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Economia de agro-exportação - Ciclo do café

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Por:   •  15/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  290 Visualizações

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Economia agroexportadora – Ciclo do café

Desde sua colonização até o ano de 1930, o Brasil apresentou uma economia agroexportadora. Ou seja, o bom desempenho da economia dependia da exportação das poucas commodities agrícolas, que com o tempo variou os produtos a serem exportados para o mercado internacional em: ouro, açúcar, café, borracha e outros, formando os ciclos da economia brasileira. Entre esses ciclos o que apresentou maior desenvolvimento foi o ciclo do café.

A economia agroexportadora apresentava uma elevada vulnerabilidade visto que a demanda dependia das oscilações do crescimento mundial. Crises internacionais afetavam diretamente as exportações, criando dificuldades para toda economia brasileira já que todas as atividades dependiam direta ou indiretamente do desempenho do setor exportador cafeeiro.

Como o setor exportador cafeeiro era o setor mais produtivo e de maior dinamismo, existia uma elevada concentração dos recursos naturais e de capital. Essa concentração causava uma elevada desigualdade na distribuição de renda. Desigualdade essa, característica do modelo agroexportador.

O maior problema no sistema agroexportador adotado pelo Brasil era o descompasso entre a base produtiva e a estrutura de consumo, ou seja, a exportação é uma das únicas bases que determinava a renda nacional. Não havia investimentos em bens de consumo ou tecnologia por exemplo; tudo era importado. Deste modo, qualquer problema no balanço de pagamentos (diminuição de exportações ou guerras) poderia ocasionar uma diminuição das importações, afetando diretamente as condições de consumo da população

Um dos problemas da economia agroexportadora são as oscilações de preço do produto exportado. Quando o preço subia aumentava a lucratividade e parte desse lucro era reinvestido no próprio setor. Porém, esse reinvestimento não aumentou a remuneração dos trabalhadores empregados no setor cafeeiro, mas sim a quantidade de funcionários, já que nessa época (final do séc. XIX) o contingente de trabalhadores aumentou significativamente ocasionado pelo aumento do fluxo imigratório e pelo fim da escravidão. Por outro lado, quando o preço caia, também não havia queda nos salários, mas sim no volume de trabalhadores.

Quando isso acontecia o governo utilizava dois mecanismos muito eficientes a curto prazo, porém, não positivos a longo prazo. Eram eles: A desvalorização cambial e a política de valorização do café.

Desvalorização cambial

O governo desvalorizava o câmbio fazendo com que, mesmo com a queda do preço no mercado internacional, os cafeicultores mantivessem renda (na moeda nacional). Essa medida escondia os sinais que a queda do preço sinalizava, um excesso de oferta, indicando a necessidade de reverter os investimentos. Isso fazia com que houvesse cada vez mais investimentos ao setor causando uma tendência de superprodução de café.

Essa desvalorização cambial era feita por meio da inflação, causando um encarecimento nos produtos importados, prejudicando toda sociedade que, por conta da economia agroexportadora, dependiam das importações.

Política de valorização do café

O governo comprava café para estocar, diminuindo a oferta e estabilizando o preço. Então

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