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APAGANDO INCÊNDIOS E SECANDO GELO

Por:   •  23/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  29.455 Palavras (118 Páginas)  •  59 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PSICOLOGIA

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Caroline Azambuja Santos

APAGANDO INCÊNDIOS E SECANDO GELO:

O trabalho da/o assistente social com mulheres em situação de violência doméstica nos CRAS e CREAS de Alvorada (RS).

Porto Alegre 2018

Caroline Azambuja Santos

APAGANDO INCÊNDIOS E SECANDO GELO:

O trabalho da/o assistente social com mulheres em situação de violência doméstica nos CRAS e CREAS de Alvorada (RS).

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.

Orientadora Prof.ª Dr.ª Mailiz Garibotti Lusa

Porto Alegre 2018

[pic 1]

Caroline Azambuja Santos

APAGANDO INCÊNDIOS E SECANDO GELO:

O trabalho da/o assistente social com mulheres em situação de violência doméstica nos CRAS e CREAS de Alvorada (RS).

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.

Orientadora Prof.ª Dr.ª Mailiz Garibotti Lusa

Aprovado em:        de        de 2018.

BANCA EXAMINADORA

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Prof ª Drª Mailiz Garibotti Lusa Orientadora

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

[pic 3]

Profª Drª Thaisa Teixeira Closs Examinadora

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar aos meus pais, Angelina e Ireno, que fizeram de tudo e mais um pouco para criar a mim e aos meus irmãos. Sem o sacrifício de vocês, eu jamais teria chegado até aqui. Mãe, você sempre exigiu mais de mim do que eu acreditava poder realizar. Obrigada pelos puxões de orelha que até hoje você me dá (risos). Pai, eu lembro que quando eu era pequena você sempre respondia todas as minhas perguntas. Obrigada por me ajudar a sempre buscar mais conhecimento.

Aos meus irmãos, Aline e Alex, pelo companheirismo, risadas, e pelas saídas ao cinema para ver filmes de super herói quando eu já não aguentava mais fazer trabalhos da faculdade. Obrigada por fazerem a vida mais leve.

Às minhas amigas e colegas de curso, Carine, Indira e Shaiane, nas quais encontrei um acolhimento raro em uma universidade que não foi feita para estudantes da classe trabalhadora. Vocês me fizeram sentir que eu pertencia, e isso eu jamais poderei agradecer o suficiente.

Às/aos professores do curso de Serviço Social da UFRGS por compartilharem o seu conhecimento, experiência de trabalho e de vida, e por se esforçarem tanto para estarem todas as noites dando aula, lutando pela qualidade do ensino público, e formando futuras/os assistentes sociais. Agradeço em especial à professora Mailiz, minha supervisora de estágio e orientadora de TCC, que sempre me acolheu, compreendeu as minhas dificuldades, e foi para mim um exemplo de mulher e de assistente social. Obrigada por tudo, Mailiz!

Às/aos usuárias/os do SAF Floresta, local onde tive minha primeira experiência de estágio. Vocês me ensinaram tudo o que não poderia caber nas paredes da universidade; foi com vocês que aprendi a canalizar a minha indignação com esse sistema desigual e injusto em ações de luta e de defesa pelos direitos sociais.

À equipe técnica do CRDH/DPE-RS, em especial à minha supervisora de campo, Sandra, por compartilhar o seu conhecimento sobre a violência doméstica contra mulheres. Obrigada por me ajudarem a me tornar uma mulher mais consciente sobre as opressões que nós sofremos.

Por último não poderia deixar de agradecer ao povo negro, que lutou pelo direito às cotas raciais. A sua incomparável resistência e força possibilitaram que eu e tantos outros estudantes negras/os acessássemos uma universidade pública, quando esta era uma realidade até então quase inalcançável. Obrigada!

No dia em que for possível à mulher amar em sua força, não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma mas para se encontrar, não para se renunciar mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal.

Simone de Beauvoir, O segundo sexo: a experiência vivida.

RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo realizar uma análise do trabalho das/os assistentes sociais com mulheres em situação de violência doméstica no âmbito das proteções sociais básica, e especial de média complexidade da Política de Assistência Social do município de Alvorada (RS), a fim de trabalhar questões de gênero de forma preventiva. Este estudo resultou do processo de aprendizagem ao longo da formação acadêmica em Serviço Social, particularmente na realização do estágio obrigatório no Serviço de Atendimento Familiar da região Floresta de Porto Alegre, e no Centro de Referência em Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado; locais nos quais a pesquisadora teve contato com as temáticas da Política de Assistência Social, gênero, e violência doméstica. Ao longo do processo do estágio percebeu-se que as mulheres que acessavam os serviços da Assistência Social raramente traziam ao atendimento situações de violência, e geralmente buscavam auxílio somente quando a violência chegava ao extremo, o que demonstra que ainda há um tabu em torno da violência doméstica contra mulheres. A identificação e intervenção nas violações dos direitos das mulheres em seu estágio inicial são fundamentais para oferecer proteção e prevenir maiores riscos. Para atingir o objetivo da pesquisa, foram realizadas pesquisas bibliográficas, documental, e empírica, com abordagem qualitativa e de caráter exploratório. O desenvolvimento deste trabalho está organizado em três capítulos. No primeiro trata-se sobre a violência doméstica, considerando sua gênese nas relações desiguais de gênero e a implicações dos recortes de classe e raça/etnia. No segundo discute-se a trajetória histórica de desenvolvimento das políticas públicas para mulheres, as respostas do Estado na proteção de mulheres em situação de violência doméstica e a punição aos agressores. No terceiro é realizada a discussão acerca do trabalho das/os assistentes sociais nos 5 CRAS e 1 CREAS de Alvorada (RS) com a demanda de violência doméstica. Os resultados demonstraram a urgência do Serviço Social em debater gênero de maneira crítica, frente ao contexto de aprofundamento das desigualdades, e aumento das violências, incluindo a doméstica.

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