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A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENTRE OS PAIS

Por:   •  12/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  149 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE ENSINO E APRENDIZADO DE VIÇOSA

ESPECIALIZAÇÃO EM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (TURMA BH4)

DISCIPLINA: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENTRE OS PAIS

DOCENTE: THIAGO PRISCO

DISCENTE: MÁRCIA MARIA SILVA BRANDÃO

O fenômeno da violência é complexo. Essa realidade tem convocado profissionais e pesquisadores a se debruçarem na produção de conhecimento sobre os fatores que promovem a violência e possibilidades de combatê-la. Assim, por meio da compreensão dos modelos explicativos da violência na conjugalidade, tendo como eixo a transmissão intergeracional dessa, propõe-se ampliar a análise para qualificar intervenção profissional.

De acordo com Scantamburlo e Moré (2012)[1], o modelo explicativo da violência contra a mulher ou violência de gênero centra-se no comportamento violento do homem (agressor) contra a mulher (vítima), fundamentado na divisão de papeis sociais. Portanto, o fenômeno da violência é compreendido como um processo histórico, na dimensão ideológica do patriarcado. Nessa perspectiva dicotômica, pode ocorrer a invisibilidade da violência praticada por mulheres contra os homens, bem como, a violência existente nas relações homoafetivas.

Outro arquétipo, apresentado, tem como foco de análise a violência na dimensão do processo relacional, compreende que há reciprocidade entre os atos violentos do casal, uma trama interacional, em que as partes envolvidas são afetadas num contexto histórico, geracional e social. Já no modelo relacional sistêmico, a violência é compreendida como processo do embate relacional e comunicacional entre todos os membros do grupo familiar, o qual possibilita a corresponsabilização para todos os envolvidos. Nesse, a família é considerada como um sistema aberto em constante troca com outros sistemas, essa perspectiva permite um olhar ampliado para análise do fenômeno.

Há estudos que apresentam, que a transmissão da violência na família de origem se reproduz para a família seguinte, ocorrendo a transmissão geracional fundamentada na teoria social, a qual esclarece que as respostas violentas são aprendidas a partir da observação ou vivência desse comportamento. Contudo, alguns pesquisadores defendem que nem todas as pessoas que vivenciam situações violentas, as reproduzem nas suas famílias. Isso ocorre por acreditarem que a violência é algo prejudicial nas relações íntimas e por conviver com pessoas significativas fora do contexto familiar de origem.

Diante do exposto, infere-se que a discussão sobre o tema qualifica o profissional no cotidiano de trabalho, a partir de uma postura ética e de respeito, possibilitando-o a refletir e qualificar como acolher e escutar o fenômeno da violência de forma sistêmica, na perspectiva do processo de violência na transmissão intergeracional da família, superando a visão determinista e fragmentada da realidade. Assim, propicia intervenções que promovam reflexões e possibilidades de mudanças necessárias para que a violência não se perpetue.


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