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Notas sobre experiência e experiência

Seminário: Notas sobre experiência e experiência. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/12/2014  •  Seminário  •  701 Palavras (3 Páginas)  •  338 Visualizações

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No texto “Notas sobre a experiência e o saber de experiência”, o autor Jorge Larrosa Bondía levanta a importante reflexão sobre a diferença entre o "saber alguma coisa" de um "saber vindo da experiência", e sobre como aprender baseado na experiência, e não somente na informação, contribui para a formação do ser humano.

O autor inicia o seu raciocínio trazendo um ponto importante, que é pensar a educação a partir do par experiência/sentido. Logo em seguida ele sugere significados para essas duas palavras em contextos diferentes. Em suas colocações iniciais o autor enfatiza a importância das palavras, e faz isso a partir de algumas afirmações como a tradução do termo zôon lógon échon, utilizado por Aristóteles para definir o homem como vivente dotado de palavra, assim o autor afirma que o homem se dá na palavra e como palavra.

Bondía alega que fazemos uso da palavra de acordo com o modo que nomeamos aquilo que sentimos, e sendo assim, as palavras através das quais nomeamos as nossas ações e os nossos sentimentos, alcançam um sentido que vai além do que simplesmente palavras.

Dessa forma o autor descreve a palavra experiência como sendo “o que nos passa”, “o que nos acontece”, “o que nos toca”. Porém, apesar de muitas coisas acontecerem todos os dias quase nada nos acontece. Segundo observa o escritor Walter Benjamin, esse fato têm tornado o mundo cada vez mais pobre de experiências. A primeira questão trazida pelo autor para explicar isto é o excesso de informação, pois nos tornamos máquinas de obter informações e nos fechamos cada vez mais para a experiência. A segunda questão é o excesso da opinião, pois sendo o sujeito moderno aquele que sempre opina, acaba por se fechar à experiência. Bondía novamente cita Benjamin, para quem o periodismo é o grande dispositivo moderno de destruição da experiência, por seu foco estar na informação e na opinião. Ele utiliza como exemplo de utilização desse binômio (Informação/Opinião) a escola. O terceiro ponto levantando pelo autor é a falta de tempo. O fato de estarmos sempre vivenciando o tempo cada vez mais depressa torna tudo efêmero, com isso nossa memória é comprometida, e não mais conservamos nada, já que as informações são rapidamente substituídas por outras que nos estimulam da mesma forma, porém, sem deixar marcas. O quarto ponto é o excesso de trabalho, uma vez que cada vez mais nos vemos obrigados a trabalhar em troca de capital para obtermos os bens que desejamos, nessa lógica, o tempo dedicado ao trabalho destrói a possibilidade do tempo necessário para a experiência.

Após a analise desses quatros pontos, o autor descreve então o sujeito da experiência como sendo um sujeito passivo, receptivo, paciente e que deve estar aberto à experiência. Ele nos leva a compreender que aquele que não se expõe e a quem nada lhe passa é incapaz de experiência.

O autor prossegue então com uma analise sintática da palavra experiência tentando entender sua origem, que fundamentalmente está ligada às dimensões da travessia e do perigo.

Bondía cita uma definição de experiência encontrada em uma das obras de Heidegger, e é a partir dessa definição que o autor afirma que o sujeito da experiência é um sujeito sofredor, tombado, derrubado, pois, é este tipo de sujeito que está aberto à experiência uma vez que o seu contrário,

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