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Igualdade e desigualdade

Por:   •  5/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  474 Palavras (2 Páginas)  •  127 Visualizações

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Igualdade e desigualdade

O conceito de igualdade e desigualdade é fundante da proteção social capitalista, e é improvável que se consiga analisá-lo separadamente da chamada liberdade positiva, que requer políticas publicas, por oposição á liberdade negativa que as renega. O capitalismo não existe sem a desigualdade social, então, para ele, interessa mais mantê-la do que eliminá-la.

Como ele se alimenta da desigualdade social, o capitalismo rejeita qualquer idéia de humanização. O modelo de sociedade em que vivemos desfavorece a idéia plena de igualdade. Esse desinteresse faz parte da essência desigual do capitalismo. Ao longo da historia, apesar do apoio dos direitos sociais, a proteção social e os outros direitos de cidadania não existiram sem tensões.

E foi através dessas tensões que as sociedades industriais passaram por um progresso em um alusivo clima de paz, que só foi possível com a regulação, pelo Estado burguês, de um equilíbrio entre a economia de mercado e a política pública. Pois, no final das contas, uma liberdade econômica incontrolada poderia gerar quebra da estabilidade econômica capitalista, graças à sua perda de legitimidade política e ao colapso da reprodução social, em contra partida, o exagero de intervenções sociais, por meio de políticas públicas, concretizadoras de direitos, poderia conter o crescimento econômico do qual depende o capitalismo.

Esta é a lógica contraditória que está submetida a relação entre o avanço da economia capitalista, desigualdade e política social, no entanto também gera conflitos de classe e lutas sociais por maiores ganhos referentes à idéia de igualdade, pois consiste em um indicador exclusivamente funcional à persistência da dominação do trabalho pelo capital. O capitalismo criou e espalhou um falso conceito de igualdade para continuar controlando os detentores da força de trabalho, podendo assim continuar explorando os explorando. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades.

A igualdade ligada à liberdade negativa é ilusória porque o trabalhador se vê obrigado a vender sua força de trabalho, sendo submetido a qualquer e todo tipo de condição imposta pelo seu empregador. Fora isso, as outras opções dentro do capitalismo, são a miséria, o trabalho por conta própria, ou a proteção social restauradora da relação entre trabalho e capital, que fortalecem as desigualdades.

O trabalhador agora assalariado, livre das condições escravistas e feudais que vieram antes do capitalismo, contribuirá para a permanência de outra forma, mais sofisticada de exploração de sua força de trabalho: aquela que, mediada pelo discurso da liberdade e igualdade formais, lhes dão as justificativas sobre os quais a estrutura da desigualdade se mantém e se reproduz.

No capitalismo, a desigualdade pode ter um caráter estimulador do progresso individual em benefício do sistema, e a liberdade é vista como a ausência de obstáculo à competição econômica, não é de se espantar o fato de a desigualdade vir ao longo da historia aumentando; e, mais que isso, mundializando-se, multiplicando-se e naturalizando-se.

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