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Absenteísmo Por Saúde: Uma Análise Na Equipe De Enfermagem Em Instituições Hospitalares

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Por:   •  23/5/2013  •  3.230 Palavras (13 Páginas)  •  636 Visualizações

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Introdução

O avanço tecnológico aguça nas instituições hospitalares a competitividade e a consciência sobre eficiência. Qualidade, produtividade e atenção à clientela são temas dominantes na busca do progresso e sobrevivência da instituição e, particularmente, os recursos humanos assumem relevância estratégica no desenvolvimento do trabalho.

O pessoal de enfermagem representa, em termos quantitativos, parcela significativa dos recursos humanos alocados nas instituições de saúde e, principalmente, nas hospitalares, incidindo de maneira relevante nos custos globais da organização. (LAUS e ANSELMI, 2008).

Assegurar um quadro de trabalhadores adequado aos objetivos e finalidades do hospital constitui um desafio permanente à medida que se toma por referência processos assistenciais qualificados. Assim, o dimensionamento de pessoal de enfermagem, importante ação gerencial desenvolvida pelos enfermeiros, vem sendo objeto de atenção, desde a década de 40, tanto de pesquisadores como de gerentes de serviços de enfermagem.

A falta do funcionário em horários que deveria estar trabalhando regularmente é fixado na literatura como absenteísmo ou ausentismo e mostra uma das variáveis de maior influência na organização dos serviços de enfermagem (FUGULIN, FMT et al, 2007; CHIAVENATO I, 2000; ALVES, M, 2005).

Particularmente, em unidades hospitalares, onde o trabalho de enfermagem ocorre de forma continua e ininterrupta, este evento afeta diretamente a qualidade da assistência prestada. As ausências previstas são definidas como sendo os dias relativos às folgas (descanso semanal remunerado e feriados) e férias; e como ausências não previstas, os dias referentes às faltas (abonadas ou não), às licenças (médica, maternidade, prêmio, por acidente de trabalho, e pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, entre outras) e às suspensões (GAIDZINSKI, RR, 1998).

O absenteísmo dos profissionais de enfermagem, sobretudo nas organizações públicas de saúde, é fato que merece atenção, pois, tanto resultados de pesquisas, como relato de gerentes de serviços aponta para altos índices de ocorrência dos mesmos.

Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo contextualizar o absenteísmo na equipe de enfermagem, pois observando o movimento em direção à qualidade, o conhecimento desta variável numa dada realidade pode ser entendido como um instrumento de apoio aos gerentes de enfermagem tanto na adoção de estratégias de avaliação do quantitativo de trabalhadores da instituição, como no planejamento destes recursos objetivando a qualificação do processo do cuidado de enfermagem.

Logo, esta pesquisa servirá de ferramenta em um conhecimento abrangente nos serviços de saúde, sendo de grande relevância o presente estudo para a sociedade, os profissionais da área da saúde e instituições que visam qualidade em seus serviços prestados.

Materiais e métodos

Segundo Barros e Lehfeld (2000), a metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos empregado por uma técnica, ou disciplina, e sua teoria geral. O método pode ser considerado como uma visão abstrata da ação, e a metodologia, a visão concreta da operacionalização. Conceituam a metodologia como uma disciplina que confere os caminhos necessários para o auto-aprendizado em que o aluno é sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar o conhecimento obtido.

A presente pesquisa é de caráter qualitativo e retrospectivo, uma vez que se trata de uma pesquisa com foco nas publicações científicas sobre o absenteísmo na equipe de enfermagem publicados nos últimos cinco anos. Logo a pesquisa constitui uma revisão sistemática de literatura científica.

Na revisão da literatura é fundamental um embasamento teórico, o estado da arte do conhecimento sobre o seu tema. Assim, torna-se imprescindível buscar resultados de pesquisas ou revisões de literaturas recentes, artigos científicos, dissertações, teses (publicadas nos últimos anos). Devem-se buscar autores que são referências importantes, pessoas renomadas, normalmente isso está relacionado a conclusões de pesquisas importantes em relação ao objeto de estudo (FRANÇA et al, 2007).

O levantamento dos referenciais deu-se através do sistema informatizado, incluindo Biblioteca Virtual de Saúde/Bireme (BVS), Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde (LILACS), Revista Latino-Americana de Enfermagem (SCIELO), Ministério da saúde, além de consultas na Biblioteca Dr. Raimundo Avelar das Faculdades Unidas do Norte de Minas e na Biblioteca Professor Antônio Jorge da Unimontes. Foram utilizadas como descritores as palavras equipe de enfermagem, absenteísmo, hospital. Entretanto, os artigos ou teses utilizados para a revisão de literatura, estavam disponíveis gratuitamente e na íntegra.

Decorreu-se, então, à análise dos dados, sendo que primeiro ocorreu uma leitura exploratória, a fim de conhecer todo o material; em seguida a leitura seletiva, através da qual foram selecionados os artigos pertinentes aos propósitos da pesquisa; e posteriormente realizada a leitura analítica dos textos, momento de apreciação e julgamento das informações, evidenciando-se os principais aspectos abordados sobre o tema.

Resultados

O absenteísmo dos profissionais de enfermagem, sobretudo nas organizações públicas de saúde, é fato que merece atenção, pois, tanto resultados de pesquisas, como relato de gerentes de serviços aponta para altos índices de ocorrência dos mesmos. A partir dessas ponderações, delimita-se o seguinte pressuposto teórico como norteador da presente investigação: o processo de trabalho de enfermagem permite a interação do trabalhador com cargas de trabalho que geram diversos processos de desgaste e implicam na ausência do trabalhador ao trabalho. O absenteísmo por doença compromete não somente a qualidade de vida do trabalhador de enfermagem, como a qualidade da assistência prestada aos usuários. Nesse pressuposto, pode-se considerar a taxa de ocupação hospitalar como expressão do ritmo imposto ao trabalho; a doença como processo de desgaste concretizado e o absenteísmo como a conseqüência (SANCINETTI et al, 2009).

A ausência de funcionários no trabalho é influenciada por inúmeros fatores, intrínseca ou extrínseca ao trabalho, que atuam sobre a pessoa tornando o absenteísmo um problema de alta complexidade. Como conseqüências do fenômeno verificam-se a desorganização do trabalho em equipe,

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