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O ARTIGO CIENTÍFICO: A FRAGILIDADE HUMANA DIANTE DA POBREZA E DA FOME

Por:   •  24/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  154 Visualizações

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NOME: LARYSSA DE OLIVEIRA SILVA

CURSO: ENFERMAGEM

ARTIGO CIENTÍFICO: A FRAGILIDADE HUMANA DIANTE DA POBREZA E DA FOME

A pobreza é um fenômeno complexo e multidimensional que priva grande parte da população mundial do acesso a alimentação, gerando enorme contingente humano que se vê fadado ao insuficiente desenvolvimento físico, psicológico e social. As desigualdades de oportunidades, no que concerne a educação, participação política e cuidados de saúde, são o fator que mantém essas pessoas reféns da condição de miséria extrema.

 No Brasil, a erradicação da pobreza extrema é mais efetiva do que o combate à fome, dado comprovado pela redução do número de pessoas abaixo da linha da pobreza em relação à diminuição dos indicadores da desnutrição nos últimos trinta anos no país 1. A desnutrição é fenômeno decorrente da falta de inserção social, acesso a cuidados de saúde, habitação e renda adequadas, o que, no entendimento de Valente 2, explica a perpetuação do estado de exclusão social imperante em nosso meio.

Outrossim, a manutenção das condições de desigualdade que conduzem à pobreza e geram a fome crônica tem sérias repercussões sobre o desempenho no plano educacional dos habitantes da América Latina. Os baixos índices de acesso à educação regular de amplos estratos da população do continente evidenciam um perverso mecanismo de transmissão intrageracional da pobreza 3.

 Pauta incluída nos objetivos de desenvolvimento do milênio, a erradicação da extrema pobreza e da fome é meta prioritária a ser alcançada para banir da sociedade o mais iníquo dos males da contemporaneidade. Com o objetivo de reduzir o número de pessoas que padecem de fome, 186 nações firmaram o compromisso de erradicar a fome no planeta até o ano de 2015. Cabe ressaltar que a extrema pobreza continua sendo a realidade cotidiana para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. Entretanto, estima-se que pelo menos 53 milhões não conseguirão sair da pobreza no prazo acordado pelas nações 1.

 No Brasil, o contingente incluído na condição de extrema pobreza totaliza 16,27 milhões de pessoas, o que representa 8,5% da população do país. A maior concentração delas (59,1%) encontra-se na região Nordeste, totalizando 9,61 milhões de pessoas. Dos 8,67 milhões extremamente pobres que vivem em áreas urbanas, pouco mais da metade reside no Nordeste (52,6%) e cerca de um em cada quatro, na região Sudeste (24,7%) 4.

Na análise de Narayan 5, os pobres almejam alcançar a condição de agentes de seus próprios destinos. Pesquisas realizadas em vários países com pessoas afetadas pela pobreza evidenciam quão desalentadoras e inalcançáveis são as possibilidades de concretizar esse desiderato. Parece óbvio que a falta de empoderamento desse contingente de excluídos sociais representa o impedimento fundamental ao pleno exercício de sua cidadania, privando-os da condição de pessoas autônomas detentoras de direitos. A impossibilidade de acesso a alimentação saudável, aliada à pobreza absoluta, é a condição que os mantém na zona de exclusão social e que os avilta como pessoas dotadas de dignidade humana.

As reflexões deste artigo buscam uma aproximação entre a fome, a pobreza, os direitos humanos, a alimentação e a falta de empoderamento dos cidadãos vulnerados 7. Procura também estimular uma introspecção do leitor sobre essa temática tão difícil de ser rompida e solucionada, diante de uma sociedade que presencia, sem reagir, um capitalismo predatório, ao mesmo tempo que permite a crescente acumulação das riquezas mundiais em mãos de poucos e condena à morte social milhões de pessoas ao redor do planeta.

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