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A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  6/9/2017  •  Artigo  •  3.485 Palavras (14 Páginas)  •  1.556 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

  

  

RESUMO: Este artigo parte do reconhecimento da importante contribuição que tem o estágio supervisionado na formação de um perfil profissional que assuma uma postura crítica-teórico-prática diante às demandas da profissão de Serviço Social. Porém, frente às dificuldades enfrentadas na realidade dos campos de estágio, será apresentado neste artigo uma reflexão do olhar do estagiário diante a prática profissional e relação estagiário e supervisor de campo, o que vai propor uma aproximação da prática à teoria, e vice e versa, que possibilitará ambos assumirem um perfil crítico e propositivo no contexto a qual está inserido.  

Palavras-chave: Serviço Social. Formação Profissional. Supervisor de campo.

  

ABSTRACT: 

.  
Keywords.  

 

 

INTRODUÇÃO      

 

O tema aqui proposto partiu de inquietações aguçadas pela disciplina de Estudo da Prática I, II e III junto a supervisora acadêmica Jociane Souza. Por isso, pretendo assim, no decorrer deste texto, apontar para a importância do estágio supervisionado na formação profissional. Esse processo que faz parte da graduação, está intrinsecamente inserido na trajetória da profissão e as conquistas alcançadas pela categoria profissional no que refletem nitidamente na regulamentação e avanços do estágio em Serviço Social, compreendendo que esse momento, que insere o aluno no campo sócio ocupacional, oferece ao estagiário a oportunidade de compreender o cotidiano da atuação do Assistente Social.   

Dessa forma, proponho um diálogo com as propostas contidas nas diretrizes curriculares para o Estágio Supervisionado em Serviço Social frente a alguns autores que expõe, nem que seja minimamente sobre a ideia superficial que por vezes temos, enquanto alunas(os) da concepção do estágio como um momento de conhecer as práticas profissionais. É pretendido também abordar sobre a importância do bom relacionamento entre supervisor e supervisionado, mostrando como isso contribui neste processo de ensino-aprendizagem e esse ponto será abordado através da realidade vivida por mim onde as minhas experiências obtidas serão contadas.  

Feito isso, será realizada uma análise crítica a partir da vivência mencionada por mim a luz de autores dos quais influenciaram a direção deste artigo, contemplando a importância de um estágio teórico-prático para a formação de uma identidade profissional do aluno e que minimamente exija e proponha uma postura crítico-reflexiva do estagiário junto ao supervisor de campo. 

  1. A CONTRIBUIÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E SUA IMPORTÂNCIA: o estágio como campo de treinamento da prática

O estágio é um campo de “treinamento” para prática no Serviço Social, um espaço de aprendizagem que interage com o fazer profissional. Este espaço, conforme a análise de Buriolla (2009), é a porta de entrada para o profissional que será gerado, contribuindo para a construção de uma identidade profissional desse estagiário, e essa identidade pode ser crítica ou mecanizada a partir de seu posicionamento frente a realidade a qual está inserido.   

Esta autora aponta que “o estágio em Serviço Social, no Brasil, existe desde a fundação das primeiras Escolas de Serviço Social, na década de trinta” (2009, 13). Neste período, os princípios doutrinários sociais da Igreja Católica pautavam as ações e formação das alunas de Serviço Social, e “o rebatimento desta ideologia [Cristã], na Supervisão em Serviço Social, fazia com que o papel do supervisor se direcionasse para a 'doutrinação' do aluno-estagiário” (Idem, 2011, p.144), mediante às lutas na tentativa de romper como o conservadorismo a profissão passou a ter legislação específica deslocada da ideologia cristã.  

 A lei de Diretrizes Curriculares (ABEPSS, 1996), já na década de 1990, propõe orientar esse contexto do estágio que ultrapassa as paredes da universidade sem se descolar dela, com objetivo de manter, minimamente possível, um espaço que provocasse experiências contribuindo positivamente na formação do aluno-estagiário tanto quanto no processo de formação profissional do supervisor, diferente da forma “doutrinária” vista no início da profissão. Hoje, portanto, o Estágio Supervisionado consiste em:  

  

 

uma atividade curricular obrigatória que se configura a partir da inserção do aluno no espaço sócio institucional, objetivando capacitá-lo para o exercício profissional, o que pressupõe supervisão sistemática. Esta supervisão será feita conjuntamente por professor supervisor e por profissional do campo, com base em planos de estágio elaborados em conjunto pelas unidades de ensino e organizações que oferecem estágio. (ABEPSS, 2002)  

  

  

Esse momento do estágio curricular obrigatório oferece ao aluno o primeiro contato com a prática profissional que passa a articular dinamicamente com o conteúdo acessado e discutido na universidade, “oportuniza ao aluno aprender, identificar-se e apropriar-se de sua futura profissão.” (PINTO, 1997). Esse processo de fusão entre ensino-aprendizagem da teoria e prática por vezes é comprometida – positiva ou negativamente – da relação entre supervisor e supervisionado.   

O estágio demanda do aluno um mínimo de conhecimento teórico da profissão e exige uma supervisão direta que dialogue entre estes dois espaços institucionais em que o aluno está inserido – campo de estágio e universidade – propondo uma discussão teórico-prática durante sua formação. Para tanto, é imprescindível que o estagiário esteja conjuntamente sob supervisão direta do profissional docente da disciplina de Estudo da Prática e o profissional supervisor de campo, não obstante, que haja espaços para que as discussões sejam propostas aos alunos-estagiários a partir de suas experiências, tanto no meio universitário quanto na troca entre supervisor e supervisionado.   

Uma vez que são diversas a experiência entre os colegas de classe, devido aos variados campos de estágios e particularidades de cada supervisor de campo, é inevitável que o professor supervisor provoque debates entre os alunos para exposição de suas distintas realidades, opiniões e angústias. Esse momento de troca contribui para uma reflexão e formação da concepção individual e particular de cada aluno estagiário.  

Distante da forma “doutrinária” como se dava no início da profissão essa relação de troca entre supervisor e supervisionado alcançou um significado importante para o processo de formação do aluno-estagiário, contudo se estende ao supervisor cuja “formação profissional não se completa com o curso, ao contrário, ele é o seu desencadeador [...] o estágio e a supervisão constituem-se momentos privilegiados para o ensino e aprendizagem profissional” (PINTO, 1997). Enquanto o/a Supervisor (a), com toda sua bagagem teórico-prática da profissão, que é mais extensa em relação ao aluno, contribui significativamente na construção de um perfil profissional do aluno-estagiário, ao mesmo tempo é obrigado a repensar sua prática.  

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