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AUXÍLIO RECLUSÃO: Uma análise interdisciplinar sobre as dificuldades objetivas e subjetivas vividas pela família do preso

Por:   •  1/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.574 Palavras (11 Páginas)  •  194 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Carla Lemos Roque de Jesus

Sara Gomes Rodrigues

Thiago Lacerda Moreira

Tamiris Daniele Evangelista Marcelino

Vramir Amadeu Borges

AUXÍLIO RECLUSÃO:

Uma análise interdisciplinar sobre as dificuldades objetivas e subjetivas vividas pela família do preso.

Belo Horizonte 18 de Abril, de 2018

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Carla Regina Lemos Roque de Jesus

Sara Gomes Rodrigues

Thiago Lacerda Moreira

Tamiris Daniele Evangelista Marcelino

Vramir Amadeu Borges

AUXÍLIO RECLUSÃO:

Uma análise interdisciplinar sobre as dificuldades objetivas e subjetivas vividas pela família do preso.

Trabalho Interdisciplinar

apresentado às disciplinas do terceiro período do curso de Serviço Social da Puc Minas, com a exigência parcial para avaliação.

Belo Horizonte 18 de Abril, de 2018

I Apresentação

Através das matérias estudadas no 3° período do Curso de Serviço Social e a interdisciplinaridade por elas oferecidas, fomos atraídos a tratar de uma política social em especial: O Auxílio Reclusão.

Por se tratar de uma política que gera grande polêmicas, nas redes sociais, com pessoas no dia a dia que não conhecem a fundo sobre o benefício, fazendo com que muita gente pense que é uma “ajuda” desnecessária e muita das vezes até injusta, produziu em nós um grande interesse de irmos além desse senso comum que nos permeia e nos bombardeia a todo instante nos dias atuais.

Através desse estudo, nos foi possível reconhecer as particularidades desse benefício e desvelar suas tão comentadas contradições. Nós como estudantes de serviço social, nos sentimos no dever de trazer a tona e quebrar alguns pensamentos e falas tão equivocados e atenuantes que fazem parte do nosso cotidiano.

Ouvimos muito a cerca da mesma: “ Auxílio para preso? ”, “Não trabalha, rouba e ainda recebe dinheiro após ter cometido crime? ”, “Vou começar a cometer crime então! ”, ou mais, “Tem gente que trabalha duro e não recebe quase nada, agora um bandido, não trabalha, rouba e recebe dinheiro, assim está fácil. ” Dentre essas  e outras mais citações, ficam perambulando em volta desse assunto. Pois será que é assim mesmo, como muitos dizem? È benefício ou ajuda?

Quem recebe? Quanto recebe? Como recebe? Quais são os critérios?

O estudo feito a partir de tais questionamentos nos trouxe amplitude acerca do benefício, usando como instrumento a entrevista, para fazer com que alcançássemos respostas que nos possibilitem ter uma visão crítica e real do assunto.

Segundo Medina (2004) citado por Lewgoy , p, 235

Refere-se à entrevista como um momento épico, único e especial, de encontro entre sujeitos, no qual se faz presente o embate democrático e saudável de ideias, trajetórias e singularidades. Se de fato vivida, e não apenas cumprida, pode se transformar em um intenso momento de proliferação de análises, reflexões e experiências de vida, do qual tanto entrevistado quanto entrevistador sairão transformados pelo intercâmbio, pelos embates e interfaces ocorridos.

Através de uma pessoa do nosso grupo, nós conseguimos ter acesso a uma beneficiária do auxílio reclusão, sendo ela sua prima, vamos nomeá-la de Elisângela, foi nossa entrevistada. A integrante do nosso grupo entrou em contato com ela, por meio de celular no dia 28 de março de 2018 e a perguntou se teria disponibilidade e interesse para fazer a entrevista e tirar nossas dúvidas a respeito do benefício que recebia. No entanto ela se mostrou bem receptiva desde o primeiro momento.

Marcamos o encontro inicialmente para o dia 03 de abril, mas não obtivemos sucesso. Posteriormente conseguimos no dia 07 de abril. O encontro aconteceu, na praça de alimentação de um Shopping, sendo assim tivemos a impressão que ela não queria que fossemos até a casa dela por algum receio.

Nos encontramos, nos apresentamos e fizemos as perguntas que havíamos preparado no nosso relatório.

Chegamos com perguntas que foram feitas previamente elaboradas de acordo com o que foi aprendido em sala de aula, porém no decorrer da entrevista foram desenvolvidos outros questionamentos acerca do que estávamos procurando saber, tornando ainda mais enriquecedor para nosso trabalho. A entrevistada se mostrou bem conhecedora do auxílio, e falou de forma bem esclarecedora facilitando a entrevista.

 II Descrição do Perfil Socioeconômico da Entrevistada:

  Parentes           Idade                  Gênero                Renda               Escolaridade

Elisângela

24 anos

Feminino

0,00

7° ano

Parceiro (recluso)

25 anos

Masculino

880,00

5° ano

Filho

8 anos

Masculino

0,00

2° ano

Observando o quadro podemos notar que era imprescindível o uso do benefício pela entrevistada, sendo que, anteriormente a prisão de seu parceiro Elisângela possuía emprego como frentista recebendo cerca de 1,200,00, porém logo após a prisão de seu parceiro, seu chefe, ficou sabendo do acontecido e resolveu demiti-la, por uma questão de segurança.

 

III Análise das Expressões da Entrevistada

 Elisângela, uma mãe jovem, parceira, trabalhadora, cuida da casa, do filho, e do seu parceiro, mas que de repente se viu sem seu parceiro, pois foi detido por cometer roubo, alguns dias depois ela estava sem emprego e aguentando humilhação nas idas frequentes a cadeia para visitá-lo, somando ainda com a constrangedora e difícil maneira de tentar amenizar e explicar a situação para a criança, afinal o pai não estava mais em casa.

         A entrevistada nos relatou que ser mulher de um preso não é nada fácil, sua principal fundamentação se dá no que diz respeito das visitas no presídio, onde se passa muita humilhação, não importa, se você é mulher, ali naquele momento da revista, você é mais uma suspeita, cuidados e procedimentos precisam ser tomados para o controle da instituição. Ela não se sentia reconhecida como mulher e mãe, porém sabia que eram necessários todos os métodos.

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