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Planejamento financeiro e contábil para microempresas: um estudo de caso

Accounting and financial planning for small businesses: a case study

Alexsandro Lins Viera

Giovanni Tadeu de Moraes

Luciano Aparecido Lirussi

Renato Antônio de Souza

Resumo: O artigo a seguir trata da importância do planejamento financeiro-contábil nas microempresas. Esta ferramenta é indispensável em uma empresa, pois disponibiliza aos administradores informações valiosas sobre a situação financeira da organização, além de possibilitar a monitoramento constante de recursos presentes e futuros. Dessa forma foi realizado um estudo de caso na empresa Kibatata localizada em Franco da Rocha-SP, com objetivo de propor um planejamento financeiro-contábil, visando contribuir para uma melhora no controle e a gestão financeira da mesma. Após a coleta de dados, foi elaborado um modelo de planejamento financeiro, compatível com as necessidades específicas da empresa fornecendo uma melhor visualização das receitas e despesas (fixas e variáveis) para gerenciamento do negócio e planejamento de curto e longo prazo.

Palavra-chave: Planejamento financeiro. Planejamento contábil. Custos. Sistema de custeio.

Abstract: The following article deals with the importance of financial planning in micro-accounting. This tool is indispensable for a company as it provides administrators with valuable information about the financial situation of the organization as well as enabling constant monitoring of present and future resources. Thus a case study in Kibatata Company located in Franco da Rocha-SP was performed in order to propose a financial-planning book, to contribute to an improvement in control and financial management. After collecting data, a financial planning model, compatible with the specific business needs by providing a better view of income and expenses (fixed and variable) for business management and planning short and long term was developed.

Keywords: Financial planning. Account planning. Costs. Costing system

Introdução

Este artigo é resultado de um estudo de caso e tem como objetivo geral discutir sobre o papel do planejamento financeiro e contábil nas organizações e como objetivo específico elaborar um planejamento financeiro e contábil para uma microempresa do seguimento alimentício.

Na primeira metade do século XX, dois princípios de custeio eram considerados. O primeiro, intitulado de custeio variável, defendia que apenas os custos variáveis e diretos fossem repassados aos produtos, o que não contribuía para um controle eficaz dos custos dos produtos ou serviços. Já o segundo princípio é o custeio por absorção, que defende que, tanto os custos fixos como os variáveis fossem repassados aos produtos e, com isso, as empresas passaram a ter um melhor controle com os custos dos produtos ou serviços tornando mais eficazes as tomadas de decisões.

Hoje em dia, existe uma preocupação com o gerenciamento das empresas de maneira geral, o que percebemos uma acentuação nessa questão que diz respeito às pequenas empresas, sendo que são consideradas de grande importância no crescimento e maturação de uma economia saudável e responsável pela geração de empregos que absorve uma grande parte da população ativamente econômica disponível no mercado de trabalho (MOURA & OLIVEIRA, 2012). As microempresas (ME) vêm atuando em vários setores e alcançando seus objetivos, principalmente quando dedicam seus esforços em mercados pequenos, despercebidos ou imperfeitos. Encontram-se também várias adversidades como problemas de ordem econômica, financeira, mercadológica, administrativa e comportamental e, pela dificuldade de compreendê-las, muitas delas encerram as atividades de forma involuntária (MOURA & OLIVEIRA, 2012).

Estudos feitos pelo Sebrae (2012) mostram que existe mais de 5,1 milhões de microempresas no Brasil. As últimas pesquisas, ainda de acordo com essa fonte, apontaram um crescimento de 23% e dessa forma houve um acréscimo de 293 mil estabelecimentos abertos e 475 mil novos empregos apenas no estado de São Paulo. Ainda de acordo com Sebrae (2012), 60% das microempresas fecham as portas até o segundo ano de existência. Esses efeitos são considerados em razão da falta de planejamento financeiro adequado ou até inexistente para as microempresas (ZANARO, 2012).

Essas justificativas apontam para a relevância e pertinência de nossa pesquisa, pois entendemos que é fundamental a separação dos gastos em custos e despesas para apuração do custo da produção e do resultado e a essa estratégia conceituamos de planejamento financeiro e contábil.

Dentro dessa problemática, percebemos que há muitas investigações realizadas acerca de nossa temática, o que pode ser verificado, por exemplo, em Machado (2008), que realizou um estudo de caso em uma pequena empresa de móveis, com o objetivo de elaborar um planejamento financeiro para essa empresa, e Bonfim (2007), que desenvolveu um planejamento financeiro para microempresa que opera no setor de franquia de ensino de línguas estrangeiras, em cujas pesquisas são propostas os cortes de custos, melhoria da rentabilidade do negócio e uma simulação dos resultados da organização. Nossa investigação vem somar-se a essas na intenção de ampliar essa discussão no que se refere ao entendimento sobre o universo das microempresas.

Dentro desse cenário, o presente trabalho visa auxiliar o gestor da empresa trazendo subsídios para que o tomador de decisão possa optar pela melhor forma de gerenciamento e definição de estratégia de custeio da produção, por meio do aprimoramento contínuo dos processos, classificando e mensurado os custos da maneira mais adequada e correta, utilizando-se, então, da ferramenta de planejamento financeiro para assim poder alcançar os resultados esperados.

O planejamento financeiro, então, é um aspecto importante das atividades da empresa, tanto em empresas de um modo geral quanto, principalmente, em microempresa, porque oferece orientação para a direção, à coordenação e o controle das providências tomadas pelas organizações, para que atinjam seus objetivos. Ele é o meio pelo qual os objetivos podem ser obtidos.

Para as microempresas, geralmente as providências financeiras são tomadas para curto prazo, que prevê um impacto

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