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A expectativa de vida de mulheres gravidas que estão no sistema penitenciário, e as consequências pós-nascimento

Por:   •  6/4/2017  •  Resenha  •  682 Palavras (3 Páginas)  •  230 Visualizações

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A expectativa de vida de mulheres gravidas que estão no sistema penitenciário, e as consequências pós-nascimento.

 A ATPS consiste em uma pesquisa ação, onde trabalharemos com base emfatos do dia a dia,trabalhando na problemática de modo participativo cooperando com o entendimento dos dados levantados buscando participar, compreender e interpretar o tema pesquisado. Usaremosa técnica de pesquisa da entrevista não diretiva e livre narrativa aberta.

Referente ao tema fizemos a pergunta para a  Paula Cardoso que se encontra em medida sóco-eduativa na FUNDAÇÃO CASA: Qual o seu sentimento em relação a vida em que seu filho(a) vai ter quando houver a separação de você? : - A gente sempre espera o melhor né, mas, agora pra saber o que é melhor fica dificil, bom seriaver ele crescer mas ele va ficar comigo apenasalguns meses...(choro), se eu pudesse planejar não teria vindo parar aqui, ele é bonito né?. Bom acho que ele vai ficar bem com minha familia e eu tenho que pensar nele como meu incentivo a sair destas muralhas um dia, e poder estar ao lado dele , é dificil mas é assim que estou pensando no momento.

Quanto tempo vai ficar aqui? : -‘não sei , dependo Da avaliação do juiz e das minhas técnicas acharemque estou pronta para voltar a sociedade,estou tentando permanecer de boa pra tentar bom comportamento mas não tenho um a data. Isso me angustia muito eu realmente não sei.”

Paula fala viu coisas que a maioria das mães não conseguem ver porque trabalham o dia todo. Sou muito grata por isso", na entrevista segurava a filha de seis dias, estende essa visão: “Depois que minha filha nasceu, criei mais força para querer ir embora”.

O discurso "eu quero ser melhor porque agora sou mãe" ecoa pela casa, mas não por acaso. "É claro que elas conversam entre si e, de certa forma, falam o que imaginam que a gente quer ouvir. Mas aprendemos, no convívio diário com adolescentes em conflito com a lei, a saber quando elas querem agradar. Dá para ver, sentir no olhar, na entonação da voz.

Algumas das meninas estão sem visita há meses. Outras nunca receberam nem uma ligação sequer. O abandono é mais comum do que se imagina. Mas a esperança de encontrar um "mundão" amigo está quase que tatuada.

Todas têm planos e pensam em seguir uma profissão. Os desejos passam pela gastronomia, medicina, fotografia, psicologia, enfermagem.... Algumas até se perdem nas preferências, mas os olhos brilham quando contam sobre as carreiras escolhidas.

Elas reconhecem que, se estivessem em casa, não conseguiriam conciliar os estudos com a criação dos filhos. Jasmim, por exemplo, perdeu a mãe quando o filho tinha acabado de nascer. Seu pai, então responsável por ela, estava preso. "Se eu estivesse lá fora, não saberia o que fazer. Ia me sentir perdida. Talvez meu filho não estivesse mais comigo. O Conselho [Tutelar] poderia ter pego. Aqui foi um lugar que me ajudou a ter esse laço afetivo com meu filho e a amadurecer.

"Quando é na rua, a festa de 1 ano é uma alegria, mas aqui é uma coisa triste", resumiu uma das presas, comiserada com o sofrimento da mãe, Maria, detenta que aproveitava os últimos instantes ao lado do filho,.

"Em um presídio de Brasília há um nome para o dia que o bebê vai embora: entrega. Esse é um dos dias mais tristes em uma cadeia. Não só para aquela mulher, mas também para as mulheres que estão ao redor dela. Porque é como se ela estivesse entregando aquela criança para uma vida que não sabe se vai compartilhar. (…) Aquele filho era o motivo para ela resistir no presídio".

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