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Auditoria Anhanguera

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Por:   •  3/11/2014  •  1.995 Palavras (8 Páginas)  •  420 Visualizações

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ETAPA 1

1.O que é Auditoria?

Auditoria, seja de qual tipo for, interna ou externa, significa conferência, verificação, análise e avaliação e, acima de tudo, comunicação dos resultados dentro de um determinado objetivo ao qual a auditoria se propõe. A palavra auditoria tem como origem o latim audire, cujo significado é ouvir.

É um exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão em conformidade a consecução dos objetivos.

2. Quais os tipos de auditorias existentes? Explicar cada um.

A auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos:

Auditoria Interna: Que é conduzida por funcionário da própria empresa na qual a auditoria é executada e em geral envolve a avaliação de desempenho, controles internos, sistemas de computação/informação, qualidades de serviço e produtos etc. Busca a identificação de não conformidades, prevenção e detecção de falhas de operação, discrepâncias nas atividades administrativas, possibilitando maior confiabilidade das informações geradas, bem como garantindo a salvaguarda dos ativos da empresa.

A atividade de auditoria interna geralmente é desempenhada por departamento de uma entidade incumbido pela direção de efetuar verificações necessariamente necessárias e de avaliar os sistemas e procedimentos da entidade, com vista a minimizar as probabilidades de fraude, erros ou praticas ineficazes. A auditoria interna deve ser independente no seio da organização e reportar diretamente à direção.

A auditoria interna pode ser dividida nos seguintes tipos

Contábil

Operacional

De compliance

De sistemas

Fiscal e tributária

De qualidade e ambiental

Auditoria Externa ou Independente: Tem como finalidade aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos seus usuários. Nesse sentido, compreende expressar uma opinião através da emissão de um parecer sobre as demonstrações contábeis da empresa auditada no período sob exame e assegurar que estas foram elaboradas em todos os aspectos relevantes, em conformidade com as normas brasileiras de contabilidade e legislação especifica aplicáveis.

Toda empresa de auditoria obrigatoriamente necessita de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A carreira de auditor externo começa pelo trainee. Após aproximadamente um ano de trabalho, normalmente o trainee é promovido a auditor assistente C, depois a assistente B e finalmente assistente A. Nessa fase é comum que alguns auditores, em função do excelente desempenho, recebam promoção dupla.

3. Quais as responsabilidades do auditor externo e do auditado?

Tanto ao auditor como o cliente-auditado têm obrigações e responsabilidades perante todos os stakeholders. Um primeiro é fundamental ponto a ser destacado, é o fato de que as demonstrações contábeis são de propriedade e responsabilidade exclusiva do auditado e que este, por conseguinte, é o responsável direto por tudo o que nela conste ou que porventura seja omitido por qualquer motivo.

O auditor é submetido a ter registro na CVM, a guardar documentação e sigilo para fins de fiscalização do exercício profissional, a ter responsabilidade compartilhada e a se submeter à uma revisão externa por outro auditor registrado na CVM.

Os administradores devem ter a máxima diligencia na escolha e na contratação do seu auditor, posto que poderão ser responsabilizados quando constatado que o auditor contratado não atende aos requisitos de capacitação técnica e de independência, não possui estrutura organizacional compatível com o porte e a complexidade do serviço a ser executado e não se encontra com o seu registro regularizado na CVM. Além disso, a instrução prevê a possibilidade de anulação do trabalho de auditoria feito por auditor não registrado na CVM ou em que seja constatada a sua falta de independência.

4. Qual a postura que um auditor deve ter? Explique.

O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes, inclusive as relativas a independência, no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis. As exigências éticas relevantes abrangem o Codigo de Etica Profissional do Contabilista, relacionadas à auditoria de demonstrações contábeis bem como as NBC PAs aplicáveis.

O auditor deve ser:

Integro

Objetivo

Competente e zeloso profissionalmente

Confidencialista

Profissional

No exercício da profissão os auditores, podem ser responsabilizados por erros, falhas, omissões e/ou dolo quanto à veracidade e a forma com que realizam o trabalho e emitem a sua opinião por intermédio do parecer de auditoria.

Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da administração da entidade auditada sobre qualquer fraude ou erro que tenham sido detectados.

A ética profissional dos auditores nada mais é que uma divisão especial da ética geral e nela o profissional recebe normas especificas de conduta em questões que refletem responsabilidades para com a sociedade, com a organização a que pertence, e com outros membros de sua profissão, assim como para com à própria pessoa.

Dessa forma, no desenvolvimento de seu trabalho o auditor, independentemente de sua formação profissional, deve ter sempre presente que, se obriga a proteger os interesses da sociedade, respeitar as normas de conduta que regem os profissionais de auditoria, não podendo valer-se da função em beneficio próprio ou de terceiros.

Fica, ainda, obrigado a guardar total confidencialidade das informações obtidas, não devendo revela-las a terceiros, sem autorização especifica. Assim sendo, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios éticos profissionais e qualificações pessoais.

ETAPA 2

Demonstrações Contábeis Auditadas

Demonstrações Auditadas

Demonstração

Objetivo da Demonstração

Finalidade de se Auditar

Balanço Patrimonial

O objetivo do balanço patrimonial é apresentar, de uma forma ordenada e padronizada, a situação econômica e financeira de uma empresa num determinado momentos.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

Tem por finalidade apresentar as alterações que ocorreram em determinado exercício no patrimônio liquido da empresa, entre as principais alterações podemos destacar, a destinação dos resultados do período, integralização do capital e o aumento ou a diminuição das reservas da empresa.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente de doze meses.

Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

O objetivo principal é fornecer informações relevantes sobre as entradas e saídas de caixa de uma entidade para um determinado período de tempo.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

O objetivo é mostrar o montante da riqueza gerada pela empresa e a forma como foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram direta ou indiretamente para sua geração: como fornecedores, funcionários, acionistas, etc. Durante um determinado período.

ETAPA 3

Planejamento de Auditoria

Significado e Função

O controlo interno

É um conjunto de procedimentos implementados pela gestão, com o objectivo de valorar e planear a organização e todos os métodos e medidas adoptados numa entidade a fim de reforçar e melhorar a eficácia e eficiência na utilização de recursos, salvaguardar os activos, verificar a fiabilidade, exactidão e fidedignidade da informação financeira, o cumprimento das leis e normas contabilísticas e promover a eficácia operacional. Ou seja, é uma actividade que procura garantir as boas práticas de gestão e procedimentos e o cumprimento das políticas estabelecidas pela gestão.

Sistema de Informações.

Os sistemas de processamento eletrônico de dados (PED) são atualmente uma ferramenta imprescindível na condução de quaisquer tipos de negocio. Todas as informações importantes, sejam administrativas ou operacionais e mesmo as informações de cunho confidencial, circulam em redes internas e externas. A segurança e a confiabilidade dessas informações é um ponto fundamental para as empresas e, por conseguinte, para a auditoria. No planejamento de auditoria, a avaliação do SI vai determinar, junto com o CI, o nível de confiança nas informações geradas pelos relatórios contábeis, que por sua vez vai determinar o volume de testes substantivos que serão executados nos trabalhos de campo. Além, disso, esta avaliação vai considerar também os riscos da auditoria.

Relevância

O objetivo de uma auditoria das demonstrações contábeis é permitir ao auditor independente expressar uma opinião se essas demonstrações estão, ou não, em todos os aspectos relevantes, de acordo com todas as normas e praticas contábeis aplicáveis às circunstâncias. O conceito de relevância diz respeito ao efeito/influência que a omissão ou mesmo apenas a distorção de uma informação acarreta na decisão do usuário dessa informação dentro das demonstrações contábeis. Em linhas gerais, essas omissões/distorções são causadas em função de erros ou fraudes.

Materialidade

A determinação do escopo de testes a serem efetuados no campo passa necessariamente pela determinação da materialidade. Materialidade pode ser definida como o valor mínimo para o qual a ocorrência de um erro não detectado pode vir a causar distorções significativas nas demonstrações contábeis. Nesse sentido, para todos os valores considerados materiais serão efetuados análises, testes e ajustes. De maneira geral, no planejamento da auditoria são definidos dois tipos básicos de materialidade: materialidade para análise de contas e materialidade para ajustes e testes.

Risco de Auditoria

O risco de auditoria consiste na possibilidade de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis (DC) significativamente incorretas. Em outras palavras, seria o caso de o auditor afirmar que as DC estão adequadamente representadas (parecer limpo) quando na verdade contêm erros ou classificações incorretas materiais/relevantes.

ETAPA 4

A importância da Carta de Responsabilidade

A carta de responsabilidade emitida pelo cliente e destinada à auditoria constitui-se de uma declaração de que todas as informações constantes nas demonstrações contábeis, bem como todas as documentações e demais informações solicitadas pela auditoria, s~]ao verdadeiras. Esse documento é considerado um papel de trabalho e deve ser arquivado, junto com os demais WPs, na pasta permanente. A carta de responsabilidade deve ser emitida no final dos trabalhos da auditoria com a mesma data do parecer sobre as demonstrações contábeis a que se refere.

A carta de responsabilidade da administração deve ser assinada pelo membro da administração que tiver a responsabilidade primária sobre a entidade e seus aspectos financeiros, geralmente o diretor-presidente e o diretor financeiro ou diretor de relações com o mercado, e pelo contabilista responsável pelas demonstrações contábeis.

Em determinadas circunstancias, o auditor poderá exigir que a carta de responsabilidade também seja assinada por outros membros da administração. A carta de responsabilidade ou qualquer outra informação dada por escrito pela administração da entidade auditada não elimina a necessidade do auditor de obter evidências sobre transações realizadas, pois não objetiva a eliminação de procedimentos de auditoria e nem substitui o trabalho do auditor independente.

Na possibilidade remota de a administração se recusar a fornecer a carta de responsabilidade ao auditor independente, isto constituirá uma limitação no escopo do seu exame.

Lei Sarbanes-Oxley

A Lei Sarbane-Oxley, é uma lei dos Estados Unidos criada em 30 de Julho de 2002 por iniciativa do senador Paul Sarbanes (Democrata) e do deputado Michael Oxley (Republicano).

A criação desta lei foi uma consequência das fraudes e escândalos contábeis que, na época, atingiram grandes corporações nos Estados Unidos (Enron, Arthur Andersen, WorldCom, Xerox e etc...), e teve como intuito tentar evitar a fuga dos investidores causada pela insegurança e perda de confiança em relação as escriturações contábeis e aos princípios de governança nas empresas..

Essa norma visava dar maiores garantias aos investidores quanto a segurança do mercado acionário americano. A sua obrigatoriedade para todas as empresas com ações negociadas na bolsa de Nova Iorque causou forte impacto no mercado acionário americano.

Em razão do alto custo de implantação, essa lei alavancou significativamente o lucro das empresas de auditoria externa no mundo todo.

A SOx é composta de diversos artigos que são divididos em 11 categorias ou títulos, abrangendo desde os relatórios da administração até os serviços da auditoria independente propriamente ditos.

Implementação de órgão de supervisão dos auditores independente

Independência de auditoria externa

Responsabilidade Corporativa

Evidenciação das demonstrações contábeis

Conflito de interesses

Responsabilidade e autoridade

Estudos de mercado

Fraudes corporativas e responsabilidades penais

Crimes do “colarinho branco”

Declaração Fiscal

Fraudes corporativas

A SOx prevê a criação, nas empresas, de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis, definindo regras para criação de comitês encarregados de supervisionar suas atividades e operações, formados em boa parte por membros independentes. Isso com o intuito explicito de evitar a ocorrência de fraudes e criar meios de identifica-las quando ocorrerem, reduzindo os riscos nos negócios e garantindo a transparência na gestão.

Para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas a SOx, foi criado o Public Company Accouting Oversight Board (PCAOB ou seja Conselho de Auditores de Companhias Abertas) que tem a missão de estabelecer as normas de auditoria, controle de qualidade, ética e independência em relação aos processos de inspeção e a emissão dos relatórios de auditoria. São previstas inspeções as empresas de auditoria para obriga-las a cumprir as regras estabelecidas e estar sempre em consonância com a SEC. Os auditores de empresas sujeitas a SOx deverão registrar-se no PCAOB.

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