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Bitcoin

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Por:   •  5/5/2014  •  Seminário  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  444 Visualizações

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A moeda é talvez a mais genial das criações humanas, ao lado da descoberta do uso do fogo e da invenção da roda. Essencialmente, a moeda é um meio de referência de valor ao criar uma “unidade padrão de medida”, que abaliza e referencia todos os outros produtos, bens e serviços de uma dada economia e permite estabelecer uma escala comparativa. Todos os valores desses bens são expressões relativas aos valores dos demais bens e é por isso que, muitas vezes, essa função-meio é chamada de “denominação comum de valores”, já que estabelece uma unidade de conta para todos os bens e serviços, inexistente na economia de escambo. Assim, com a multiplicação dos produtos disponíveis no mercado, crescem também as relações de troca que serão convertidas, para se efetivarem, numa medida de valor.

Além disso, a utilização da moeda como meio intermediário nas trocas facilita todo o processo comercial pela simplicidade de seu uso. Não há comércio sem moeda, e não há, portanto, desenvolvimento econômico que não dependa, em grande parte, do acolhimento e da confiança que a própria sociedade deposita nela.

A recente moda são os chamados bitcoins: uma moeda eletrônica (o nome vem de bit, unidade de informática, e coin, moeda metálica). Segundo Jerry Brito e Andrea Castillo (Bitcoin: A primer for policymakers, Mercatus Center, George Mason University), a noção foi primeiramente apresentada como uma “criptomoeda” de um sistema eletrônico de pagamento ‘peer to peer’ e foi introduzida no ano de 2008 em um ensaio publicado por um(a) suposto(a) programador(a), cujo pseudônimo, ou nome verdadeiro, não se sabe até hoje, era Satoshi Nakamoto.

Um meio de pagamento precisa ser crível para ser disseminado e o Estado ainda representa a ordem

Referia-se a um programa de código aberto, com base num endereço determinado, no qual recursos econômicos poderiam ser salvos, gastos e pagos anonimamente (seus defensores preferem a noção de pseudonimamente, já que o autor existe, mas não se revela), sem a presença de uma administradora central ou de qualquer autoridade governamental: em essência, a única coisa que faz um bitcoin variar é a sua taxa de conversão de câmbio no mundo real. Bitcoins representam, acima de tudo, muito mais que uma moeda, são um novo meio de pagamento.

A discussão é longa, com críticos e defensores de ambos os lados. Um de seus principais atores, que também é um investidor no ramo, Marc Andreessen, usou uma analogia da ciência da computação como exemplo e justificativa para a existência e recente sucesso dos bitcoins. Imaginem, diz ele, um grupo de generais bizantinos num campo de batalha cercando uma cidade inimiga. Eles precisam de um plano de ataque com que todos concordem, mas só se comunicam por mensageiros. No entanto, um ou mais de um deles podem ser traidores e tentar induzir os demais a erro. O problema é tentar encontrar um algoritmo que assegure que os generais leais possam se entender.

Ora, como encontrar um elo de confiança entre partes não relacionadas que não se conhecem e que lhes permita transacionar? Bitcoins são a resposta a este problema, já que, segundo Andreessen, representam “um pedaço de propriedade digital transferível a outro usuário da rede de internet, seguro, e que não pode ser contestado quanto a

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