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A Psicologia Social

Por:   •  20/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.687 Palavras (15 Páginas)  •  139 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz considerações acerca de um breve estudo, onde procuramos mostrar a verdadeira humilhação social, a desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira que traçam homens invisíveis a margem de uma discriminação sem fundamentos, ao trabalho que é honesto e digno como qualquer um que contribua de alguma forma para o desenvolvimento da sociedade como um todo.

HUMILHAÇÃO SOCIAL UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA

A humilhação social conhece em seu mecanismo, determinações econômicas e inconscientes. Deveremos propô-la como uma modalidade de angústia disparada pelo enigma e impacto traumático da desigualdade de classes para assim caracteriza-lo recorremos á investigação Marxista e a psicanálise. As campanhas de Marx e de Freud: nem realidade nem equivalência.

O mecanísmico no homem, que em Marx vem com a mercantilização das relações sociais e em Freud com a formação das pressões inconscientes, no homem não é um fato natural, mas histórico e intersubjetivo. Como tal, trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político. O humilhado atravessa uma situação de impedimento para a sua humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo, em seu corpo, gestos, imaginação, voz, em seu trabalho e em seu bairro.

As pessoas menos favorecidas lamentavelmente carregam o signo da exclusão, ambientes que poderiam parecer atrativos, não são frequentados pelos pobres, em virtude da má distribuição de rendas, o que caracteriza o privatismo capitalista e consequentemente uma humilhação social pelo fato de já estar incumbido na mente dos menos favorecidos socialmente. . A humilhação social é um fato psicossocial que reconduz sempre o homem a outro homem, a condição de servidão humana. A reificação age como um bloqueador de aparências, a pessoa por estar em classe inferior acha que não deve frequentar lugares mais requintados ou finos, as vezes até está com dinheiro mas se priva de ir por pensar de forma excluída e que pode ser humilhada ou discriminada. O seu poder de aparição que os marxistas chamam de concreto e viver concretamente é viver num mundo de aparições das coisas dos outros e de nós mesmos. Viver de maneira abstrata é viver num mundo de aparências, bloqueadas, sem aparição. A concreção de um mundo e dos outros, encontra condições materiais apenas numa comunidade de homens livres, iguais e singulares. Essa humilhação social desencadeia a partir dessas desigualdades entre classes, onde os pobres sofrem maus tratos psicológicos, em virtude de serem considerados inferiores. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis, tornam-se compulsivos, movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém vê.

A igualdade entre classes é o que deseja todo discriminado e todos aqueles que desejam uma sociedade mais humana. Infelizmente a desaparição do homem dentro de um uniforme sem muito valor social é real. A humanidade desaparece porque o homem foi reificado por ele mesmo, o que vale é o que é representado materialmente. Se alguém tem um cargo inferior será tratado inferiormente. Se alguém possui maior poder aquisitivo, mesmo que não tenha valores morais como dignidade e respeito ainda assim esse será valorizado. 

A humilhação social resume-se na satisfação de alguns baseados na insatisfação de outros. Não nos basta mais ter algo, nos sentimos melhor quando temos algo que o outro não possa ter, infelizmente esse é o pensamento da maioria daqueles vivem no topo da pirâmide social. Essa semana no trabalho eu pude ver um exemplo claro a esse respeito, quando um superior hierárquico de um grau bastante elevado na instituição em que trabalho (aluno: ODEMIR) fazia o seguinte comentário a respeito da nova lei das empregadas domésticas: “Vou demitir minha empregada, pois ela está se achando demais, daqui a alguns dias ela estará vindo trabalhar de carro, e almoçando no mesmo restaurante que eu, isso é um absurdo!”  essas foram suas palavras, o mesmo estava inconformado e se indagando como uma classe de empregadas domésticas conseguiram esses direitos, haja vista que as mesmas não estudaram e não tinham nenhum grau de cultura e escolaridade.  Tudo isso em pleno século XXI.

A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO

DA SOCIEDADE BRASILEIRA

O artigo “A desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade Brasileira”, escrito por Ava da Silva Carvalho Carneiro analisa o tema da desigualdade social, e, por conseguinte da invisibilidade, na sociedade Brasileira, amparada pela pesquisa do sociólogo Jessé Souza e o psicólogo Fernando Braga que discutem em suas obras a invisibilidade de atores sociais envolvidos e encobertos pela desigualdade historicamente construída na sociedade brasileira. Nos livros de Sociologia, autores exaltam as qualidades do povo brasileiro, entretanto não abordam as causas da desigualdade social no país. Teve início com a colonização portuguesa que se caracterizou pela exploração dos indígenas e negros vindos da África, cujo objetivo era trabalhar nos engenhos de açúcar e fazendas de café. As desigualdades sociais na sociedade brasileira atuais iniciam-se a partir de profissões subalternas, seguidas de salários baixos, trabalhadores desqualificados, explorados pelos patrões, que não os veem como seres humanos, mas como objetos. Os empresários e os órgãos, municipal, estadual e federal, não dão oportunidades para os trabalhadores se reciclarem e quando dificilmente acontecem, as exigências aumentam em termos de produção e os salários continuam os mesmos. Sem perspectivas, os trabalhadores não têm alternativas, a não ser a realização de movimentos reivindicando melhores condições de vida e salários dignos. Se no século XIX, com a vinda da família real para o Brasil, a independência do país e a abolição da escravatura, cresceu ainda mais a desigualdade social, hoje em pleno século XXI, a ralé social no Brasil continua, pessoas que vivem a margem da sociedade em condições sub-humanas, os invisíveis sociais, sem salário, moradia, saúde e educação. Enquanto isso o governo Federal tenta passar uma mensagem que país rico é país sem pobreza. Além dos garis sujeitos de pesquisas na Universidade de São Paulo e as empregadas domésticas, as pessoas carentes em todo Brasil, sem qualificação profissional e intelectual são tratadas de forma preconceituosa, humilhadas, enfatizando a existência da desigualdade social, constituída ao longo da formação da sociedade brasileira, o traço permanente no cotidiano do seu povo. A invisibilidade pública desponta como um fenômeno psicossocial, definido como o desaparecimento de um homem entre outros homens. A invisibilidade seria o resultado do processo de humilhação social, construído durante séculos e sempre determinantes no cotidiano dos indivíduos das classes pobres. Lembremo-nos o que fez o ancora do Jornal da Band Boris Casoy no final de 2009, onde na ocasião fez um comentário preconceituoso quando apareceram dois garis desejando um feliz ano novo a todos os brasileiros, ele os ridicularizou num vazamento de som que ocorreu quando a emissora iria lançar os comerciais “Que merda, dois lixeiros desejando felicidade do alto de suas vassouras, dois lixeiros o mais baixo da escala do trabalho.”

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