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Artigo VHS

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Por:   •  23/11/2014  •  3.394 Palavras (14 Páginas)  •  237 Visualizações

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Revista da Associação Médica Brasileira

ISSN 0104-4230 versión impresa

Rev. Assoc. Med. Bras. v.46 n.3 São Paulo jul./set. 2000

Artigo de Revisão

Velocidade de sedimentação das hemácias: utilidade e limitações

V.M. dos Santos, S.F. de C. da Cunha, D.F. da Cunha

Departamento de Clínica Médica e Curso de Pós-graduação em Patologia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG.

UNITERMOS: VHS. Velocidade de sedimentação das hemácias. Resposta de fase aguda. Inflamação. Proteínas de fase aguda.

KEY WORDS: ESR. Erythrocyte sedimentation rate. Acute phase response. Inflammation. Acute phase proteins.

INTRODUÇÃO

No início deste século, o teste da velocidade de sedimentação das hemácias (VHS) foi idealizado para auxiliar no diagnóstico da gravidez, sendo posteriormente empregado como indicador de doenças inflamatórias ou infecciosas e até mesmo da condição geral de saúde ou doença. Atualmente, mesmo com a disponibilidade de exames complementares mais sofisticados, o VHS continua sendo solicitado com muita freqüência pelos reumatologistas, que o utilizam no diagnóstico e no acompanhamento clínico de doenças como a artrite reumatóide, o lúpus eritematoso sistêmico e a doença reumática. O VHS também tem utilidade para outros especialistas, incluindo cardiologistas, hematologistas, infectologistas e clínicos, além daqueles profissionais que estejam atuando em localidades com recursos laboratoriais mais precários.

O VHS tem sido empregado no diagnóstico de ampla variedade de condições clínicas, na predição e na avaliação da gravidade de doenças e até como um índice geral de saúde, quando seus valores estão dentro da faixa de normalidade1. É um teste inespecífico na documentação de processo inflamatório, infeccioso ou neoplásico, servindo também para inferência de sua intensidade e, considerando-se as limitações, da resposta à terapêutica.

Um problema clínico comum consiste na interpretação de um resultado elevado no VHS realizado em paciente com queixas inespecíficas, situação em que o exame deve ser confirmado antes de se proceder um check-up clínico2. Conduta semelhante deve ser tomada quando a velocidade de sedimentação das hemácias basal de um indivíduo apresentar incremento maior que o esperado pelo simples aumento de idade. Em idosos, um VHS ligeiramente aumentado pode ser compatível com bom estado de saúde durante período prolongado de tempo3. Entretanto, em pelo menos 4% de idosos assintomáticos e com VHS elevado, foi evidenciada doença não suspeitada, fato que também pode ocorrer com indivíduos mais jovens4. Kirkeby et al. (1989) verificaram que 40% dos indivíduos com mais de 70 anos e com VHS acima de 40mm/h apresentavam mais de uma causa para essa alteração, sendo mais freqüentes a bronquite crônica, a artrite reumatóide e a insuficiência renal5.

O presente trabalho visa dar subsídios para a aplicabilidade prática e a interpretação dos resultados do VHS no cotidiano da assistência médica ambulatorial e hospitalar, com ênfase no acompanhamento de pacientes com enfermidades agudas ou crônicas.

Método: princípios e fatores envolvidos

Dentre as diversas técnicas disponíveis para a determinação do VHS, a de referência é a de Westergren. Neste método, 1,6ml de uma mistura de sangue venoso mais 0,4ml de citrato de sódio a 3,8% são colocados num tubo transparente com diâmetro interno de 2,5mm e graduado em milímetros. A marca zero da graduação fica na extremidade superior, exatamente a 200mm da ponta da pipeta. A técnica exige que o tubo com a amostra de sangue seja mantido exatamente na vertical e permaneça em repouso pelo menos durante uma hora. A leitura é dada pela altura da coluna de plasma, no limite de separação com as hemácias sedimentadas. O resultado, expresso em milímetros por hora (mm/h), mede a eritrossedimentação, hemossedimentação ou VHS. Dentre as falhas técnicas que podem aumentar o VHS, citam-se a demora (mais de 1 hora) entre a colheita da amostra e a realização do exame e uma posição não vertical no tubo de teste. A quantidade e o tipo de anticoagulante usado (citrato, oxalato, EDTA) também podem influenciar no resultado do exame. O método de Wintrobe utiliza um tubo de hematócrito, preenchido com amostra de sangue venoso colhido em oxalato. Os valores normais diferem porque o tubo tem metade do comprimento e graduações diferentes do usado no método de Westergren.

A velocidade com que as hemácias sedimentam no tubo depende do volume e da forma dos eritrócitos e das proteínas do plasma. O VHS não mede a viscosidade sangüínea, mas é influenciado por proteínas plasmáticas na seguinte escala comparativa de valores: fibrinogênio(10), -globulina(5),  e -globulinas(2) e albumina(1). Fatores que reduzem a sedimentação das hemácias incluem a rigidez e alterações morfológicas celulares6. Fatores que aumentam o VHS incluem estados de hemodiluição e a eventual presença de proteínas plasmáticas assimétricas e de alto peso molecular que se ligam à membrana celular, o que reduz o potencial zeta e facilita a formação do rouleaux, constituído por hemácias empilhadas e aderidas. Dessa forma, a simples observação de rouleaux num esfregaço de sangue já é indicativo de VHS anormal.

VHS:

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