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A Linguagem Humana e Suas Características

Por:   •  15/3/2016  •  Artigo  •  464 Palavras (2 Páginas)  •  10.684 Visualizações

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A Linguagem Humana e Suas Características

Apesar do termo “linguagem” ser tão usado no dia-a-dia para designar qualquer tipo de comunicação, com estudos um pouco mais aprofundados é possível notar que nem todo método de transmissão de informações pode assim ser chamado. Por simpatia a animais de estimação, por exemplo, muitas vezes chega-se à conclusão de que os bichinhos entendem seus donos, e vice-versa. Isto, para a Linguística, não é válido.

Com o texto de Émile Benveniste pode-se ter a noção, através da descrição de estudos feitos por meio de observações comportamentais de sociedades de abelhas, de que os animais irracionais não possuem uma linguagem como o ser humano possui. Uma vez que somos capazes de simbolizar sistematicamente o mundo no que chamamos de língua, a nós sim cabe o desenvolvimento da verdadeira linguagem.

A linguagem caracteriza-se por ser articulada e é até por isso que sua definição depende da existência do conceito de “língua”, pois esta, por ser composta de inúmeros signos linguísticos divisíveis e rearranjáveis, é o que dá à linguagem as vértebras que constituirão sua coluna. Ou seja, o léxico de determinada língua é composto por diversos vocábulos, esses vocábulos são formados por morfemas que, por sua vez, são divisíveis em unidades linguísticas mínimas chamadas fonemas. Para se ter noção da sofisticação deste sistema basta atentar para o fato de que os fonemas, isoladamente, sequer têm significação própria. Para que tenham sentido de existir, precisam estar combinados na formação de morfemas. Os morfemas sim, já começam a remeter a algumas representações de ideia de experiências de mundo (como, por exemplo, o morfema “brinc”, que pode se unir a “ar” e formar “brincar” ou a “a” e “ndo” para formar o gerúndio “brincando”). Os fonemas são as células do corpo articulado da linguagem, e, como tais, se “renovam”, mas sem tornarem-se necessariamente outras, apenas adquirem outra função (como os dois /i/ no vocábulo “brincadeira”) e a esse fenômeno de reciclagem de fonemas e morfemas é dado o nome de princípio da economia linguística – o que garante a leveza mínima para facilitação de utilização de um idioma.

Por toda essa sofisticação linguística inexistente entre os animais irracionais, percebe-se, por exemplo, que uma abelha é brilhantemente capaz de passar informações, porém não vai além disso; não é capaz de articular seus meios de comunicação a fim de criar novos símbolos para se comunicar. Logo, a linguagem propriamente dita permanece ainda, aparentemente, exclusiva à humanidade.

Referências:

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. São Paulo: Pontes, 2008

EL-JAICK, Ana Paula, SOUSA, Silva Maria e MEDEIROS, Vanise. Linguística I, Volume 2. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, Consórcio Cederj, 2013.

MONNERAT, Rosane e VIEGAS, Ilana Rebello. Português I, Volume 1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, Consórcio Cederj, 2013.

SOUSA, Silva Maria e MEDEIROS, Vanise. Linguística I, Volume 1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, Consórcio Cederj, 2013.

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