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A linguagem humana e suas regiões

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Por:   •  24/2/2014  •  Seminário  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  419 Visualizações

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Lingua humana e suas regiões

A língua é um órgão formado por musculatura estriada esquelética que faz parte do sistema digestivo. Ela é revestida por uma membrana mucosa com uma estrutura que varia de acordo com a região.

Este órgão é essencial para o começo do processo de digestão, moldando e guiando o alimento, além também, de estar relacionado ao sentido do paladar e da formação de fonemas da fala.

Nos mamíferos, este músculo encontra-se conectado à cartilagem hióide, mandíbula e aos processos estilóides do osso temporal. Os músculos aos quais conectam a língua a cabeça, são chamados de músculos extrínsecos, enquanto que os músculos formadores da língua são quatro pares de músculos extrínsecos.

A superfície ventral deste órgão é lisa, enquanto que a superfície dorsal é irregular, recoberta anteriormente por pequenas eminências denominadas papilas gustativas (estruturas especializadas que contêm as células gustativas, capazes de detectar o sabor). A parte dorsal pode ser dividida em duas partes: a parte oral (encontrada dentro da cavidade bucal) e a parte faríngea (terço posterior da língua). Estas duas partes são divididas por uma região em formato de “V”. Posteriormente a esta região, a superfície lingual apresenta saliências formadas, principalmente, por dois tipos de agregados linfóides e as tonsilas linguais.

As papilas gustativas que compõe a língua são de quatro tipos e assumem diferentes funções:

• Papilas filiformes: possuem formato cônico alongado, são muito numerosas e estão espalhadas por toda a superfície dorsal da língua. São ricas em queratina e possuem poucos botões gustativos.

• Papilas fungiformes: possuem formato semelhante à cogumelos, com uma base estreita e uma porção superior mais dilatada e lisa. Estas papilas possuem poucos botões gustativos na sua parte superior e estão espalhadas irregularmente entre as papilas filiformes.

• Papilas foliadas: nos humanos estas papilas são pouco desenvolvidas. Elas consistem em duas ou mais rugas paralelas divididas por um sulco presente na superfície dorsolateral da língua, e contêm muitos botões gustativos.

• Papilas circunvaladas: estas constituem de 7 a 12 estruturas circulares grandes, da qual a superfície achatada se estende acima das outras papilas. Estão distribuídas na região do V lingual, na parte posterior da língua. Cada uma das papilas circunvaladas são rodeadas por diversas depressões onde glândulas serosas, as glândulas de von Ebner, secretam seu conteúdo em seu interior. Este arranjo semelhante a um fosso possibilita um fluxo contínuo de líquido sobre um grande número de botões gustativo presentes ao longo das superfícies laterais destas papilas, sendo que este se faz importante na remoção de partículas de alimento presentes ao redor dos botões gustativos. Isto é muito importante no mecanismo de processamento de novos estímulos por essas estruturas. As glândulas de von Ebner também secretam uma lipase que provavelmente previne a formação de uma camada hidrofóbica sobre os botões gustativos. Além de desempenhar este papel na língua, quando chega ao estômago, a lipase lingual é ativada podendo digerir até 30% dos triglicerídeos presentes nos alimentos.

Existem, pelo menos, quatro percepções de sabor pelos humanos: salgado, azedo, doce e amargo. Todas elas podem ser percebidas em todas as regiões linguais que possuem botões gustativos. Estas estruturas são encontradas sobre uma lâmina basal e possuem microvilosidades em seu ápice que se projetam por uma abertura (poro gustativo). Substâncias dissolvidas na saliva conectam as células gustativas através do poro, interagindo com receptores gustativos (sabores doce e amargo) ou canais iônicos (sabores salgado e azedo) na superfície celular. Como resultado, há a despolarização das células gustativas, gerando uma liberação de neurotransmissores que estimularão fibras nervosas aferentes ligadas a estas células. Em seguida, haverá o processamento desta informação pelos neurônios gustativos centrais.

As nossas preferências por uns alimentos, ou outros, resulta de uma complexa interacção de vários factores, como a genética, idade, experiências alimentares em criança, costumes étnicos, o ambiente envolvente quando se experimenta pela primeira vez e as reacções fisiológicas a esse alimento.

Uma coisa é clara – o sabor dos alimentos é dos factores que mais influencia a selecção dos alimentos. Quando nos colocamos alerta para as mensagens de nutrição, pensamos quase sempre que para comer de forma saudável, temos de renunciar aos alimentos mais saborosos. Os comunicadores de nutrição devem combater esta percepção assegurando que uma alimentação saudável e os alimentos saborosos podem andar “de mãos dadas”.

Mais sabor do que satisfação

O que chamamos habitualmente de “gosto” do alimento é na realidade “sabor”, que resulta da interacção dos sentidos do gosto e do olfacto. Outras sensações, como o picante das especiarias, a trincadela de uma menta forte ou o crepitar de uma bebida carbonatada, tal como a textura, temperatura e a aparência também são experiências de sabor.

Cerca de 80% do que percepcionamos como sabor é na realidade aroma. O ser humano consegue distinguir cerca de 20.000 odores diferentes e 10 ou mais graus de intensidade. O aroma ocorre quando os odores alcançam os receptores olfactivos da cavidade nasal, através de duas vias – inalação pelas fossas nasais e pelo atravessar da zona interna da boca, ao mastigar e deglutir.

O gosto propriamente dito é perceptível pela língua. Os indivíduos nascem dotados de 10.000 papilas gustativas localizadas atrás, de lado e à ponta da língua, no palato e na garganta. Quando as células receptoras do gosto recebem os estímulos, estas detectamos cinco gostos primários: doce, ácido, salgado, amargo e “umami”, o gosto saboroso do glutamato dos alimentos proteicos deve-se ao glutamato monossódic

Quando pensamos em olfato desenvolvido, o primeiro pensamento que vem em mente é o cachorro. E não estamos errados, todos os tipos de cães do mundo todo como coiotes, lobos, cães selvagens, raposas e outros mais possuem o olfato altamente apurado. Para esses animais não só o olfato, mas também a audição e a visão são muito desenvolvidas. Para cada animal esses sentidos desenvolvem uma função muito importante, mas o olfato é o sentido considerado mais importante pelo fato de em seu focinho existir um sensor mais apurado do que o dos seres humanos, possuindo por

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