família onde nem todos os integrantes conseguem um  emprego terão que dispor de outros meios para suprir suas necessidades básicas, onde entram os programas de renda da assistência social como por exemplo o Programa Bolsa Família e Programa Renda Cidadã. Para a família pobre, estes programas sociais são uma espécie de escape, e não de complemento de renda, visto que sua renda na maioria das vezes parte apenas desses programas, porém não por falta de vontade de trabalhar, mas por falta de oportunidade de emprego às pessoas que não tem escolaridade completa, pois deixaram a escola muito cedo para poder trabalhar informalmente e ajudar nas despesas básicas familiares, o mercado de trabalho procura pessoas especializadas ou que ao menos tenha escolaridade completa, além de experiencia na área.


            Enquanto às mulheres que antes eram empregadas domesticas em casas de família, hoje já não possuem renda fixa pois passaram a ser diaristas sem data prevista para trabalhar ou valor fixo a ser recebido mensalmente. “Em contrapartida, a mulher, em seu desempenho como boa dona-de-casa, faz com que apesar de pouco, o dinheiro dê. Isto implica em controlar o pouco dinheiro recebido pelos que trabalham na família, priorizando os gastos”. (SARTI, 1994, p. 74).

 Ao falarmos do papel da mulher na composição familiar, como já vimos anteriormente, hoje as mesmas possuem em sua maioria papel de mantedora da família, papel esse que antes era exclusivamente do homem. Mudanças essas aconteceram visto que famílias monoparentais em sua maioria das vezes é composta apenas pela mãe e filhos, onde a mesma é única fonte de renda da família, por inúmeros motivos, mas o mais presente é quando os pais abandonam seu lar, a esposa e/ou  suas responsabilidades como genitor.

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